Vamos juntos e firmes ampliar a luta pelo devido pagamento das perdas e por aumento salarial
Na assembleia realizada na semana passada, os trabalhadores deram um importante passo para colocar a revolta em movimento contra tanto arrocho salarial.
Mesmo com toda a pressão das chefias e as mentiras da direção da Usiminas, os trabalhadores vieram firmes com o Sindicato e disseram NÃO para a proposta rebaixada da direção da empresa.
Na assembleia realizada com todos os turnos, a maioria dos trabalhadores rejeitou a proposta indecente da Usiminas de pagar apenas as perdas medidas pelo INPC de 1,69%. Novamente mostramos que o abono, além de ser uma merreca, não tem nada a ver com reajuste salarial, ele mal entra na conta e já saí e não é incorporado aos salários e aos demais direitos, ou seja a nada.
Na mesma semana da assembleia, Usiminas divulga seus dados que escancaram o que já tínhamos dito: enquanto os acionistas lucram, os nossos salários pioram.
Portanto está mais do que escancarado que a Usiminas está lucrando e muito e esses lucros não brotam do nada, são fruto do trabalho direto dos metalúrgicos que a cada ano amargam mais arrocho salarial.
Em Ipatinga(MG), no mesmo dia da nossa assembleia, houve manifestação na USIMEC que atrasou a entrada em mais uma demonstração de revolta contra a proposta da empresa que é a mesma da Usiminas, pagar apenas 1,69% de reajuste salarial e impor a merreca do abono que não é incorporado aos salários.
A mobilização, tanto aqui como em Ipatinga, organizada pelos Sindicatos juntos com a Intersindical, são parte da luta da Campanha Salarial que, além de exigir o devido pagamento das perdas e aumento salarial, é uma luta em defesa dos direitos.
O Sindicato já protocolou documento na Usiminas formalizando a rejeição da proposta e só esperar pela próxima reunião não basta, vamos juntos e firmes ampliar a nossa luta pelo devido aumento salarial.
Há duas semanas houve um vazamento de óleo em algumas mangueiras que fazem a lubrificação dos cilindros do forno no LTQ 2.
O vazamento de óleo junto a temperatura altíssima deste local, provocou um incêndio que poderia ter gerado um grave acidente.
O equipamento ficou apenas 24 horas parado pra troca de cabos e outros componentes. A falta de manutenção dos equipamentos e as gambiarras impostas pela Usiminas para não parar produção, são mais um exemplo de que a direção da empresa não está nem aí com a saúde e a vida dos trabalhadores, apenas preocupada com sua produção.
Estruturas de pontes-rolantes caindo, trilhos quebrados aonde as pontesrolantes têm que passar de um lado para o outro. Os desníveis nos trilhos estão danificando também as cabines de operação das pontes-rolantes, as soldas estruturais das cabines estão entrando em colapso, tudo isso junto pode provocar um acidente fatal atingindo quem opera as pontes e quem trabalha nos pisos térreos.
A direção da usina sabe disso e não toma nenhuma providência, ou seja, mais um exemplo de que não está nem aí com a vida dos trabalhadores.
Foi o que fez a superintendência do LTQ 2, num tal evento de segurança há semanas. No momento de colocar um filme para ser projetado, o aparelho deu problema, os trabalhadores na manutenção foram chamados e constataram que a situação era de risco e corretamente se recusaram a fazer o procedimento no improviso. Mas o superintendente obrigou que o procedimento fosse feito, sem nenhuma garantia de segurança. É mole? O que os trabalhadores assistiram no tal evento sobre segurança, foi a chefia passar por cima de qualquer procedimento que garanta de fato a segurança de quem trabalha dentro da usina.
“Zé, a Amoi não está repassando para o INSS o desconto da contribuição para Previdência dos trabalhadores.”
– Isso tem nome: é apropriação indébita, a empresa desconta do trabalhador e não repassa para o INSS e cadê o dinheiro? Além da devida ação judicial é preciso avançar na mobilização.
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“Zé, nem luz no banheiro das portarias tem.”
- Esse é mais exemplo das péssimas condições de trabalho impostas pela Usiminas em todas as áreas.
02 de agosto de 2018