O Metalúrgico #618

29 de janeiro de 2021

Índice:

-Pressão por mais produção, piora das condições de trabalho, jornada massacrante: isso é a Usiminas;
-Os riscos de acidentes também continuam no pátio de placas da Aciaria;
-CMI até agora não pagou o que deve aos trabalhadores;
-Sapore e a Usiminas mais desrespeito contra os trabalhadores;
-Zé Protesto;



Pressão por mais produção, piora das condições de trabalho, jornada massacrante: isso é a Usiminas

Observação: veja que junho e julho foram os meses em que a direção da usina suspendeu a produção na planta de Cubatão. Observação: veja que junho e julho foram os meses em que a direção da usina suspendeu a produção na planta de Cubatão.

A cada dia se escancara ainda mais como a Usiminas se aproveitou da pandemia que ainda continua para aumentar o ataque aos trabalhadores.


Demitiu centenas de trabalhadores, quem está na usina enfrenta a jornada massacrante com dobras e antecipações e as condições de trabalho são cada vez piores.


Na tabela abaixo é possível ver que logo depois de demitir em massa, a Usiminas aumentou a produção para níveis maiores do que antes da pandemia. Ou seja, os trabalhadores que não foram demitidos tiveram que trabalhar ainda mais para dar conta da produção.


Foi assim, passando por cima de empregos e reduzindo salários que a Usiminas fez a festa de seus acionistas, enquanto os trabalhadores que ficaram tiveram que trabalhar por três, continuando expostos ao risco de contaminações pela COVID 19 e mais acidentes.


O resultado dessa receita da Usiminas não podia dar em algo diferente: mais acidentes


Foi o que aconteceu no dia 21/01 na área do laminador de acabamento. Um trabalhador sofreu uma fratura no polegar quando tentava reposicionar a chapa de corte de bobina com uma alavanca na caçamba e teve o dedo prensado.


O trabalhador passou por uma microcirurgia no dedo e está afastado. Mais um acidente provocado pelas péssimas condições de trabalho que tantas vítimas já fez. NÃO ESQUECEMOS, NÃO PERDOAMOS: a sede por mais lucro dos patrões retira salários, direitos, empregos e também vidas. Nunca é demais lembrar que só na planta de Cubatão mais de 50 trabalhadores morreram vítimas das péssimas condições de trabalho.


Essa realidade só vai mudar na força da nossa luta. Todos os direitos que temos não foram presentes de nenhum patrão ou governo, são frutos da união e luta do conjunto da classe trabalhadora.


Continue a fazer as denúncias dos problemas que enfrenta no seu local de trabalho e o mais importante: junto com o Sindicato vamos fortalecer a luta por melhores condições de trabalho, salário, direitos e emprego.



Os riscos de acidentes também continuam no pátio de placas da Aciaria

A produção também não para no pátio de placas da aciaria e as condições de trabalho também não param de piorar.


Mais um exemplo disso é o tal acesso seguro do leito 1, que de seguro nada tem porque está sempre alagado por causa das chuvas com o telhado e calhas cheios de buracos. A direção da usina já sabe dessa situação há muito tempo e não faz nada.



CMI até agora não pagou o que deve aos trabalhadores

O Acordo Coletivo de Trabalho já foi feito há meses, mas até agora a CMI não reajustou os salários e não pagou o retroativo aos meses em atraso.

A mesma empresa que não paga o que deve aos trabalhadores coloca a gerência para pressionar cada trabalhador por mais produção, exigindo que cada um faça o serviço de dois.


Contra tanto desrespeito o caminho é a nossa mobilização: se o patrão não pagar o que deve é hora de ir pra cima, cruzar os braços e exigir o que é de direito.


O Sindicato já enviou documento para empresa exigindo o pagamento do aumento salarial, mas é a pressão da nossa mobilização que garantirá os direitos que estão sendo desrespeitados.



Sapore e a Usiminas mais desrespeito contra os trabalhadores

No refeitório do LTF durante toda a semana passada as trabalhadoras na Sapore foram obrigadas a lavar as louças e bandejas sujas na mão, pois a máquina que faz esse trabalho está quebrada.


O Sindicato cobrou a responsável pelo restaurante sobre essa situação. Só depois disso falaram que a manutenção da máquina será feita.


As trabalhadoras na Sapore continuam sobrecarregadas tendo que trabalhar ainda mais depois das demissões que a empresa fez. A higienização das mesas não é feita porque não tem ninguém para fazer, as filas e aglomerações são cada vez mais constantes porque durante o café da manhã fica somente uma trabalhadora para atender.


A Sapore e a Usiminas seguem se superando no desrespeito contra os trabalhadores: com o objetivo de reduzir seus custos pioraram o café da manhã e o lanche. No pão, no lugar do queijo entrou um tal de composto lácteo que mais parece uma gosma o que com razão gerou muitas reclamações na área.



Zé Protesto

“Zé, olha as luvas que a ENESA está fornecendo: reutilizadas e cheias de óleo, uma coisa horrorosa e um risco para o trabalhador fazer seu trabalho.”

- Enquanto os patrões seguem lucrando, os trabalhadores sofrem com as péssimas condições de trabalho e o desrespeito aos direitos, para mudar essa situação o caminho é a nossa mobilização.


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