O Metalúrgico #593

21 de fevereiro de 2020

Índice:

-Dia 14 de fevereiro foi dia de luta em defesa dos direitos, do serviço público e contra a militarização do INSS;
-Juntos na luta dos petroleiros;
-Donos da Usiminas festejam lucro enquanto os trabalhadores se esfolam de tanto trabalhar;
-E cadê a PLR? Até agora só silêncio e enrolação;
-Chefia da VIX à mando da Usiminas passa por cima de procedimento de segurança;
-Zé Protesto;
-Expediente durante o Carnaval;



Dia 14 de fevereiro foi dia de luta em defesa dos direitos, do serviço público e contra a militarização do INSS

Em todas as regiões do Brasil, em várias agências do INSS, o dia 14 de fevereiro foi marcado por manifestações que denunciaram o ataque que o governo Bolsonaro tem imposto ao conjunto dos trabalhadores que buscam seus legítimos direitos na Previdência.


As manifestações aconteceram junto às filas no INSS que não param de crescer, pois a meta do governo é acabar de vez com o concurso público e, usando militares que nada entendem sobre a Previdência, o governo quer intimidar os trabalhadores que vão ao INSS em busca de seus direitos.


Os atos foram um importante momento para mostrar o que o governo tenta esconder do conjunto da população e mais do que isso, mostrar a importância da luta que deve ser de todos os trabalhadores.


Uma luta em defesa dos direitos do conjunto da classe trabalhadora tanto daqueles que trabalham nas empresas privadas, como dos servidores públicos que atendem diretamente a população trabalhadora.


A Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora esteve presente na organização desse dia de manifestações, que faz parte do calendário unitário de luta das centrais e demais organizações do movimento sindical e popular contra os ataques do governo Bolsonaro que dia a dia só vomita seu preconceito e ódio contra os trabalhadores.



Juntos na luta dos petroleiros

A greve dos petroleiros segue firme, enfrentando o ataque do governo e também do Judiciário. Para tentar acabar com a greve, o governo entrou com ação no Judiciário que, além de querer impor altíssimas multas aos Sindicatos e bloqueio das contas, determinava que 90% do efetivo na Petrobrás operasse, ou seja, querem o fim da greve a qualquer custo.


Em Cubatão, a direção da empresa manteve em cárcere privado, petroleiros que estavam trabalhando no turno em que teve início a greve no dia 06 de fevereiro. O Sindicato dos Petroleiros, conseguiu ação judicial para liberar os trabalhadores de dentro da refinaria, mas a direção da empresa passou por cima e manteve os petroleiros presos nos turnos.


Após a denúncia do Sindicato, o Ministério Público do Trabalho, entrou com ação judicial, denunciando a direção da Petrobrás e pedindo a prisão do diretor-geral da refinaria em Cubatão por ter colocado em risco a saúde e a vida dos trabalhadores. No dia 18/02, a direção da empresa recuou e trabalhadores que ainda estavam confinados dentro da refinaria foram liberados.


A greve dos petroleiros faz parte da luta contra os ataques do governo Bolsonaro que tenta entregar tudo que é público para as empresas privadas, atacando direitos básicos dos trabalhadores.


Por isso, mais do que solidariedade, estamos juntos na luta com os petroleiros.



Donos da Usiminas festejam lucro enquanto os trabalhadores se esfolam de tanto trabalhar

Na última sexta-feira, dia 14, a Usiminas divulgou os lucros de 2019. Foram 377 milhões de Lucro Líquido e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações) foi de quase 2 bilhões.


Os representantes da Usiminas ainda falaram que a projeção para o começo de 2020 é ainda melhor, a demanda por aço continua aumentando, além do aumento do preço divulgado no final do ano passado.



E cadê a PLR? Até agora só silêncio e enrolação

A direção da Usiminas e seus acionistas comemoram os lucros e fogem de pagar o que devem aos trabalhadores, como devido aumento salarial e a PLR. Mudaram novamente as regras que eles mesmo criaram para o pagamento da PLR, fizeram isso para diminuir ainda mais o valor que devem pagar, ou seja, o que aumenta é só a pressão por mais produção em todas as áreas.


E na Campanha Salarial, a direção da usina virá com a mesma conversa fiada de que a situação está ruim. Ruim é a situação do trabalhador que está com o salário cada vez mais arrochado.


Para impedir o calote é preciso fortalecer nossa luta. Participe das ações chamadas pelo Sindicato, caminhe devagar quando descer na portaria, são os primeiros passos para acelerar a nossa Campanha Salarial.



Chefia da VIX à mando da Usiminas passa por cima de procedimento de segurança

Na semana passada a chefia da VIX pressionou os trabalhadores dizendo que a chefia do Porto está reclamando que a meta de produção não foi atingida pois os tratores andam muito devagar. Os trabalhadores estão seguindo o procedimento que diz que devem circular a 10 km/h.


A chefia da VIX ainda teve a cara de pau de ameaçar com punição se os trabalhadores não forem mais rápidos, ou seja, eles querem que os trabalhadores andem mais rápido descumprindo o próprio procedimento que existe para garantir uma condição mínima de segurança.


Colocam os trabalhadores em risco e demitem: na mesma semana um companheiro motorista foi demitido depois de uma colisão com um outro veículo, dias antes, todos motoristas receberam punição com um ponto a menos no prêmio “top ouro”, porque houve uma colisão numa estrutura. Um ponto a menos nesse tal prêmio prejudica o recebimento do vale alimentação.


O que está acontecendo na VIX, é mais um exemplo do que a direção da usina e suas terceirizadas fazem contra os trabalhadores: colocam a saúde e vida de quem produz em risco e passam por cima de direitos. Para enfrentar isso é preciso a união de todos que trabalham dentro da usina e juntos fortalecermos a nossa luta.



Zé Protesto

“Zé, no restaurante do LTQ2 tiraram a proteção de vidro que fica em cima das bandejas de comida, porque disseram que alguém se cortou numa rebarba e agora a comida fica toda exposta. Cadê a higiene?”

- É muita cara de pau dessa Usiminas, ao invés de colocar proteção de borracha nas bordas, deixa a comida com risco de contaminação. É virar o bandejão, se não mudar essa situação.



Expediente durante o Carnaval

Informamos que após o encerramento do expediente na sexta-feira, dia 21/02/2020, o Sindicato retornará ao atendimento normal na 5ª feira, dia 27/02/2020, às 8hs.

+ boletins