O Metalúrgico #623

12 de março de 2021

Índice:

-São mais de 260 mil mortes no Brasil desgovernado por Bolsonaro Os patrões se aproveitam da tragédia para lucrar;
-Estamos no pior momento da pandemia . É preciso lutar em defesa da saúde e da vida;
-Os patrões se aproveitam da tragédia para lucrar;
-Produção na usina segue bombando;
-Mais uma Campanha Salarial se aproxima. Vamos fortalecer a luta em defesa dos direitos, empregos e por aumento dos salários;
-Zé Protesto;
-Plano de Saúde deixa trabalhador na mesa de cirurgia, sem cirurgia;



São mais de 260 mil mortes no Brasil desgovernado por Bolsonaro Os patrões se aproveitam da tragédia para lucrar

É isso que tem feito a direção da Usiminas: comemora o aumento de seus lucros enquanto milhões choram a perda de milhares de vidas

A situação é muito GRAVE: são mais de 260 mil pessoas mortas mais de 10 milhões estão contaminadas pelo novo corona vírus, a maioria dos que estão morrendo e sendo contaminados são os trabalhadores que são obrigados a continuar aglomerados em seus locais de trabalho e nos transportes.


É isso que tem feito a direção da Usiminas: comemora o aumento de seus lucros enquanto milhões choram a perda de milhares de vidas


Trabalhador na AMOI é mais uma vítima da pandemia que os patrões se aproveitam para lucrar ainda mais


Desde o início da pandemia o Sindicato apresentou a proposta de licença remunerada para todos os trabalhadores durante a necessária quarentena, mas a direção da Usiminas se recusou a fazer isso, colocou alguns trabalhadores em férias coletivas e manteve os do grupo de risco em licença remunerada, mas a maioria foi obrigada a continuar trabalhando.


Junto com a aglomeração não existe dentro da usina higienização pra valer dos espaços de produção, refeitório e vestiário. Não há realização de testagem em todos os trabalhadores e nem o devido afastamento de quem teve contato com quem foi contaminado.


Um dos exemplos da falta de proteção para impedir o aumento da contaminação é o vestiário da Amoi que continua superlotado, os trabalhadores são obrigados a dividir o mesmo armário e a aglomeração é grande.


Mais um dos nossos morto pela negligência do governo e dos patrões


O trabalhador Anderson Leite, funcionário na Amoi, é mais uma das vítimas da COVID-19. Ele estava na ativa no período da contaminação e, tanto a Amoi como a Usiminas, silenciaram sobre mais uma morte de um trabalhador.


Para os patrões a vida da classe trabalhadora não vale nada, só estão interessados em sugar ao máximo da força de trabalho de cada trabalhador para aumentarem ainda mais seus lucros.



Estamos no pior momento da pandemia . É preciso lutar em defesa da saúde e da vida

O Sindicato vai enviar novamente documento para a Usiminas exigindo as medidas necessárias para impedir o aumento da contaminação, mas o principal é nossa mobilização


A principal medida que a direção a usina se recusa a garantir é a licença remunerada e estabilidade no emprego para todos os trabalhadores. Essa é a principal medida para impedir o avanço da contaminação. 


Vamos exigir testagem para todos e o afastamento imediato com garantia de emprego e salários de todos os trabalhadores que tiveram contato com alguém que foi contaminado. Mas sabemos que só mandar documento para a direção da usina e suas empreiteiras com as devidas exigências não adianta, é só com muita mobilização que vamos garantir as nossas reivindicações.


SE TRATA DE LUTAR EM DEFESA DA SUA VIDA E DA VIDA DOS QUE AMA


A situação é muito grave. A contaminação aumenta e o número de mortes diárias por COVID 19 também. No estado de São Paulo, a fase vermelha vai até o dia 19 de março, mas o oportunista governador João Dória(PSDB) manteve indústrias que não estão nas atividades essenciais nesse momento de pandemia, escolas e igrejas abertas, ou seja, locais em que a contaminação pode se espalhar.


A situação é grave tanto aqui como em todos os estados do Brasil. Não há leitos de UTI’s suficientes e os hospitais estão lotados, o vírus já apresenta várias mutações e suas variantes contaminam muito mais rápido aumentando o adoecimento entre jovens e crianças. O governo Bolsonaro tripudia sob a dor de milhões, chamando o choro de quem perdeu alguém de “mimimi”, boicota a vacinação e segue promovendo aglomerações. Por tudo isso se colocar em movimento contra as ações desse governo e dos patrões que

se aproveitam da tragédia para lucrar ainda mais, é lutar em defesa da vida.


A melhor homenagem aos que tiveram a vida arrancada é fortalecer a luta por: VACINAÇÃO JÁ E PARA TODOS, EM DEFESA DOS EMPREGOS, SALÁRIOS E DIREITOS, PELA VOLTA IMEDIATA DO AUXILIO EMERGENCIAL



Os patrões se aproveitam da tragédia para lucrar

Na semana passada, o jornal “O Globo” publicou matéria registrando o aumento do valor das ações da Usiminas, a alta foi de 38%. No final de fevereiro o atual presidente da usina comemorava os maiores lucros da última década, tudo isso feito em plena pandemia que já matou mais de 260 mil pessoas no Brasil.


Nunca é demais lembrar que a direção da Usiminas demitiu mais de 300 trabalhadores em Cubatão e mais de 700 na USIMEC em Ipatinga(MG) e logo na sequencia retomou a produção com carga total.


Ou seja, foi massacrando empregos e salários que os acionistas comemoram o aumento a cada dia maior dos seus lucros.



Produção na usina segue bombando

A produção está cada vez maior. Em janeiro deste ano foram laminadas 165 mil toneladas de aço e em fevereiro foram 163,7 mil. Nem quando as áreas primárias estavam funcionando a produção era tão alta e tudo mostra que nos próximos meses a produção poderá chegar até 180 mil toneladas. O volume que chega de placas também aumenta, seja pela via ferroviária, seja pelos navios.


A quantidade de bobinas é tão grande que tiveram de reabrir um pátio que estava desativado desde 2015 para estocar esse material.


As chefias para acelerar o ritmo de produção liberam carregamentos em equipamentos acima de seus limites, como as carretinhas que transportam as bobinas na área e dessa forma colocam em risco a segurança dos trabalhadores.


A direção da usina segue fugindo de reintegrar os trabalhadores que demitiu no início da pandemia e quem está na área é convocado direto para dobras e antecipações, mais correria, mais pressão por produção e a consequência disso é mais adoecimento.



Mais uma Campanha Salarial se aproxima. Vamos fortalecer a luta em defesa dos direitos, empregos e por aumento dos salários

Nossa data-base é 1º de Maio e nesse ano além da discussão sobre o devido aumento salarial também a luta é pela manutenção e ampliação dos direitos do Acordo Coletivo de Trabalho.


Em 2019, a direção da Usiminas se aproveitando da reforma trabalhista de 2017 tentou retirar vários direitos do Acordo Coletivo de Trabalho e acabou retirando a obrigatoriedade da realização das homologações no Sindicato.


No mês de fevereiro a Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançou um documento querendo mais reforma trabalhista


Os patrões querem continuar com as medidas provisórias do governo Bolsonaro que suspendem contratos, reduzem direitos, ampliam o banco de horas e mais; querem a criação de novas formas de contratação, o que significa contratar sem registro em carteira, sem jornada regular, sem direitos.


Nesse ano os representantes da Usiminas virão novamente chorar de barriga cheia para fugir de pagar o que

devem e vão novamente tentar mexer nos direitos e contra tudo isso temos que fortalecer a nossa luta.


Foi lutando que garantimos os direitos que os patrões tentam acabar, é só lutando que vamos impedir que eles acabem.



Zé Protesto

“Zé, a Usiminas diz que zela pela segurança do trabalhador mas é só da boca pra fora, as calçadas dentro da área, estão todas detonadas.”


- Os trabalhadores são obrigados a andar na rua correndo o risco de atropelamento, isso é mais um desrespeito da Usiminas contra a saúde e a vida.

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“Zé, olha o absurdo contra as mulheres que trabalham na produção: os vestiários e banheiros são longes da área o que obriga as trabalhadoras que não têm rendição, a ficarem horas sem usar o banheiro.“


- Isso pode acarretar problemas de saúde, como infecções urinárias, vamos pressionar para garantir esses direitos próximos da área, uma luta que é das mulheres e do conjunto dos trabalhadores.

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“Zé, na Usiminas e nas terceirizadas, quando o trabalhador é chamando para fazer hora extra e fecha o ponto às 19h, o táxi que deve levá-lo pra casa chega só às 20/21 h e ainda vai lotado.”


- É um desrespeito atrás do outro, em relação a jornada, ao descanso, além disso, o risco de contaminação pelo novo corona vírus aumenta com o carro lotado. Nunca vamos esquecer que há pouco tempo um companheiro que trabalhava na Amoi morreu vítima da COVID-19.

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“ Zé, no galpão de sucatas da Aciaria está coberta por uma nuvem de mosquitos. Está parecendo a nuvem de gafanhotos que passou perto do Brasil no ano passado”


- É mais um absurdo contra a saúde dos trabalhadores que são obrigados a ir no local correndo risco de contrair dengue. O Sindicato vai enviar documento exigindo a limpeza do local e que enquanto isso não aconteça, o local seja interditado.

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“Zé, no transporte ferroviário a pressão da gerência só aumenta. O tal chefete veio de outra área, não conhece o serviço e vem desrespeitando os trabalhadores.”


- Esse é mais um chefete que se não tomar jeito, daqui a pouco vai responder processo por assédio. Se toca

lambe-botas da Usiminas, não vamos engolir desrespeito contra os trabalhadores.



Plano de Saúde deixa trabalhador na mesa de cirurgia, sem cirurgia

É isso mesmo que você está lendo. Veja o absurdo que a tal Fundação São Francisco Xavier (FSFX) fez com um trabalhador que faria uma cirurgia de coluna.


O trabalhador faria a cirurgia no dia 05 de março. Foi levado para o centro cirúrgico, colocado no soro, mas na hora da operação, o médico abriu os materiais que o plano de saúde enviou e estava tudo pela metade e assim a cirurgia teve de ser cancelada.


Esse é o plano de saúde comandado pela Usiminas que, além das cobranças exorbitantes nas mensalidades e nos procedimentos hospitalares, desrespeita a vida e a saúde do trabalhador.


O Sindicato já está cobrando providências para que se garanta a realização da cirurgia.


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