O ano de 2020 começou com milhares de trabalhadores e idosos formando filas no INSS porque até agora não conseguiram receber seus devidos direitos previdenciários.
Começou com o governo Temer e se aprofundou com o governo Bolsonaro os ataques a Previdência, que provocou a cassação de milhares de aposentadorias por invalidez colocando na rua da amargura trabalhadores que não têm as mínimas condições de retorno ao trabalho e agora não têm o mínimo para viver com dignidade.
Além de sua desumana reforma da Previdência, Bolsonaro junto com seu ministro dos patrões, Paulo Guedes quer acabar de vez com o que ainda resta dos serviços públicos, o ministro da economia, já afirmou que junto à aposentadoria de muitos servidores que se aproxima, seu objetivo é acabar com os concursos públicos e junto a isso está fechando várias agências do INSS.
Hoje quando um trabalhador procura o INSS para requerer seja sua aposentadoria, auxilio natalidade, BPC, auxilio doença comum, auxílio-acidente etc, a orientação do governo é que o trabalhador não seja atendido na agencia, para solicitar seu benefício ou ele tem que ter acesso a internet ou então aguardar por semanas até ser chamado pelo agendamento do telefone 135.
A medida do governo para dizer que vai resolver o problema dos processos acumulados no INSS, foi a convocação de militares da reserva para fazer atendimento: enquanto idosos madrugam nas filas para fazerem prova de vida, enquanto trabalhadores têm direitos cassados com altas programadas e perda de aposentadorias, os militares que foram protegidos na reforma da Previdência, foram novamente privilegiados por esse governo saudoso da ditadura militar e inimigo dos trabalhadores.
Os militares não têm nenhuma capacidade técnica para analisar processos, não entendem da legislação previdenciária, mas receberão um agrado em forma de adicional de 30% do governo para fazer a falsa propaganda que o problema dos quase 2 milhões de processos acumulados no INSS está sendo resolvido.
Faltam no mínimo 20 mil trabalhadores na Previdência, enquanto o governo finge que vai treinar os militares, treinamento que vai custar quase R$ 15 milhões, a fila da INSS vai só aumentando, como aumenta o sofrimento dos trabalhadores.
É preciso fortalecer a luta por concurso público já e melhores condições de trabalho e atendimento, e isso não pode ser uma luta só dos trabalhadores do Estado, mas sim uma luta do conjunto da classe trabalhadora.
No dia 18 de janeiro, na área do recozimento 2, as chefias a mando da direção da Usiminas entregaram chips de monitoramento para seis trabalhadores, dois por cada turno, a ordem para os trabalhadores é a de que os chips devem ficar no crachá durante toda a jornada de trabalho e fora dela também. Quando entregaram os chips, ainda fizeram os trabalhadores assinarem um termo de responsabilidade, ou seja, além de violarem a privacidade das pessoas, ainda querem jogar nas costas do trabalhador, o cuidado e guarda desses objetos.
Vejam o absurdo: a Usiminas quer controlar todos os passos do trabalhador dentro e fora da usina, isso é invasão, violação de direitos, crime.
A intenção da Usiminas, é constranger e controlar cada passo do trabalhador dentro da área, (até sua ida ao banheiro vai ser monitorada) e fora da usina também, isso vai além do assédio moral que também é crime.
Assim que o Sindicato soube de mais essa violência da direção da Usiminas contra os trabalhadores, entramos em contato com os representantes da usina exigindo uma reunião e a retirada desses chips dos crachás.
Até agora a direção da usina não marcou reunião, e veio com a desculpa esfarrapada de que os chips seriam usados para verificar o trajeto dos ônibus. É mole? É muito desrespeito à inteligência dos trabalhadores.
Se a direção da usina, manter esse absurdo de rastrear a vida dos trabalhadores, o Sindicato vai entrar com as devidas ações judiciais e também denunciar mais essa prática criminosa da Usiminas ao Ministério Público do Trabalho. Além disso, e mais importante, é em cada área, juntos fortalecermos nossa mobilização em defesa dos direitos.
No setor de manutenção de ponte rolante na troca do truck da PR18 do LTF o chicote estralou, as chefias fizeram uma bagunça nos horários dos trabalhadores, os horários mudam a cada dia e além disso, o número de trabalhadores é tão pequeno e a pressão é tão grande que estão passando por cima até do devido tempo pra fazer a refeição. E a gerente do acabamento no LTF está obrigando os trabalhadores a registrarem o ponto à 1 h da manhã no turno C quando fazem hora extra, dessa forma os trabalhadores perdem no mínimo meia hora esperando os táxis.
Depois de muita cobrança do Sindicato e das várias denúncias dos trabalhadores, finalmente a Usiminas decidiu mandar reformar os acessos para as pontes rolantes no Pátio de Placas da Aciaria.
A coisa estava tão feia que os acessos foram isolados, e por isso os operadores e os trabalhadores da manutenção tinham que se deslocar por uma grande distância para acessar os equipamentos. Mas tem mais: o acesso da PR 442 que foi reformado, só foi colocado proteção em três lados, por isso continua chovendo nas escadarias e isso precisa ser resolvido logo.
Lorenzo Liceras Valeiras, de três anos, está necessitando de doação de sangue. Ele é neto de nosso companheiro Sidnei Valeiras.
Quem puder doar sangue, procurar o Colsan Santos, rua Oswaldo Cruz, n 197, Boqueirão- Santos/SR de segunda a sábado das 8h até 12h 30.
- "Zé a produção no porto está a todo vapor e o chicote estralando nas costas dos trabalhadores com dois navios em operação e a VIX não está nem aí para os trabalhadores que estão operando empilhadeira sem ar condicionado e na área os caminhões basculantes também não têm ar condicionado faz tempo"
- A chefia sabe de tudo isso, não faz nada. Isso só vai mudar com a força da nossa luta.
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- "ZÉ, a ENERGEC está dando calote no FGTS e as condições de trabalho só pioram.”
- A ENERGEC que é mais uma terceirizada na Usiminas, não deposita regularmente o FGTS dos trabalhadores, as condições de trabalho são cada vez piores, e o vestiário instalado no canteiro está imundo. E o tal convênio médico, ficou só na promessa não cumprida. Pra mudar essas situação é preciso continuar a denunciar os ataques da empresa e lutar.
30 de janeiro de 2020