O Metalúrgico - Metalúrgicas #576

15 de outubro de 2019

Índice:

-Campanha Salarial: impasse continua mesmo depois da segunda rodada de negociação;
-Já recebeu o seu reajuste? E a 1ª parcela da PLR?;
-Governo e sua corja no Congresso continuam atacando trabalhadores;
-Só faltava essa: patrões estão contratando trabalhador como MEI’s;
-Para os patrões, só benefício. Para os trabalhadores mais riscos de morte;
-Proposta de Reforma sindical quer atingir estrutura dos sindicatos;
-Eleição para Cipa na PRM;



Campanha Salarial: impasse continua mesmo depois da segunda rodada de negociação

A direção do Sindicato esteve reunida em São Paulo (SP) durante a semana (de 30/09 a 04/10), com representantes de diversos sindicatos patronais (Sindratar, Sindipeças, Sindicel, Sinafer, Sicetel e Sifesp), para discutir a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), da Campanha Salarial do segundo semestre.


Com exceção do Sindicel, que apresentou proposta de reajuste salarial de 3,5%, os demais sindicatos vieram com o velho chororô seguido da velha conversa fiada de que “tá feio o negócio”, “tá tudo parado” ou “estamos no vermelho”, ou seja, aquele blá,blá,blá de sempre.


O Sindicato se manteve irredutível diante de propostas vazias dos patrões mas que no fundo visam, junto com o governo, retirar direitos.


Por isso é necessário nesse momento arregaçar as mangas e ir à luta participando das chamadas e mobilizações organizadas pelo Sindicato. É lutando que, além de garantir direitos, impedimos que eles sejam retirados.



Já recebeu o seu reajuste? E a 1ª parcela da PLR?

Trabalhadores em empresas metalúrgicas com data-base em abril tiveram a proposta de reajuste aprovada em junho. O reajuste foi de 5% e o Vale-refeição foi para R$ 26,50 (Simees) R$ 27,00 (Sindifupi). O pagamento deve se retroativo ao mês de abril.


Simees - R$ 700,00 (R$ 350,00 em setembro de 2019 + R$ 350,00 até março de 2020).


Sindifupi - 01 (um) Salário-Mínimo (50% em setembro de 2019 e 50% até março de 2020.


Não recebeu? Entre em contato com o Sindicato pelo telefone 3226-3577 ou denuncie no WhatsZéProtesto: 98216-0145.



Governo e sua corja no Congresso continuam atacando trabalhadores

No dia 1ª de Outubro, o Senado Federal aprovou em primeira votação a reforma da Previdência do governo Bolsonaro, que aumenta o tempo de contribuição e a idade para aposentadoria, além de diminuir os valores que serão pagos aos trabalhadores.


Além do aumento da idade, do tempo de contribuição e da diminuição dos valores das aposentadorias, a reforma ataca outros direitos da Previdência, como as pensões, as aposentadorias por invalidez, além da aposentadoria especial, ou seja, o governo e sua corja no Congresso Nacional quer obrigar os trabalhadores a trabalhar até morrer, ao mesmo tempo em que segue protegendo as empresas do setor industrial, financeiro, do comércio e agronegócio que devem mais de R$ 500 bilhões para a Previdência.


Para enfrentar esse ataque brutal contra os trabalhadores é preciso fortalecer a luta nos locais de trabalho e nas ruas. Não é a pressão nos gabinetes da corja que está no governo e no Congresso Nacional que irá barrar o fim dos direitos e nem esperar pelas próximas eleições.


É só a luta organizada do conjunto dos trabalhadores dos que estão empregados e desempregados, dos que trabalham nas empresas privadas e no funcionalismo público que pode conter a carnificina que o Capital e seus agentes no Estado tentam impor contra à classe trabalhadora.



Só faltava essa: patrões estão contratando trabalhador como MEI’s

Os problemas decorrentes da instabilidade econômica somados ao oportunismo de alguns patrões, estão causando um fenômeno no meio laboral. Para diminuir os encargos trabalhistas, empresas estão contratando trabalhadores como MEI, que nada mais é que o Microempreendedor Individual, um programa criado pelo governo para que pequenos empreendedores consigam se formalizar de maneira menos burocrática passando a ter CNPJ.


O problema maior é para o “empreendedor” que, ao mesmo tempo pensa ter independência de um MEI, recebe ordens e tem que cumprir jornada normal de qualquer trabalhador e não pode prestar serviços para mais ninguém.


Numa visita recente à uma empresa para a Campanha de Sindicalização, a diretoria do Sindicato foi informada que não haviam trabalhadores regidos pela CLT, apenas MEI’s. O objetivo do patrão é zerar o custo com o trabalhador.


Só que o trabalhador que acha uma boa ser MEI, perde vários direitos como o seguro-desemprego em caso de dispensa. Inclusive sua aposentadoria, seja por tempo de serviço ou por invalidez, vai corresponder a um salário mínimo.



Para os patrões, só benefício. Para os trabalhadores mais riscos de morte

Com o discurso de que “vai aliviar para as empresas e, assim vagas serão criadas” Bolsonaro anunciou recentemente uma série de mudanças em três normas reguladoras (NRs) de saúde e segurança do trabalho, entre elas a NR 1 em que as micro e pequenas empresas não serão mais obrigadas a desenvolverem programas de prevenção de riscos para os trabalhadores, como ambientais, controle médico e de saúde ocupacional, relacionados à atividades que envolvam riscos químicos, biológicos ou físicos.


A NR 2, já revogada, exigia uma inspeção de fiscal do trabalho antes da abertura de um estabelecimento. Para o governo, a revogação diminui a burocracia e reduz a intervenção estatal na iniciativa privada. Ainda foi alterada a NR 12, que trata de medidas de proteção para garantir a integridade física dos trabalhadores e a prevenção de acidentes no uso de máquinas e equipamentos. Assim, fica claro mais um ataque aos direitos dos trabalhadores feito por Bolsonaro e seu governo, afetando também a segurança das pessoas e garantindo ao Brasil mais um salto na histórica posição de país com elevada estatística de acidentes de trabalho.



Proposta de Reforma sindical quer atingir estrutura dos sindicatos

Em agosto passado, Bolsonaro formou um grupo reunindo juízes trabalhistas e membros do governo com o objetivo de alterar ainda mais a legislação trabalhista e atingir a estrutura sindical, aprofundando ainda mais a exploração da força de trabalho.


A proposta do governo Bolsonaro é criar sindicatos por empresa impedindo assim, a organização dos trabalhadores para a luta. Dessa forma quem vai mandar é o dono da empresa já que o conjunto da categoria estará dividida ou separada.


Nós acreditamos e sempre defenderemos a organização dos trabalhadores nos sindicatos por ramo de atividade, seja na cidade, região ou estado, porque acreditamos que a união da categoria, seja qual for, é que irá determinar sua força nas lutas atuais e nas que estão por vir.


Por isso, é extremamente necessário, principalmente neste momento, lutar para manter essa nossa trincheira de luta e organização que é o Sindicato, que está na defesa dos direitos que estão sendo continuamente atacados por esse governo e seu grupo de apoio no Congresso Nacional e que já deixaram claro o seu objetivo: garantir mais lucros para os patrões às custas dos direitos, salários, empregos e da exploração de vidas da classe trabalhadora.


Participe do seu Sindicato, é um direito seu.



Eleição para Cipa na PRM

A PRM Indústria e Serviços de Solda realiza no próximo dia 29/10 eleição para a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, a CIPA.


O pleito tem início às 7h e será realizada no escritório Administrativo da Obra, situado na rua Aprovada Novecentos e Sessenta e Dois, nº 1609, bairro Alemoa, em Santos.

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