O Metalúrgico #621

A direção da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), plano de saúde da Usiminas informou que irá reajustar o valor do plano de saúde em 2,22% tentando enganar dizendo que o reajuste foi pequeno, mas na realidade ano após ano, a direção da Usiminas impõe reajustes absurdos no plano de saúde, muito maiores do que reajuste salarial dos trabalhadores e das aposentadorias.

Todos se lembram da tentativa da Usiminas em 2012 de reajustar o plano de saúde dos apontados em quase 60% e só não conseguiram impor esse reajuste absurdo porque o Sindicato organizou a luta junto com os aposentados, foram muitas passeatas ocupando as ruas de Santos e ações judiciais que impediram mais esse ataque da empresa.

A Usiminas não conseguiu impor esse reajuste, mas enfiou goela abaixo um aumento de mais de 29% no plano dos aposentados e a cada ano reajusta os planos de quem está na usina em percentual muito maior do que reajuste salarial.

Plano cada vez mais caro, atendimento cada vez pior: se paga muito e se sofre mais ainda. Várias clínicas e médicos que faziam parte do plano foram descredenciados, chegando ao absurdo do trabalhador marcar uma consulta e só ficar sabendo disso no dia que deveria ser atendido.

Além de pagar um plano de saúde cada vez mais caro, os trabalhadores são obrigados a pagar por procedimentos e até seringas, o que é um absurdo, pois o plano deveria cobrir tudo isso.

Perícia feita pelo Judiciário constata as denúncias feita pelo Sindicato: na ação judicial feita pelo Sindicato mostramos as irregularidades no plano de saúde, os reajustes absurdos e as cobranças indevidas nos procedimentos e o Judiciário constatou tudo isso. Agora o processo está em fase de recurso e contra as manobras da direção do plano de saúde, além de seguir nas ações judiciais, precisamos fortalecer a nossa luta.

Na Amoi, as chefias colocam os trabalhadores em risco em condições cada vez mais inseguras. O transporte também vai de mal a pior. Há poucos dias os trabalhadores no zero hora ficaram a pé na chuva.

Na assembleia realizada no dia 05 de fevereiro os trabalhadores rejeitaram a primeira proposta apresentada pela empresa e na semana passada a direção da Amoi apresentou outra proposta, mas mantendo apenas o índice do INPC para o reajuste salarial.

Nessa proposta aumentou apenas o valor do vale-alimentação e um abono de R$ 350,00, abono que não é salário, pois não é incorporado às férias, 13º salário, INSS, ou seja, a nada.

Na assembleia realizada dia 12 de fevereiro, os trabalhadores aprovaram a proposta (127 - SIM / 43 - NÃO). A luta continua por melhores condições de trabalho, em defesa dos direitos e contra o arrocho salarial.

A ENESA faz de tudo para aumentar ainda mais a exploração contra os trabalhadores. Na carteira de trabalho está uma função, mas na prática a função é outra e o salário continua arrochado. Não corrigem a função na Carteira de Trabalho para fugir de pagar o devido aumento salarial.

Essa é a mesma empresa que impõe péssimas condições de trabalho que colocam a saúde e a vida dos trabalhadores em risco.

Vejam a situação: em plena pandemia até no serviço médico a direção da Usiminas coloca os trabalhadores em risco, falta álcool em gel nos recipientes e nem demarcação no piso para o distanciamento social tem.

“Zé, na VIX a pressão por mais produção e ameaça de demissão só aumenta e as condições de trabalho são cada vez piores. Veja a situação dos banheiros que os trabalhadores são obrigados a usar.”

- Contra tanto desrespeito e pressão o caminho é a nossa mobilização. Só assim vamos baixar o salto desses chefetes que humilham os trabalhadores para puxarem o saco da direção da empresa.

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“Zé, na Sapore a coisa vai de mal a pior: as trabalhadoras têm que ser virar para servir as refeições, lavar a louça e talheres, fazer higienização do refeitório, estão tirando delas até o devido tempo de alimentação e descanso de tanto trabalho que tem.”

- As denúncias sobre o desrespeito da Sapore contra os trabalhadores só aumentam, péssimas condições de trabalho, pressão e ameaças de demissão. Além de denunciar essa situação grave para os órgãos de fiscalização, é preciso juntos fortalecermos a nossa mobilização.