O Metalúrgico #624

19 de março de 2021

Índice:

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Muito grave: quase 3 mil mortes diárias


Somente o isolamento social paralisando todas as atividades não essenciais nesse momento de pandemia pode co;
-Sindicato enviou novo documento para Usiminas e contratadas exigindo licença remunerada a todos os trabalhadores;
-Sindicato envia documento para AMOI exigindo a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) do trabalhador que morreu vítima de Covid-19;
-Sindicato segue exigindo que a Usiminas pague todos os trabalhadores que têm direito às horas sobre o turno;
-Usiminas, além de não reintegrar os trabalhadores, está fazendo contratações irregulares;
-No Porto as condições de trabalho são cada vez piores;
-Zé Protesto;



Muito grave: quase 3 mil mortes diárias


Somente o isolamento social paralisando todas as atividades não essenciais nesse momento de pandemia pode co

No dia 16 de março o Brasil registrou mais de 2.800 mortes pela COVID-19 em 24 horas, mortes que poderiam ser evitadas se o devido isolamento social e a vacinação estivessem acontecendo de fato no Brasil.

CRUEL, DESUMANO, CRIMINOSO: Bolsonaro segue combatendo a única forma de conter contaminação: a paralisação de todas as atividades não essenciais


Bolsonaro negou a gravidade da pandemia, chamou a doença que nesse momento mata mais no Brasil do que em qualquer outro lugar do mundo de “gripezinha”, combateu a vacina, única forma junto ao isolamento capaz de conter a doença e a contaminação e do alto de sua ignorância fez propaganda de remédios que não previnem e nem combatem a doença, trazendo sérios efeitos colaterais.


Ataca as medidas de isolamento social feitas em cidades e estados, medidas essas ainda insuficientes, pois prefeitos e governadores ainda mantêm em funcionamento vários setores da economia como indústrias que não têm atividades essenciais nesse momento de pandemia em funcionamento.


O discurso hipócrita de que a economia não pode parar tenta esconder as medidas impostas por esse governo da morte que garantiram aos patrões diminuir salários, atacar direitos e ampliar as demissões, dessa forma várias grandes empresas viram seus lucros crescerem durante a pandemia, como é o caso da Usiminas.


O Capital e seus capachos no Estado seguem protegidos em suas mansões enquanto a classe trabalhadora e seus filhos estão sendo levados ao matadouro obrigados a se aglomerarem nos transportes, nas fábricas, bancos, comércio, escolas.


Defender a paralisação de tudo que não é essencial nesse momento de pandemia e a vacinação é defender a vida: a realidade mostra que nos lugares em que medidas concretas de isolamento social foram feitas, a contaminação pela COVID-19 diminuiu e junto a isso é a garantia da devida vacinação já e para todos que pode combater a letalidade do vírus.



Sindicato enviou novo documento para Usiminas e contratadas exigindo licença remunerada a todos os trabalhadores

Até agora a direção da Usiminas não respondeu o documento enviado pelo Sindicato na semana passada exigindo a suspenção das atividades não essenciais garantindo à todos os trabalhadores licença remunerada.


Nessa semana, protocolamos mais um documento exigindo a licença remunerada por 30 dias com a devida manutenção dos empregos, salários e demais direitos, essa medida é necessária e urgente para proteger a saúde e a vida dos trabalhadores.


Mas, a direção da Usiminas só tem olhos para seus lucros, é um desrespeito com a vida. Os acionistas só querem saber de comemorar mais de R$ 1bilhão de lucros registrados num momento em que milhões choravam a perda de milhares que morreram vítimas dessa tragédia que tem responsável: o Capital e seus governos capachos.


A realidade todos os dias está escancarando a gravidade do momento, é só com a nossa união e luta que podemos proteger as nossas vidas e juntos seguir lutando por emprego salários e direitos



Sindicato envia documento para AMOI exigindo a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) do trabalhador que morreu vítima de Covid-19

O Sindicato enviou documento para a Amoi exigindo que a empresa faça a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), do trabalhador Anderson Leite que faleceu vítima de COVID 19. O companheiro estava trabalhando no período que testou positivo, é obrigação da empresa o registro da CAT.


Além disso cobramos informações sobre se há testagem para todos os trabalhadores e se quem teve contanto com Anderson foi afastado para a devida quarentena.


No documento enviado para a Usiminas reivindicamos que a licença remunerada com a devida garantia de emprego, salários e demais direitos seja para todos os trabalhadores, os efetivos na usina e para os trabalhadores nas empresas terceirizadas.



Sindicato segue exigindo que a Usiminas pague todos os trabalhadores que têm direito às horas sobre o turno

Veja aqui como está o processo:


O processo sobre as horas devidas em relação ao turno fixo se arrasta há anos porque a Usiminas entrou com vários recursos para tentar fugir de pagar o que deve aos trabalhadores, mas não conseguiu.

 

No processo feito pelo Sindicato a determinação da juíza responsável pelo processo é pelo pagamento das horas adicionais da jornada imposta pela Usiminas com o turno fixo.


A listagem inicial apresentada pela empresa excluía vários trabalhadores que trabalharam no turno no período de novembro de 2004 a outubro de 2013 (período definido no processo), o Sindicato denunciou isso e a juíza responsável pelo processo determinou que a Usiminas apresente os cartões de pontos e holerites de todos os trabalhadores que fizeram o cadastro no Sindicato registrando seu tempo de trabalho no turno.


Infelizmente os trabalhadores que entraram com ação individual não poderão receber nesse processo, pois a juíza excluiu todos que possuem ações individuais na Justiça do Trabalho com o mesmo pedido.


Agora o processo está na fase de prazo para que a Usiminas apresente os documentos exigidos. O Sindicato segue atento ao processo e exigindo que a empresa pague todos os trabalhadores que têm direito às horas.



Usiminas, além de não reintegrar os trabalhadores, está fazendo contratações irregulares

É na luta que vamos impedir mais esse ataque dos patrões


A Usiminas tentou derrubar a ação judicial que a impede de fazer mais demissões, como já informamos em outros Jornais do Sindicato, os representantes da empresa falam na cara dura durante a audiência que a usina não está em crise, que sua intenção de voltar a demitir é uma decisão de negócios. Ou seja, a direção da empresa quer demitir para contratar depois pagando muito menos e de forma irregular como os contratos de 6 meses que o Sindicato já denunciou.


A Usiminas não conseguiu derrubar a decisão que a impede de demitir no processo feito pelo Sindicato, mas até agora centenas de trabalhadores demitidos logo no início da pandemia não foram reintegrados. Por isso, só esperar pelas ações judiciais não basta, é preciso fortalecer a luta dentro da área.


É só lutando que vamos garantir os empregos, salários e direitos



No Porto as condições de trabalho são cada vez piores

Olha a situação no Porto: correias desativadas, material acumulado quase caindo em cima dos trabalhadores e na entrada e saída do vestiário as condições de uso são muito ruins.

As calçadas das ruas ao redor do Porto estão abandonadas parecendo um matagal, tem mato por todo o lado e nem é possível ver as tampas das bocas de lobo, aí os trabalhadores acabam sendo obrigados a andar pela rua, onde tem movimentação de tratores e carretas.



Zé Protesto

“Zé, na CMI quando o trabalhador passa mal e tem que ir para o hospital a empresa não garante o transporte, o trabalhador tem que se virar pra ir. E tem mais: a gerência está regulando copo descartável e ainda fala para o trabalhador misturar água no sabão pra render mais.”


- Olha os absurdos, um atrás do outro: desrespeito com a saúde e vida dos trabalhadores. Trabalhador passa mal e nem transporte para ir para o hospital a empresa garante e em plena pandemia, os patrões regulando sabão para higienizar as mãos e copo descartável. Esse é mais um exemplo da responsabilidade dos patrões junto com os governos da tragédia que estamos vivendo.

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“Zé, no dia 15 de março no restaurante do LTQ 2 faltou opção de mistura no horário da janta, só tinha moela. A fila ficou enorme e os trabalhadores acabaram perdendo cerca de meia hora do horário de janta.”


- O desrespeito é cada vez maior, a mistura já é minguada e ainda deixam faltar e engolem parte do horário de descanso do trabalhador. Como já disse aqui, isso vai mudar na hora que a gente voltar a virar o bandejão.

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“Zé, no ferroviário, tem um chefete que veio de outra área sem conhecer nada e quer ficar pressionando os trabalhadores com ameaças”


- Ele é uma verdadeira cruz nas costas de quem trabalha.

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