O Metalúrgico #590

07 de fevereiro de 2020

Índice:

-Enquanto os acionistas lucram cada vez mais, os trabalhadores sofrem com o arrocho salarial;
-Mais descaso com a saúde dos trabalhadores;
-No próximo dia 13/02, tem reunião sobre o Processo das Horas;
-Juntos na luta dos petroleiros;
-Os buracos nos telhados no pátio de placas continuam;
-Tá complicado, falta luz nas baias e ninguém toma uma providência;
-Zé Protesto;



Enquanto os acionistas lucram cada vez mais, os trabalhadores sofrem com o arrocho salarial

Para garantir a reposição das perdas e o devido aumento salarial é preciso lutar


Em janeiro, a Bolsa de Valores divulgou novamente o aumento do valor das ações da Usiminas, uma alta de 14%. Os investidores seguem recomendando as ações da usina como uma das principais ações de investimento.


Os acionistas comemoram e, enquanto isso, os trabalhadores sofrem com o arrocho salarial, o ritmo de produção e as péssimas condições de trabalho.


A produção do LTQ2 foi de 120 mil toneladas no mês de janeiro e para fevereiro, o programa de produção é de no mínimo 100 mil toneladas. E os navios com carregamento de bobinas e de descarga de placas de aço continuam chegando.


Diga não a chantagem da direção da usina, vamos lutar por aumento salarial


A Campanha Salarial deste ano vai discutir somente o reajuste salarial já que as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), vão até 2021. Mas só ficar esperando pelas negociações não adianta nada. É preciso lutar!


A direção da usina novamente virá com a conversa fiada que a Usiminas está mal, a desculpa esfarrapada é para fugir de pagar o que deve aos trabalhadores.


A verdade é que os lucros seguem aumentando, fruto do trabalho do conjunto dos trabalhadores, sejam efetivos na Usiminas, sejam os trabalhadores nas empresas terceirizadas.


Então, não se engane e não abaixe a cabeça. Converse com seus companheiros na área e participe das mobilizações organizadas pelo Sindicato, pois é só lutando que vamos garantir nossas reivindicações.



Mais descaso com a saúde dos trabalhadores

Um navio vindo da China atracou no porto da usina e as chefias orientaram os trabalhadores a simplesmente usarem máscaras para se proteger da possibilidade de contágio pelo coronavírus e não falarem pra ninguém sobre a chegada do navio


Na segunda-feira, dia 03, um navio vindo da China, atracou no porto da usina para ser carregado de bobinas. As chefias colocaram um impresso nos armários dizendo que os trabalhadores deveriam usar máscaras e mais: a ordem era para que os trabalhadores não falassem pra ninguém sobre a chegada desse navio.


Assim que o Sindicato recebeu a denúncia, entramos em contato com a direção da usina para, mais do que exigir informações, requisitar a proteção do conjunto dos trabalhadores na usina e também da tripulação. A direção da usina primeiro negou que o navio tinha atracado no porto e depois para a imprensa, disse que o navio tinha saído da China no mês de novembro, antes do coronavírus se alastrar.


O mínimo que a direção da usina deveria fazer era comunicar a chegada do navio para os órgãos de fiscalização como a ANVISA e respeitar os protocolos de proteção à saúde de todos os trabalhadores.


O que fez a Usiminas é mais um exemplo de seu desrespeito com os trabalhadores. E para enfrentar isso, é preciso continuar denunciando e lutar em defesa da saúde e da vida.



No próximo dia 13/02, tem reunião sobre o Processo das Horas

Na próxima quinta-feira, dia 13, acontece a reunião com os trabalhadores sobre o Processo das Horas da Usiminas. As reuniões serão realizadas em dois horários: às 10h e as 18h, para garantir que o conjunto dos trabalhadores dos três turnos possam participar.


Converse com seus amigos e se organize para participar. Não esqueça: dia 13/02, quinta-feira, na subsede do Sindicato, em Santos, na avenida Ana Costa, 55.



Juntos na luta dos petroleiros

É greve em defesa do emprego, dos direitos e contra a privatização


Os petroleiros iniciaram greve no dia 1º de fevereiro. A luta é contra a privatização e as demissões que já começaram à partir do anúncio do fechamento da FAFEM - Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, instalada em Araucária, cidade que fica na região metropolitana de Curitiba.


A greve a cada dia se fortalece, já está presente em mais de 10 estados e atinge refinarias, plataformas, terminais e também setores administrativos, uma luta que deve ser do conjunto dos trabalhadores, pois é uma luta contra o plano do governo Bolsonaro que quer entregar tudo que possa se tornar mercadoria rentável para o Capital. É o que quer fazer com a Petrobras, com os Correios e tantas outras empresas estatais. O resultado disso serão demissões em massa, mais arrocho e miséria.


Junto a seu plano de privatizações, o governo Bolsonaro avança no sucateamento do conjunto dos serviços públicos, corta os devidos investimentos em saúde, educação, saneamento e ataca os servidores que atendem diretamente a população trabalhadora.


Estamos juntos em mais essa importante luta, uma luta que é do conjunto da classe trabalhadora.



Os buracos nos telhados no pátio de placas continuam

O Sindicato já denunciou várias vezes os vazamentos nos telhados do pátio de placas. Depois de muita pressão a direção da usina liberou a verba para fazer a reforma, mas poucas telhas foram trocadas e o problema continua.


As goteiras continuam, a água cai em cima da esteira da escarfagem onde os trabalhadores têm que andar sobre as placas de aço com os maçaricos, ou seja, os riscos à saúde e vida dos trabalhadores continuam.



Tá complicado, falta luz nas baias e ninguém toma uma providência

Na segunda-feira, dia 03, na saída do turno C faltou luz nas baias dos ônibus e apenas duas luzes de emergência acenderam. Devido a escuridão, deixaram dois carros da vigilância de cada lado da baia com os faróis acesos para iluminar o lugar.


A usina está um verdadeiro quebra galho. Alguém tem que parar de ficar cobrando produção dos trabalhadores e providenciar com urgência melhorias básicas.



Zé Protesto

“Zé, a direção da Enesa quer obrigar os trabalhadores a trabalhar aos sábados para compensar os dias de Carnaval.”

- A Enesa, seguindo a cartilha da Usiminas, não está nem aí com os trabalhadores, desrespeita os direitos e não discute como se deve a compensação dos dias-pontes.

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“Zé, o que fazer contra essas mudanças nas leis trabalhistas nos últimos tempos que só retiram direitos conquistados com muita luta pela classe trabalhadora.”

- É preciso participar do Sindicato, avançando na organização para ampliar a luta contra os ataques dos patrões e do governo Bolsonaro.

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