O Metalúrgico #470

20 de junho de 2017

Índice:

-Usiminas não consegue esconder o lucro, mas tenta dar o calote nos salários;
-A hora é de ampliar a luta;
-Para aumentar ainda mais os lucros, a direção da usina descumpre até normas internas e coloca a vida dos trabalhadores em risco;
-Alimentação cada vez pior;
-A sujeira da usina continua pra todo lado;
-Volta pra casa virou pesadelo;
-Denuncie os problemas do seu local de trabalho. Vamos fortalecer a nossa luta exigindo proteção à saúde e à vida dos trabalhadores e melhores condições de trabalho.

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Usiminas não consegue esconder o lucro, mas tenta dar o calote nos salários

Na reunião da semana passada os representantes da usina só choraram de barriga cheia

A direção da Usiminas não apresentou nenhuma nova proposta na reunião que aconteceu na semana passada e teve a cara de pau de divulgar um informativo tentando esconder o que tudo mundo sabe: os lucros aumentaram às custas de muito arrocho nos salários.

Além de não pagar o que deve, a Usiminas se utiliza do braço do Capital no Judiciário para tentar ameaçar direitos que garantimos com muita luta

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, para ajudar os patrões, deu uma liminar no ano passado suspendendo a ultratividade dos Acordos Coletivos, que é um instrumento jurídico que garante a manutenção dos direitos já contidos nas Convenções Coletivas até assinatura de novo Acordo Coletivo.

Todo ano a direção da Usiminas vem com a conversa desrespeitosa falando do retorno de férias e do adicional noturno como se fossem presentes dela para os trabalhadores, quando na verdade esses direitos foram garantidos com a nossa luta e estão no Acordo Coletivo dos anos 70 (adicional noturno) e 2009 (retorno de férias). Ou seja, a cada Campanha Salarial a direção da usina mentia dizendo que estava concedendo direitos já conquistados pela nossa luta.

Agora o que tenta a direção da Usiminas é se encostar numa liminar, ou seja, numa sentença que não é definitiva para ameaçar nossos direitos.

Mais desrespeito contra os trabalhadores: a Usiminas dizer que a Fundação São Francisco Xavier é uma fundação sem fins lucrativos e que a direção da usina não tem nada ver com a administração do plano de saúde é piada de mal gosto.

Enquanto nosso reajuste salarial foi de apenas 7,32%, no mesmo período a mensalidade do plano de saúde aumentou 15,21%.

Além disso, a Usiminas há tempo tenta fazer com que os trabalhadores na usina e os aposentados paguem o rombo no COSAUDE que foi provocado pela própria administração do plano, ou seja, quem provocou o rombo foi a empresa e não os trabalhadores.

E a luta do Sindicato junto com os aposentados metalúrgicos tem conseguido barrar o ataque que a Usiminas tenta fazer no plano de saúde contra o conjunto dos trabalhadores.



A hora é de ampliar a luta

O Sindicato reafirmou que não aceita nenhuma redução de direitos. O retorno de férias, o adicional noturno de 50% são direitos já conquistados e também dissemos não a tentativa da usina de arrochar ainda mais os salários pagando apenas 3,99%.

A situação econômica está boa é para o patrão, já a realidade dos trabalhadores é outra. As contas só aumentam e o salário cada vez mais minguado.

Mas como já dissemos não adianta só esperar por novas reuniões é preciso colocar a indignação em movimento:

É na luta que vamos garantir:

- Aumento salarial

- Vale alimentação

- Manutenção e ampliação dos nossos direitos.

- Melhores condições de trabalho



Para aumentar ainda mais os lucros, a direção da usina descumpre até normas internas e coloca a vida dos trabalhadores em risco

Veja o que diz documento oficial da Usiminas sobre como deve ser realizada a operação: Veja o que diz documento oficial da Usiminas sobre como deve ser realizada a operação:

Dessa vez aconteceu no Pátio de Placas da Aciaria. Um supervisor do turno das 7 hs, com a conivência da gerência, tem desrespeitado todas as regras de segurança para garantir cada vez mais produção, colocando a vida dos trabalhadores em risco.

A chefia determinou operações descumprindo o próprio Código de Conduta da usina. A supervisão mandou trabalhador que exerce outra função, ir para a área de corte sem o devido equipamento de segurança e treinamento e, além disso, determinou para os operadores de ponte-rolante a passar com carga suspensa, mesmo que tenham trabalhadores executando suas funções na área. 

Ou seja, a Usiminas fala e escreve uma coisa, mas na prática faz outra. Na sede por garantir cada vez mais lucro, coloca a vida dos trabalhadores em risco.




Alimentação cada vez pior

Como já denunciamos, até na comida a Usiminas ataca os trabalhadores. Depois das demissões também no restaurante, quem ficou tem que trabalhar por três e as condições de trabalho pioraram. A comida mingou e está cada vez pior porque, tanto a Usiminas como a empresa de refeição, só estão interessadas no lucro. São vários os casos de intoxicação que a direção da usina tenta esconder.

É isso que os trabalhadores têm na hora da refeição: mistura minguada, sujeira para todo lado e agora para o inverno até sopa fria entrou no cardápio, pois foi assim que ela veio no último sábado.

O Sindicato vai encaminhar nova denúncia para os órgãos de fiscalização sobre mais esse problema envolvendo a alimentação dos trabalhadores.



A sujeira da usina continua pra todo lado

A mesma receita vale para a área de limpeza, demitiram também nesse setor e agora a empresa NM obriga os trabalhadores a fazer o serviço de três, em péssimas condições de trabalho.

Dessa forma a NM com a conivência da Usiminas mantém os vestiários e banheiros das áreas de produção no padrão “excelência de sujeira”.

Se a coisa continuar assim, o jeito vai ser usar os banheiros da direção da usina.



Volta pra casa virou pesadelo

No horário das 15h o itinerário do PG2 passa de 01h40 dentro do ônibus na volta. Mesmo assim não atende os trabalhadores que ficam longe de suas residências tendo que andar ate 15 minutos quase 01 hora da manhã, correndo riscos de serem assaltados. Na volta todo mundo quer descer fora do ponto de embarque porque fica mais rápido para chegar a residência. Na Praia Grande tem duas linhas na turma C, PG 1 e PG 2. Mas o PG 2, que pega 80% do pessoal faz a zona 3 da PG onde se concentra maior número de trabalhadores. Uma humilhação e falta de respeito. Já reclamamos com o fiscal que respondeu que a gente tem que reclamar com o transporte que faz pouco caso da gente. A volta para casa se tornou um pesadelo.



Denuncie os problemas do seu local de trabalho. Vamos fortalecer a nossa luta exigindo proteção à saúde e à vida dos trabalhadores e melhores condições de trabalho.

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