O Metalúrgico #574

Depois de aprovar com muito aperto a proposta de reajuste salarial na assembleia realizada nos dias 11 e 12/09, afinal, foram apenas 29 votos de vantagem, ou seja, a Usiminas não conseguiu enganar boa parte dos trabalhadores, a empresa já inicia uma nova choradeira: a da Participação nos Lucros e Resultados, a PLR.

CHORORÔ COMEÇOU DE NOVO

É só chegar época de campanha salarial e pagamento da PLR que bate a crise, crise essa que só ataca direitos dos trabalhadores.

A Usiminas já começou novamente com sua choradeira dizendo que vai diminuir a produção no fim do ano, colocando trabalhadores de férias. Ou seja, lá vem tentativa de calote na PLR e choradeira na próxima Campanha Salarial.

É NECESSÁRIO ESTAR MOBILIZADO

Agora, o momento é dos trabalhadores continuarem mobilizados, acompanhando os boletins e participando das atividades chamadas pelo Sindicato, pois é só na luta que vamos conseguir defender nossos empregos e direitos.

Enquanto a Usiminas aplica um índice de 5,07%,de aumento salarial, ou seja, somente o INPC, a Fundação S. Francisco Xavier (FSFX), que pertence a empresa, impõe um reajuste de 10,7% no plano de saúde dos trabalhadores, ou seja, mais que o dobro do aumento salarial.

A LÓGICA DO CAPITAL

A empresa quer levar vantagem a todo custo e de todas as formas, quer dizer, por meio das más condições de trabalho, ataca a saúde dos trabalhadores e a Fundação lucra com o adoecimento dos mesmos.

Na luta contra a perda de direitos, dirigentes sindicais e trabalhadores da Embraer, em São José dos Campos (SP), depois de iniciarem uma greve no dia 24/09, sofreram forte repressão da PM e foram brutalmente agredidos com bombas, gás de pimenta, balas de borracha.

Nossa solidariedade à luta dos companheiros contra os ataques dos patrões e do governo que só reduz direitos impondo reformas que só beneficiam o capital.

No 18/9, uma trabalhadora foi vítima de um assalto por volta das 7h da manhã, quando ia subir o viaduto em direção à usina. Levaram seu carro. No dia 24/9, por volta de 6h30, outro trabalhador também foi vítima de uma tentativa de assalto onde houve até disparos. Felizmente, ninguém ficou ferido.

Nessas horas, se pergunta: “onde está a polícia para rondar o local e o que a Usiminas irá a fazer a respeito para garantir a segurança dos trabalhadores? A polícia pelo visto só vem fazer refeições na usina, ou vem quando tem assembleia dos trabalhadores e na hora de jogar bombas para reprimir manifestações.

A avenida da Coqueria, que dá acesso ao carboquímico e porto, está totalmente escura. Os trabalhadores que transitam a noite tem que usar lanterna porque é um breu danado e têm que tomar muito cuidado ao andar pela calçada porque tem os famosos obstáculos como piso escorregadio, piso desnivelado e peças de obra. Essa rua está assim há anos e ninguém resolve.

No vestiário da Escarfagem, a Loira do Vestiário que pensa que é a Dona do Pedaço, responsável pelos vestiários iniciou as obras sem avisar a gerência e sem planejamento nenhum. O atraso já chegou a 10 dias, trazendo transtorno aos trabalhadores do setor.

No domingo, 22/09, os trabalhadores tiveram que correr para realocar os seus pertences, o que atrasou na saída do turno. Foi sugerido que abrissem o lado desativado do vestiário para que os trabalhadores fiquem ali enquanto as obras acontecem, mas a chefete disse “Não”, ou seja, ela não está nem aí para o transtorno que vai gerar aos trabalhadores. Se fosse com familiares dela com certeza o tratamento seria outro.

No refeitório da laminação a frio não tem suporte de capacete suficiente pra pendurar os EPIs, e os trabalhadores são obrigados a colocar em local inadequado, como muretas, bordas de janelas, etc. Mas tem um puxa-saco que pegou todos os EPI’s e jogou no lixo. Um absurdo e falta de respeito com os trabalhadores.

O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista realiza no próximo dia 08/10 (terça-feira), assembleia com os trabalhadores da Amoi, quando será avaliada, discutida e, consequentemente, aprovada a pauta de reivindicações para a Campanha Salarial 2019.

Num momento em que estamos enfrentando muitos ataques aos nossos direitos com mudanças como a Terceirização e a Reforma Trabalhista do Temer(MDB), a Reforma da Previdência do Bolsonaro (PSL), que agora tramita no Senado Federal (depois de ter sido aprovada na Câmara do Deputados) e, por último, a Lei da Liberdade Econômica, sancionada no dia 20/09 pelo Bolsonaro, é necessário se colocar em movimento participando das chamadas do Sindicato.

A assembleia será realizada na terça-feira, dia 08, na sede do Sindicato, em Cubatão, (Rua Cidade de Pinhal, 91), com 1ª chamada às 17h30 e 2ª às 18h.

“Zé, o teto do banheiro das MEAS está com rachaduras. Será que vão inspecionar antes de iniciar as obras?”

- Eu te respondo com outra pergunta: quem vai se responsabilizar caso caia algum pedaço do teto sobre algum trabalhador?

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“Zé, o responsável pelo transporte tá achando que é o dono da Breda, maltratando fiscais, os usuários e até caronas. Dias desses ele humilhou na frente de todos no ônibus uma moça que era carona.”

- A Breda mostra que segue a risca a cartilha da Usiminas com pessoas despreparadas para cargos de chefia.

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“Zé, na Manutenção Central/Serviços Gerais, o chefete quer aparecer, ele se acha o dono do pedaço, destratando os trabalhadores. Até em reuniões de segurança quer ser a estrela.”

-Esperamos que o gerente cobre uma postura decente deste chefete.

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“Zezinho, a Enesa não paga a PLR e ainda não entrega uniformes e materiais em boas condições.”

-Outra que segue a cartilha da Usiminas de dar calote nos direitos dos trabalhadores.

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“Zezão, no CDH o ar-condicionado da sala de treinamento 01 está um nojo mandando um cheiro de rato morto. Tá difícil fazer o curso lá.”

-Tantas denúncias na imprensa da necessidade de limpeza dos ar-condicionados para evitar doenças graves, mas com o corte da força de trabalho não está mais existindo higienização dos aparelhos nas áreas.