Todo dia são mais fatos que mostram que a direção da Usiminas se aproveitou da pandemia que já matou mais de 100 mil e segue contaminando milhões de pessoas no Brasil.
Dezenas de trabalhadores que trabalham na usina foram contaminados. Depois de muita pressão do Sindicato, a direção da Usiminas começou a fazer testes nos trabalhadores. Mas só isso não basta, é preciso garantir a quarentena.
As placas chegam na linha ferroviária em grande volume e todas já têm destino. Entre os clientes, grandes empresas como WEG Equipamentos Elétricos, Maxion, Aço Cearense, Tramontina, entre outras, além de empresas do próprio sistema Usiminas, como a Soluções Usiminas.
O laminador deve começar a operar no dia 23/8, com metas de produção para os meses seguintes até novembro acima das 100 mil toneladas/mês.
Isso é mais uma prova de que a Usiminas reorganizou a produção demitindo centenas de trabalhadores, arrochando salários, ao mesmo tempo em que ampliava seus negócios.
A direção da Usiminas sabe que sem os trabalhadores seu lucro é zero, demitiu para aumentar ainda mais a exploração contra quem ficou e agora pretende recontratar alguns companheiros que foram demitidos nos últimos meses.
O Sindicato segue exigindo a readmissão dos que foram demitidos e estamos atentos para garantir que os salários e os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.
Em quase todos setores da usina, muitos trabalhadores foram obrigados a mudar de turno alterando totalmente sua rotina fora da empresa, inclusive com suas famílias.
A direção da empresa não está nem aí com o problema que causou para os trabalhadores. As gerências só estão preocupadas em reorganizar a produção para aumentar os lucros da Usiminas.
E tem mais: quem não foi demitido está sendo obrigado a treinar em outras funções e produzir ainda mais. Os trabalhadores também são obrigados a treinarem em outros setores, por exemplo, um grupo que trabalha no recozimento está indo treinar no LTQ2.
O objetivo da direção da usina é impor mais funções aos trabalhadores no processo de produção. Veja: quando as placas chegarem, os trabalhadores vão para o Pátio de recebimento e quando o serviço estiver quase concluído eles vão para a planta seguinte. E assim até o fim de linha de produção.
É isso que pretende a Usiminas: manter as demissões, impor mais funções para quem ficou e arrochar ainda mais os salários.
Para enfrentar tudo isso só esperar pelas ações judiciais ou por novas negociações não adianta: é preciso lutar.
Nessa semana os trabalhadores nos Correios estão em greve para impedir a retirada de direitos e a privatização da empresa.
Grande parte dos metalúrgicos e outras categorias têm Campanha Salarial agora nesse segundo semestre.
E para garantir os empregos, salários e direitos não tem outro caminho que não seja a nossa luta. Essa é uma luta de todos nós.
É para isso que servem os chips que a Usiminas está obrigando os trabalhadores a usar. O Sindicato desde o início do ano fez denúncia ao Ministério Público do Trabalho
No recozimento, esta semana a chefia voltou a distribuir os chips de localização aos trabalhadores, obrigando que seja assinado um termo de compromisso ameaçando os trabalhadores de processos judiciais caso aconteça algo com o aparelho.
Ou seja, além de exigir cada vez mais de cada companheiro, a empresa ainda quer invadir os passos dos trabalhadores até fora da usina. É muito desrespeito.
A desculpa esfarrapada da direção da usina é mais uma demonstração de sua intenção de passar por cima dos direitos, ao dizer que o chip serve para monitorar as áreas insalubres.
Desde o início do ano, o Sindicato está cobrando a direção da Usiminas exigindo a retirada desses chips e já fez denúncia ao Ministério Público do Trabalho.
A intenção da Usiminas, é constranger e controlar cada passo do trabalhador dento da área, (até sua ida ao banheiro vai ser monitorada) e fora da usina também, isso vai além do assédio moral que também é crime.
As empresas estão se aproveitando da Portaria lançada pelo governo Bolsonaro que libera a recontratação de trabalhadores demitidos num prazo inferior a 90 dias.
Se engana quem acha que essa medida do governo vai garantir emprego. O que vai acontecer é que as empresas vão demitir ainda mais e tentarão reduzir os salários.
Os trabalhadores demitidos da Usiminas continuam recebendo telefonemas da Enesa e da Amoi que estão querendo contratá-los mas com 50% à menos no salário. O Sindicato exige a readmissão dos trabalhadores pela Usiminas, além do que a lei da Terceirização que determina uma quarentena de 18 meses. (Lei 13.467), e já encaminhou mais essa denúncia ao Ministério Público do Trabalho.
Se não tiver Acordo Coletivo com os sindicatos, as empresas não podem pagar salários reduzidos e o Sindicato dos Metalúrgicos, além se ser contra a redução salarial, está na luta pela readmissão dos trabalhadores.
Na quinta-feira passada e no início dessa semana foi a maior desorganização na portaria 2. Os trabalhadores que estão sendo contratados nas empresas terceirizadas ficaram horas esperando para fazer o crachá no mesmo espaço onde a empresa está realizando testes rápidos de Covid-19.
A aglomeração foi enorme, o que aumenta o risco de contaminação pelo corona vírus. Assim que o Sindicato presenciou essa situação cobrou a direção da usina.
Logo em seguida esvaziaram o local e fizeram uma fila respeitando a distância, mas o problema continua.
O Sindicato segue cobrando as devidas providências para proteger a saúde e a vida dos trabalhadores. O teste do Covid-19 não pode ser feito numa portaria e sim num espaço adequado como o CSO.
“Zé, na Energia e Utilidades também estão treinando operadores para diversas outras funções em qualquer área da usina e não falaram nada de pagar os devidos adicionais.”
- Além de tentar passar por cima de pagar os devidos adicionais de insalubridade, o que a Usiminas quer é arrancar a pele de quem ficou pagando um salário cada vez mais arrochado e expondo os trabalhadores a mais riscos. Para enfrentar isso é preciso fortalecer a luta pela reintegração dos demitidos, pela proteção à saúde e em defesa dos direitos.
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“Zé, as péssimas condições de trabalho na VIX continuam. Já são dois anos que a empilhadeira pequena no Porto não tem ar-condicionado. A falta do equipamento era impeditivo para o funcionamento e o que a empresa fez? Tirou o ar-condicionado da lista de exigências"
- Veja só, ao invés de consertar o ar condicionado, a Vix tira o equipamento da lista de exigências, para tentar esconder o problema e evitar a parada no serviço. Só tem um jeito de mudar essa situação, ir pra cima e lutar por melhores condições de trabalho.
21 de agosto de 2020