É isso que tem feito a direção da Usiminas: comemora o aumento de seus lucros enquanto milhões choram a perda de milhares de vidas
A situação é muito GRAVE: são mais de 260 mil pessoas mortas mais de 10 milhões estão contaminadas pelo novo corona vírus, a maioria dos que estão morrendo e sendo contaminados são os trabalhadores que são obrigados a continuar aglomerados em seus locais de trabalho e nos transportes.
É isso que tem feito a direção da Usiminas: comemora o aumento de seus lucros enquanto milhões choram a perda de milhares de vidas
Trabalhador na AMOI é mais uma vítima da pandemia que os patrões se aproveitam para lucrar ainda mais
Desde o início da pandemia o Sindicato apresentou a proposta de licença remunerada para todos os trabalhadores durante a necessária quarentena, mas a direção da Usiminas se recusou a fazer isso, colocou alguns trabalhadores em férias coletivas e manteve os do grupo de risco em licença remunerada, mas a maioria foi obrigada a continuar trabalhando.
Junto com a aglomeração não existe dentro da usina higienização pra valer dos espaços de produção, refeitório e vestiário. Não há realização de testagem em todos os trabalhadores e nem o devido afastamento de quem teve contato com quem foi contaminado.
Um dos exemplos da falta de proteção para impedir o aumento da contaminação é o vestiário da Amoi que continua superlotado, os trabalhadores são obrigados a dividir o mesmo armário e a aglomeração é grande.
Mais um dos nossos morto pela negligência do governo e dos patrões
O trabalhador Anderson Leite, funcionário na Amoi, é mais uma das vítimas da COVID-19. Ele estava na ativa no período da contaminação e, tanto a Amoi como a Usiminas, silenciaram sobre mais uma morte de um trabalhador.
Para os patrões a vida da classe trabalhadora não vale nada, só estão interessados em sugar ao máximo da força de trabalho de cada trabalhador para aumentarem ainda mais seus lucros.
O Sindicato vai enviar novamente documento para a Usiminas exigindo as medidas necessárias para impedir o aumento da contaminação, mas o principal é nossa mobilização
A principal medida que a direção a usina se recusa a garantir é a licença remunerada e estabilidade no emprego para todos os trabalhadores. Essa é a principal medida para impedir o avanço da contaminação.
Vamos exigir testagem para todos e o afastamento imediato com garantia de emprego e salários de todos os trabalhadores que tiveram contato com alguém que foi contaminado. Mas sabemos que só mandar documento para a direção da usina e suas empreiteiras com as devidas exigências não adianta, é só com muita mobilização que vamos garantir as nossas reivindicações.
SE TRATA DE LUTAR EM DEFESA DA SUA VIDA E DA VIDA DOS QUE AMA
A situação é muito grave. A contaminação aumenta e o número de mortes diárias por COVID 19 também. No estado de São Paulo, a fase vermelha vai até o dia 19 de março, mas o oportunista governador João Dória(PSDB) manteve indústrias que não estão nas atividades essenciais nesse momento de pandemia, escolas e igrejas abertas, ou seja, locais em que a contaminação pode se espalhar.
A situação é grave tanto aqui como em todos os estados do Brasil. Não há leitos de UTI’s suficientes e os hospitais estão lotados, o vírus já apresenta várias mutações e suas variantes contaminam muito mais rápido aumentando o adoecimento entre jovens e crianças. O governo Bolsonaro tripudia sob a dor de milhões, chamando o choro de quem perdeu alguém de “mimimi”, boicota a vacinação e segue promovendo aglomerações. Por tudo isso se colocar em movimento contra as ações desse governo e dos patrões que
se aproveitam da tragédia para lucrar ainda mais, é lutar em defesa da vida.
A melhor homenagem aos que tiveram a vida arrancada é fortalecer a luta por: VACINAÇÃO JÁ E PARA TODOS, EM DEFESA DOS EMPREGOS, SALÁRIOS E DIREITOS, PELA VOLTA IMEDIATA DO AUXILIO EMERGENCIAL
Na semana passada, o jornal “O Globo” publicou matéria registrando o aumento do valor das ações da Usiminas, a alta foi de 38%. No final de fevereiro o atual presidente da usina comemorava os maiores lucros da última década, tudo isso feito em plena pandemia que já matou mais de 260 mil pessoas no Brasil.
Nunca é demais lembrar que a direção da Usiminas demitiu mais de 300 trabalhadores em Cubatão e mais de 700 na USIMEC em Ipatinga(MG) e logo na sequencia retomou a produção com carga total.
Ou seja, foi massacrando empregos e salários que os acionistas comemoram o aumento a cada dia maior dos seus lucros.
A produção está cada vez maior. Em janeiro deste ano foram laminadas 165 mil toneladas de aço e em fevereiro foram 163,7 mil. Nem quando as áreas primárias estavam funcionando a produção era tão alta e tudo mostra que nos próximos meses a produção poderá chegar até 180 mil toneladas. O volume que chega de placas também aumenta, seja pela via ferroviária, seja pelos navios.
A quantidade de bobinas é tão grande que tiveram de reabrir um pátio que estava desativado desde 2015 para estocar esse material.
As chefias para acelerar o ritmo de produção liberam carregamentos em equipamentos acima de seus limites, como as carretinhas que transportam as bobinas na área e dessa forma colocam em risco a segurança dos trabalhadores.
A direção da usina segue fugindo de reintegrar os trabalhadores que demitiu no início da pandemia e quem está na área é convocado direto para dobras e antecipações, mais correria, mais pressão por produção e a consequência disso é mais adoecimento.
Nossa data-base é 1º de Maio e nesse ano além da discussão sobre o devido aumento salarial também a luta é pela manutenção e ampliação dos direitos do Acordo Coletivo de Trabalho.
Em 2019, a direção da Usiminas se aproveitando da reforma trabalhista de 2017 tentou retirar vários direitos do Acordo Coletivo de Trabalho e acabou retirando a obrigatoriedade da realização das homologações no Sindicato.
No mês de fevereiro a Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançou um documento querendo mais reforma trabalhista
Os patrões querem continuar com as medidas provisórias do governo Bolsonaro que suspendem contratos, reduzem direitos, ampliam o banco de horas e mais; querem a criação de novas formas de contratação, o que significa contratar sem registro em carteira, sem jornada regular, sem direitos.
Nesse ano os representantes da Usiminas virão novamente chorar de barriga cheia para fugir de pagar o que
devem e vão novamente tentar mexer nos direitos e contra tudo isso temos que fortalecer a nossa luta.
Foi lutando que garantimos os direitos que os patrões tentam acabar, é só lutando que vamos impedir que eles acabem.
“Zé, a Usiminas diz que zela pela segurança do trabalhador mas é só da boca pra fora, as calçadas dentro da área, estão todas detonadas.”
- Os trabalhadores são obrigados a andar na rua correndo o risco de atropelamento, isso é mais um desrespeito da Usiminas contra a saúde e a vida.
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“Zé, olha o absurdo contra as mulheres que trabalham na produção: os vestiários e banheiros são longes da área o que obriga as trabalhadoras que não têm rendição, a ficarem horas sem usar o banheiro.“
- Isso pode acarretar problemas de saúde, como infecções urinárias, vamos pressionar para garantir esses direitos próximos da área, uma luta que é das mulheres e do conjunto dos trabalhadores.
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“Zé, na Usiminas e nas terceirizadas, quando o trabalhador é chamando para fazer hora extra e fecha o ponto às 19h, o táxi que deve levá-lo pra casa chega só às 20/21 h e ainda vai lotado.”
- É um desrespeito atrás do outro, em relação a jornada, ao descanso, além disso, o risco de contaminação pelo novo corona vírus aumenta com o carro lotado. Nunca vamos esquecer que há pouco tempo um companheiro que trabalhava na Amoi morreu vítima da COVID-19.
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“ Zé, no galpão de sucatas da Aciaria está coberta por uma nuvem de mosquitos. Está parecendo a nuvem de gafanhotos que passou perto do Brasil no ano passado”
- É mais um absurdo contra a saúde dos trabalhadores que são obrigados a ir no local correndo risco de contrair dengue. O Sindicato vai enviar documento exigindo a limpeza do local e que enquanto isso não aconteça, o local seja interditado.
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“Zé, no transporte ferroviário a pressão da gerência só aumenta. O tal chefete veio de outra área, não conhece o serviço e vem desrespeitando os trabalhadores.”
- Esse é mais um chefete que se não tomar jeito, daqui a pouco vai responder processo por assédio. Se toca
lambe-botas da Usiminas, não vamos engolir desrespeito contra os trabalhadores.
É isso mesmo que você está lendo. Veja o absurdo que a tal Fundação São Francisco Xavier (FSFX) fez com um trabalhador que faria uma cirurgia de coluna.
O trabalhador faria a cirurgia no dia 05 de março. Foi levado para o centro cirúrgico, colocado no soro, mas na hora da operação, o médico abriu os materiais que o plano de saúde enviou e estava tudo pela metade e assim a cirurgia teve de ser cancelada.
Esse é o plano de saúde comandado pela Usiminas que, além das cobranças exorbitantes nas mensalidades e nos procedimentos hospitalares, desrespeita a vida e a saúde do trabalhador.
O Sindicato já está cobrando providências para que se garanta a realização da cirurgia.
12 de março de 2021