O Metalúrgico #591

14 de fevereiro de 2020

Índice:

-Dia 14 de fevereiro é mais um dia de manifestação contra os ataques do governo Bolsonaro aos nossos direitos;
-Violação de direitos: mais desrespeito aos trabalhadores nas empresas terceirizadas;
-Não se engane: A Usiminas só quer que você trabalhe ainda mais, na ilusão que um dia vai conseguir ter alguma promoção;
-Descaso com a situação dos trabalhadores continua;
-Zé Protesto;



Dia 14 de fevereiro é mais um dia de manifestação contra os ataques do governo Bolsonaro aos nossos direitos

É preciso lutar contra esse governo que tem retirado direitos, empregos e aumentando ainda mais a miséria


O governo Bolsonaro fez um decreto para colocar militares na Previdência, com a desculpa esfarrapada de que isso vai resolver os problemas dos milhares de processos que existem hoje no INSS.


O ano de 2020 começou com milhares de trabalhadores e idosos formando filas no INSS porque até agora não conseguiram receber seus devidos direitos previdenciários.


Começou no governo Temer e piorou no governo Bolsonaro os ataques a Previdência: são milhares de trabalhadores que perderam a aposentadoria por invalidez colocando na rua da amargura trabalhadores que não têm as mínimas condições de retornar ao trabalho e agora não têm nem o mínimo para viver com dignidade.


Além da desgraça da reforma da Previdência, Bolsonaro, junto com seu ministro dos patrões Paulo Guedes, quer acabar de vez com o que ainda resta dos serviços públicos: o ministro da Economia que na semana passada chamou de parasitas os servidores públicos que trabalham sem as devidas condições de trabalho para atender a população trabalhadora, quer o fim dos concursos públicos.


O governo também está fechando várias agências do INSS, são quase 2 milhões de processos parados, um servidor público do INSS tem que dar conta de atender aproximadamente 3 mil processos, ou seja, se não tiver concurso público, a coisa vai piorar de vez.


Hoje quando um trabalhador procura o INSS para requerer seja sua aposentadoria, auxílio-natalidade, BPC, auxílio-doença comum, auxílio-acidente, etc, a orientação do governo é que o trabalhador não seja atendido na agência, para solicitar seu direito ou ele tem que ter acesso a internet ou aguardar por semanas até ser chamado pelo agendamento do telefone 135.


Parasita é esse governo que quer colocar militares na Previdência para seguir atacando os direitos dos trabalhadores: idosos estão madrugando nas filas para fazerem prova de vida, o governo tem cassado direitos dos trabalhadores com altas programadas e cancelamento das aposentadorias por invalidez, mas os militares que foram protegidos na reforma da Previdência, novamente foram privilegiados por esse governo saudoso da ditadura militar e inimigo dos trabalhadores.


A convocação de militares é mais uma demonstração de que Bolsonaro quer militarizar todos os espaços do serviço público. Começou nas escolas, chegou no INSS e isso, além de não resolver os problemas, vai piorar o atendimento à população trabalhadora.


Os militares não têm nenhuma capacidade técnica para analisar processos e muito menos são capacitados para entender a legislação previdenciária, mas pelo decreto do governo receberão um adicional de 30% em seu pagamento para fazer a falsa propaganda que o problema dos quase 2 milhões de processos acumulados no INSS ser resolvido.


Falta no mínimo 20 mil trabalhadores na Previdência, enquanto o governo finge que vai treinar os militares, treinamento que vai custar quase R$ 15 milhões, a fila do INSS só aumenta, como aumenta o sofrimento dos trabalhadores.


É PRECISO FORTALECER A LUTA POR CONCURSO PÚBLICO JÁ E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E ATENDIMENTO. E ISSO NÃO PODE SER UMA LUTA SÓ DOS SERVIDORES PÚBLICOS, MAS SIM UMA LUTA DO CONJUNTO DA CLASSE TRABALHADORA


DIA 14 É DIA DE LUTA EM DEFESA DOS DIREITOS E CONTRA A MILITARIZAÇÃO DO INSS



Violação de direitos: mais desrespeito aos trabalhadores nas empresas terceirizadas

Nas contratadas Amoi e Enesa, a maioria dos trabalhadores está sendo obrigada a utilizar um dispositivo junto ao crachá, eles receberam e foram obrigados a assinar um termo de responsabilidade, mas na verdade, não se sabe o que é esse dispositivo.


Isso está muito parecido com o que a Usiminas fez no mês passado, quando a mando da direção da usina, as chefias entregaram chips de monitoramento para seis trabalhadores, dois por cada turno. A ordem para os trabalhadores era de que os chips ficassem no crachá durante toda a jornada de trabalho e fora dela também. Quando entregaram os chips, ainda fizeram os trabalhadores assinarem um termo de responsabilidade, ou seja, além de violarem a privacidade das pessoas, ainda querem jogar nas costas do trabalhador, o cuidado e guarda desses objetos.


Assim que o Sindicato soube de mais essa violência da direção da Usiminas contra os trabalhadores, entramos em contato com os representantes da usina exigindo uma reunião e a retirada desses chips dos crachás.


Se a direção da usina e suas contratadas, continuarem com esse absurdo, o Sindicato vai entrar com as devidas ações judiciais e também denunciar mais essa prática criminosa ao Ministério Público do Trabalho. Além disso, e mais importante, é em cada área, juntos fortalecermos nossa mobilização em defesa dos direitos.



Não se engane: A Usiminas só quer que você trabalhe ainda mais, na ilusão que um dia vai conseguir ter alguma promoção

A direção da usina, coloca as chefias para perseguir os trabalhadores e quando não é isso, o que fazem é tentar enganar quem garante o lucro da empresa, com a promessa de uma promoção.


Se engana quem acha que abaixar a cabeça para empresa, treinar para ser supervisor vai garantir que um dia consiga ser supervisor. O que a direção da Usiminas quer, é tentar impedir a luta dentro da área, por isso persegue ou ilude os trabalhadores.


O que não falta na usina é supervisor e chefias lambe-botas da Usiminas, que mentem para os trabalhadores e fazem calúnias contra o Sindicato, tudo para puxar o saco da direção da empresa.


Essa turma fala na maior cara dura, que está treinando trabalhadores para serem supervisores, quando na verdade estão a serviço da direção da empresa para continuar a desrespeitar quem garante o lucro da empresa.



Descaso com a situação dos trabalhadores continua

Já são dois meses que a avenida da Coqueria está interditada e a direção da Usiminas nem se mexe para resolver o problema e quem sofre com isso é o trabalhador que tem que se deslocar percorrendo um trajeto enorme. Também continua o problema da rua do Porto que constantemente fica alagada e acaba sendo interditada.



Zé Protesto

“Zé, olha o absurdo que a Ormec está fazendo: contratou novos funcionários em setembro prometendo que iam ter direito a um percentual da PLR, mas agora está dizendo que eles não têm direito.”

- Foge de pagar o que deve, mas não foge de apertar cada vez mais os trabalhadores exigindo cada vez mais de cada um. Isso só vai mudar quando a indignação de cada um, se transforme em luta”

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