É bom ficar de olhos bem abertos e mobilizados
Depois da aprovação da reforma da Previdência no Senado, o governo Bolsonaro pode, por meio de outra PEC, colocar a toque de caixa a criação do regime de capitalização, aquele em que cada trabalhador contribui com sua própria aposentadoria. A proposta estava inserida nas discussões da reforma da Previdência, porém, por ser impopular, houve resistência (por conveniência) até dos próprios apoiadores do governo.
No regime de capitalização, o trabalhador contribui sozinho para uma conta individual. Os recursos dessas contas estarão ligados à fundos de investimento que, por sua vez, vão aplicar no mercado financeiro. Se considerarmos as taxas médias de inflação e de rendimentos dos fundos de investimento de previdência privada nas últimas três décadas, veremos que o rendimento destas contas individuais de capitalização, acumulado ao longo dos anos – proporcionais às suas modestas contribuições – serão muito pequenos. Não seriam suficientes para que uma aposentadoria daí decorrente chegasse a um valor superior a 40% do valor do salário da ativa dos trabalhadores.
No atual modelo da Previdência, você sabe com quanto contribuiu e quanto irá receber quando se aposentar. O tal regime de capitalização é de contribuição determinada, mas não diz nada sobre o valor dos benefícios. Ou seja, você sabe com quanto será obrigado a contribuir todo mês, mas não sabe quanto vai receber na época em que se aposentar já que vai depender das variações do mercado financeiro.
Isso quer dizer que, se a economia fraquejar e as aplicações dos fundos forem de risco e não renderem o esperado, o valor da aposentadoria, pensão ou benefício da inatividade poderá ser inferior a 30% do valor do salário da ativa ou até zero.
Enquanto o Brasil busca mudar a sua Previdência jogando os trabalhadores para o sistema injusto de capitalização, no Chile, o primeiro país do mundo a privatizar o sistema de previdência, os aposentados e pensionistas enfrentam muitos problemas com esse regime.
No início da década de 80, o Chile durante a ditadura de Augusto Pinochet, colocou em prática algo que só existia em livros teóricos de economia: cada trabalhador faz a própria poupança, que é depositada em uma conta individual, em vez de ir para um fundo coletivo. Enquanto fica guardado, o dinheiro é administrado por empresas privadas, que podem investir no mercado financeiro.
O modelo adotado nos anos 80 começou a produzir os seus primeiros aposentados e o baixo valor das aposentadorias chocou: 90,9% recebem cerca de metade do salário-mínimo chileno. O salário mínimo do Chile hoje equivale a cerca de R$ 1.700,00. Por isso, as manifestações que estão ocorrendo atualmente no Chile, e que teve como ponta do iceberg o aumento das passagens do metrô, se ampliam cada vez mais contra a Previdência que lesa aqueles que contribuíram durante a vida laboral.
Várias empresas seguem rigorosamente a cartilha da Usiminas
No porto da Usiminas a terceirizada Ormec Engenharia, fez 40 contratações de trabalhadores informando que o salário seria de R$ 1.250,00 mais R$ 200,00 de Vale alimentação/tíquete. Só que na carteira profissional foi anotado R$ 1.090,00 e, depois de questionada, a empresa prometeu que após três meses os trabalhadores teriam direito ao salário combinado, ou seja, R$ 1.250,00.
Acontece que, depois de mais de 04 meses, o salário combinado não veio. Ao procurar as chefias responsáveis pelo turno, elas alegaram que não sabiam de nada de aumento, ou melhor, só sabiam que a empresa iria demitir trabalhadores.
O desrespeito com as obrigações mínimas dos trabalhadores chega a parecer provocação de empresas contratadas da Usiminas.
Boa parte da usina está entregue ao tempo, ou seja, à própria sorte. Mesmo assim, a diretoria e trabalhadores têm visto que vária áreas estão ficando com os acessos perigosos.
Depois de muitas denúncias de diretores do Sindicato e muitos trabalhadores, a empresa resolveu recuperar os acessos para as Pontes-rolantes na área do Pátio de Placas da Aciaria.
Veja imagem da situação de abandono da usina. Local: área da utilidade próxima ao despoeiramento secundário dois da Aciaria.
Depois de muita cobrança feita pelo Sindicato, a CMI Serviços Brasil comunica aos trabalhadores que será aplicada neste mês a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), aprovada recentemente. O Sindicato informa que todos trabalhadores têm direito ao retroativo desde abril/2019.
“Zé, na Enesa os trabalhadores não recebem PLR há três anos. O chefete maior disse que a empresa não vai pagar e quem achar ruim, que corra atrás.”
- Essa empresa está abusando dos direitos dos trabalhadores. Ela demite sem avisar, deixa trabalhadores sem refeição até a saída do trabalho, ou seja, trata os companheiros como lixo. O Sindicato irá acionar a Justiça contra os ataques dessa empresa.
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“Zé, a Enesa está demitindo e deixando trabalhadores sem dinheiro até pra irem embora. E quando alguém reclama no RH, eles tratam com descaso pouco se importando com a situação.”
- O descaso com os trabalhadores é um absurdo que deve ser combatido e a empresa que contrata, no caso a Usiminas, é conivente com o problema.