O Metalúrgico #612

12 de novembro de 2020

Índice:

-Em assembleia, trabalhadores na Usiminas aprovam a proposta de reajuste salarial;
-Fruto da pressão do Sindicato, Usiminas vai limitar os descontos mensais dos gastos com o plano de saúde a 15% dos salários;
-A luta continua em defesa dos empregos, direitos e salários;
-Se você ainda não é sindicalizado, a hora é agora;
-Usiminas segue colocando a saúde dos trabalhadores em risco: surto de Covid numa das terceirizadas, aglomeração e péssimas condições de trabalho;
-Usiminas expõe os trabalhadores à mais riscos na avenida da coqueria;
-Ormec está desrespeitando direitos e colocando a vida dos trabalhadores em risco;
-A situação do vestiário do Porto está cada vez pior;



Em assembleia, trabalhadores na Usiminas aprovam a proposta de reajuste salarial

Mas a luta em defesa dos empregos e direitos continua


Na assembleia realizada nos dias 27 e 28 de outubro, a maioria dos trabalhadores na Usiminas decidiu aprovar a proposta apresentada pela Usiminas. A aprovação da proposta não significa que os trabalhadores estão satisfeitos, é o sufoco das contas e o aperto provocado pelo arrocho salarial imposto pela Usiminas. Essa foi a proposta aprovada:


- Reajuste e apenas 2,46% (o índice do INPC) retroativo a maio, mês da data-base.


- Abono de R$ 1.500,00 que, como já se sabe, não é incorporado ao salário.


Enquanto a direção da Usiminas impõe mais arrocho salarial, os acionistas comemoram os lucros, veja: a USIMINAS registrou um lucro líquido de R$ 198 milhões no terceiro trimestre de 2020 e o EBTIDA (lucro bruto) foi de R$ 826 milhões um dos maiores dos últimos 7 anos. O volume de venda do aço foi de 934 mil toneladas, um aumento de 54% comparado ao trimestre anterior.



Fruto da pressão do Sindicato, Usiminas vai limitar os descontos mensais dos gastos com o plano de saúde a 15% dos salários

Os trabalhadores sabem que a redução dos descontos não é nenhum presente da Usiminas, os descontos absurdos que estavam abocanhando grande parte dos salários que a cada ano estão mais arrochados. Foi a pressão feita pelo Sindicato que fez a Usiminas recuar e agora os descontos não podem ultrapassar a 15% dos salários.



A luta continua em defesa dos empregos, direitos e salários

As mais de 900 demissões que a Usiminas pretendia fazer em Cubatão só não aconteceram por conta da mobilização e da ação judicial encaminhada pelo Sindicato e seguimos pressionando para que se cumpra a decisão de reintegração dos companheiros que foram demitidos durante a pandemia. Vamos seguir fortalecendo a luta por melhores condições de trabalho, em defesa dos direitos e seguir a mobilização para combater o arrocho salarial.


Participe da mobilização: é só assim juntos e firme com o Sindicato que enfrentamos os ataques dos patrões e de seus governos aos nossos direitos



Se você ainda não é sindicalizado, a hora é agora

Os patrões e o governo sonham em acabar com os Sindicatos de luta para tentar deixar o trabalhador sozinho e refém da pressão e assim acabar com direitos e reduzir salários.


Por isso ser sindicalizado é uma forma de você se defender dos ataques dos patrões e junto com seus companheiros de trabalho lutar com o Sindicato para defender direitos, salários e empregos.


Por isso se você ainda não é sindicalizado, não deixe pra depois, procure os diretores do Sindicato na área ou vá até a sede do Sindicato em Cubatão (R. Cidade de Pinhal, 91) ou na subsede em Santos (Av. Ana Costa, 55), e se sindicalize.



Usiminas segue colocando a saúde dos trabalhadores em risco: surto de Covid numa das terceirizadas, aglomeração e péssimas condições de trabalho

A direção da Usiminas além de não garantir o devido isolamento única forma de evitar o aumento do contágio pelo novo coronavírus ainda cria condições que aumentam a aglomeração dentro da usina.


Exemplo mais escancarado disso é o que está acontecendo na área do ambulatório médico, é mole? Logo no lugar que deveria ser o primeiro a dar exemplo de medidas contra o aumento do contágio, o que fazem é aumentar a aglomeração nos dias de realização dos exames periódicos.


Na Enesa vários trabalhadores estão com a COVID 19, mas a direção se recusa a realizar a testagem em todos


Na Enesa nas últimas semanas vários trabalhadores foram afastados porque estavam contaminados pela COVID 19, mas a direção da empresa não fez teste nos demais trabalhadores que tiveram contato com quem estavam contaminados.


É dessa forma que a Enesa e todas as terceirizadas tratam o problema da pandemia: com o apoio da Usiminas mantêm os trabalhadores aglomerados e não fazem os testes para saber quem está contaminado e dessa forma ajudam a piorar a pandemia que já matou mais de 160 mil pessoas e contaminou mais de 5 milhões no Brasil.



Usiminas expõe os trabalhadores à mais riscos na avenida da coqueria

Os trabalhadores na área são obrigados a dar uma grande volta ou a passar no meio da avenida correndo o risco de atropelamento para ter acesso ao porto e também ao ETB. Até quando?



Ormec está desrespeitando direitos e colocando a vida dos trabalhadores em risco

A direção da Usiminas finge que está preocupada com a segurança e a saúde dos trabalhadores. Na realidade a cada dia piora as condições de trabalho de todos.


Os trabalhadores na Ormec estão sendo obrigados a utilizar EPI’s já usados, como botas, calças, blusas, capacetes, óculos, coletes e perneiras. As máscaras não protegem nada e quando alguém reclama, o técnico de segurança finge que não tem problema nenhum e depois a direção da empresa tenta responsabilizar os trabalhadores. Além disso, eles estão sendo obrigados a trabalhar num ritmo alucinante e fazendo várias outras tarefas que vão desde pintar faixas de pedestres, pontes rolantes, salas de supervisão da Usiminas até limpar banheiro e a sala do gerente da Ormec.


Quando vem a classificação da função não vem o valor devido no contracheque, todo mês tem algum problema.


Quem se recusa a fazer a função sem a devida proteção é ameaçado com demissão. As condições de trabalho são cada vez piores, a pressão é cada vez maior e até na hora do café e do almoço a situação é de humilhação, o café não dá pra beber de tão ruim e a comida está cada vez pior.


A direção da Usiminas sabe disso e não faz nada porque é o mesmo que faz contra o conjunto dos trabalhadores. Para enfrentar tudo isso nossa resposta tem que ser a luta de todos os trabalhadores junto com o Sindicato por melhores condições de trabalho, em defesa dos direitos, da saúde e da vida.



A situação do vestiário do Porto está cada vez pior

O vestiário que os trabalhadores na Usiminas, Ormec e Vix são obrigados a usar na área do Porto é minúsculo, só tem um acesso com uma porta muito pequena que é utilizada para entrada e saída. Não há ventilação no vestiário, condições de higiene também não existe, nem sabão tem, chuveiros que não funcionam, vasos sanitários entupidos e o forro está caindo aos pedaços. Ou seja, É URGENTE a reforma do vestiário garantido as devidas condições de higiene e segurança.


Quem vai se responsabilizar em caso de acidente?

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