O Metalúrgico #451

30 de janeiro de 2017

Índice:

-Usiminas tenta esconder as péssimas condições de trabalho que coloca a vida dos trabalhadores em risco;
-Amoi tenta dar calote nos salários dos trabalhadores. Sindicato já encaminhou o dissídio coletivo exigindo reajuste salarial;
-Usiminas e Amoi tentam esconder acidente no LTQ 2;
-Usiminas faz patrulha para fiscalizar se copo de plástico está no lixo certo e vira as costas para o que coloca em risco a vida dos trabalhadores;
-Alagamento por todos os lados;
-E a tentativa de calote dos adicionais continua na MEA;
-Nem uniforme tem;
-Zé Protesto;



Usiminas tenta esconder as péssimas condições de trabalho que coloca a vida dos trabalhadores em risco

A direção da Usiminas não garante condições seguras de trabalho, transformou a planta de Cubatão num sucatão e depois das demissões, piorou ainda mais as condições de trabalho.

Denunciar as situações que colocam em risco a saúde e a vida é mais do que um direito dos trabalhadores. A Usiminas sabe disso e para tentar esconder as péssimas condições de trabalho, persegue e pressiona em todas as áreas. Mas não vamos parar de denunciar.

Os diretores do Sindicato estão nas áreas, junto com os metalúrgicos conhecem bem a situação dos locais de trabalho e, além de continuarmos a denunciar as situações de risco que provocam os acidentes e o adoecimento, vamos ampliar a mobilização em defesa da saúde e da vida dos trabalhadores.

Então não adianta a chefia pressionar e ameaçar para impedir as denúncias, como tem feito a superintendência e a gerência de operação do LTQ que está desesperada com as denúncias que estamos fazendo.

Pressionar, ameaçar, perseguir os trabalhadores é assédio moral e assédio é crime. Então, além das denúncias continuarem, vamos encaminhar as devidas ações judiciais contra esses chefetes que acham que podem humilhar e perseguir os trabalhadores.

Para acabar com o desrespeito aos direitos é preciso seguir com as denúncias e, mais do que isso, juntos e organizados com o Sindicato ampliar a mobilização, pois é dessa forma que enfrentamos o ataque dos patrões.



Amoi tenta dar calote nos salários dos trabalhadores. Sindicato já encaminhou o dissídio coletivo exigindo reajuste salarial

A data-base dos metalúrgicos na Amoi é em novembro, mas a direção da empresa, além de não pagar nada até agora, queria mudar a data-base para tentar dar o calote.

A direção da empresa marcou uma reunião para o último dia 19, mas não apareceu, ou seja, o que a Amoi quer é não pagar o que deve aos trabalhadores. O Sindicato já encaminhou a ação sobre o dissídio coletivo, em que vamos mostrar que a empresa se recusa a pagar o deve aos trabalhadores.



Usiminas e Amoi tentam esconder acidente no LTQ 2

A direção da Usiminas teve a cara de pau de dizer em reunião realizada no último dia 20, que investigou a denúncia sobre o acidente ocorrido na Amoi e que não encontrou nada que prove que o trabalhador que sofreu o acidente foi retirado da empresa.

O Sindicato disse para a Usiminas que se a investigação fosse séria, era só ver o registro das catracas de acesso e as filmagens das portarias. Mas para Usiminas as catracas e as câmeras de filmagens só servem para perseguir os trabalhadores.

O absurdo é tanto para tentar esconder o acidente, que eles tiveram a cara de pau de no dia seguinte ao acidente, registrar o ponto do trabalhador que claro, não estava trabalhando, pois estava afastado por causa do acidente.

E tem mais: a empresa tem obrigado os trabalhadores a realizar jornadas de 16 horas, das 7 às 23 horas e retornarem as 7 horas do dia seguinte.

Para enfrentar os ataques da Usiminas e das empresas terceirizadas, não deixe de denunciar os problemas do seu local de trabalho. E o mais importante: participe da mobilização organizada pelo Sindicato.



Usiminas faz patrulha para fiscalizar se copo de plástico está no lixo certo e vira as costas para o que coloca em risco a vida dos trabalhadores

No dia 05 de janeiro teve patrulha gerencial na laminação com o gerente geral da área e vejam o que é prioridade para Usiminas: pintura desgastada de corrimão, marcação de extintor, copo plástico em cesto de lixo para papel, ferramenta ao lado da mesa de supervisão, led de painel elétrico queimado.

Enquanto isso, as condições que colocam os trabalhadores em risco só aumentam
Falta iluminação nos acessos, as tubulações estão corroídas, os telhados furados e no recozimento, a iluminação continua precária.

Ou seja, a tal patrulha da Usiminas tenta esconder os graves problemas que colocam a saúde e a vida dos trabalhadores em risco.



Alagamento por todos os lados

Nas chuvas de janeiro, entrou água na área do recozimento e na linha de inspeção. O absurdo é tanto que dias atrás, no turno C, caiu tanta água no galpão que acabou enchendo uma caçamba de sucata, sem contar que essa mesma água caiu também sobre as pontes rolantes e sobre as bobinas que quando molham, é uma correria louco para retirá-las do local.  

A Usiminas não está nem aí para garantir a segurança dos trabalhadores, só está preocupada com a produção.



E a tentativa de calote dos adicionais continua na MEA

A Usiminas, por meio de seu laudo que está prestes à ser divulgado em meados de fevereiro e que tem a intenção de descaracterizar que a MEA, equipamento que expõe a saúde dos trabalhadores à mais riscos (calor e particulados), no Pátio de Placas da Aciaria, é uma área totalmente insalubre. O objetivo da empresa é, com isso, retirar o adicional que hoje não representa a realidade do local. O Sindicato informa que não aceitará qualquer retirada de direitos dos trabalhadores como esse adicional e tomará todas as medidas necessárias contra mais esse ataque da Usiminas. 



Nem uniforme tem

A Usiminas tira até os uniformes dos trabalhadores. No recozimento, por exemplo, têm trabalhadores sem receber uniformes e os poucos que  receberam, tiveram direito à apenas uma camisa ou então apenas um conjunto. Isso se repete em outras áreas da usina.



Zé Protesto

“Zé, os vigilantes  também estão  sendo obrigados a lavar vasos sanitários, limpar banheiros e lavar os carros da empresa. No turno de zero hora, eles não têm nem hora pra jantar.”
- E nem vestiário tem. Mas os responsáveis pela vigilância além de não ter que limpar nada, também não usam os vestiários que os trabalhadores são obrigados a usar.”
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“Zé, na portaria 5 tem um bebedouro com filtro que venceu em 2014 e nada de trocarem e o vestiário da manutenção e da oficina de cilindros está imundo, abandonado, sem limpeza há muito tempo.”
- Mas enquanto isso, a chefia e a direção da Usiminas, bebe água fresca e filtrada e tem vestiários limpos. Pra acabar com isso, temos que fortalecer a nossa luta contra as péssimas condições de trabalho”.
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“Zé, no vestiário da Oficina de cilindros não está sendo limpo. É sanitário sujo, danificado, sem descarga. A gente tem que usar balde.”
- Que vergonha Usiminas. Com certeza o das chefias não passam esse perrengue.

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