O Metalúrgico #626

27 de abril de 2021

Índice:

-Usiminas bate recordes de produção e de contaminação pela Covid-19;
-Desrespeito com a saúde e a vida dos trabalhadores: casos de Covid-19 seguem crescendo dentro da usina;
-A luta na Campanha Salarial é por aumento nos salários e em defesa dos direitos;
-Nesse ano a discussão é sobre o conjunto do Acordo Coletivo de Trabalho;
-Zé Protesto;



Usiminas bate recordes de produção e de contaminação pela Covid-19

Vamos fortalecer a luta em defesa da vida, dos direitos e pelo devido aumento salarial


Os trabalhadores seguem sobrecarregados, fazendo várias funções num ritmo alucinado de trabalho e obrigados a se aglomerar, ou seja, são jogados na mira do novo coronavírus.


Enquanto isso a direção da usina comemora os recordes de produção e seus lucros, os dados estão aí para todos verem:


No LTQ 2 (placas) em 2013 o recorde de produção foi de 171.705 toneladas, já em março de 2021 o

recorde é de 191.186 toneladas.


Em todos os outros setores a produção bateu também recordes. Agora novamente a direção da Usiminas

reorganiza a produção no mês que começamos a discutir nossa pauta de reivindicação, ou seja, quer tentar

enganar que a produção caiu, para tentar impor mais arrocho salarial contra os trabalhadores.


Mas os trabalhadores sabem da verdade, a produção e os lucros da Usiminas seguem em alta, enquanto

os salários estão cada vez mais arrochados.


No Porto estão atracados dois navios carregados de placas, um vindo da Pecem e outro da Rússia, e,

inclusive uma placa dessas caiu dentro do porão causando muito estrago e medo nos trabalhadores. A

Usiminas também anunciou aumento do preço do aço a partir do dia 12 de abril, aumento de 10% (para

laminados a quente) e 5% (para laminados a frio). Ou seja, a produção segue em alta, e os lucros também,

não tem como a Usiminas esconder.



Desrespeito com a saúde e a vida dos trabalhadores: casos de Covid-19 seguem crescendo dentro da usina

Nos últimos dias, mais trabalhadores testaram positivo para COVID 19. A jornada de trabalho já começa

com companheiros testando positivo já no início da manhã e outros à tarde.


Essa é situação em todas as áreas e atinge os trabalhadores efetivos na Usiminas e os que trabalham nas

terceirizadas.


Mais desrespeito contra os trabalhadores nas contratadas


O Sindicato já tinha denunciado que as contratadas só estavam fazendo o teste rápido para os trabalhadores

nas terceirizadas, testes que não são seguros para saber se a pessoa está contaminada. Agora tem mais:

as empresas contratadas em geral não estão fazendo nenhum exame em massa nos trabalhadores

terceirizados. E o que faz a Usiminas? Se cala diante da situação não exigindo a testagem.


O Sindicato segue exigindo a suspensão de todas as atividades não essenciais,a devida testagem para

todos os trabalhadores, os efetivos na usina e nas empresas terceirizadas e o devido afastamento de todos

os trabalhadores que tiveram contato com alguém que foi contaminado.


É só na luta que vamos garantir proteção aos nossos direitos e às nossas vidas


A Usiminas e suas contratadas só estão preocupadas em garantir seus lucros, para eles a vida dos trabalhadores só vale para ser sugada no processo de produção.


É só através da nossa união e luta que vamos garantir nossas reivindicações e proteger as nossas vidas. Por isso participe da mobilização organizada pelo Sindicato.



A luta na Campanha Salarial é por aumento nos salários e em defesa dos direitos

Nossa pauta de reivindicação da Campanha Salarial foi protocolada no início de abril, as reuniões para discutir as nossas reivindicações já começaram, mas só ficar esperando não adianta, é na mobilização

que vamos garantir a devida reposição das perdas, aumento salarial e a proteção dos nossos direitos.



Nesse ano a discussão é sobre o conjunto do Acordo Coletivo de Trabalho

Já faz tempo que a cada Campanha Salarial, os patrões tentam de tudo para acabar com vários direitos que estão no Acordo Coletivo de Trabalho. E isso piorou depois da reforma trabalhista aprovada pelo governo Temer e pela maioria dos deputados e senadores em 2017.


Com o fim da ultratividade, que era a garantia de que mesmo sem acordo nas Campanhas Salariais, os direitos do Acordo Coletivo de Trabalho estavam mantidos, os patrões fogem de assinar a renovação do Acordo Coletivo e tentam acabar com os direitos que garantimos através de muita luta, como o retorno de férias, entre outros.


Todos os direitos que temos não foram presentes de nenhum patrão e governo. Eles são fruto da nossa luta e é lutando que vamos impedir que eles acabem.


Esse ano, os patrões vão novamente se utilizar da pandemia para tentar não pagar o que devem e retirar direitos, tudo para garantir melhores condições de ampliar seus lucros. Por isso, além de dizermos NÃO a todos esses ataques, é preciso fortalecer a luta para garantir as nossas reivindicações:


- Manutenção de todos os direitos que estão no Acordo Coletivo de Trabalho.


- Reposição das perdas acumuladas e aumento salarial pra valer. Chega de arrocho salarial.


- Estabilidade no emprego.


- Redução da jornada de trabalho, sem redução salarial. Fim do banco de horas.


- Garantia de estabilidade até aposentadoria para todos os trabalhadores que tiveram sequela de doenças e acidentes provocados pelo trabalho.


- Vale alimentação / cesta básica



Zé Protesto

“Zé, a vigilância da Usiminas, em alguns lugares da usina, só está fazendo fiscalização dos ônibus que levam trabalhadores nas empresas terceirizadas como na Ormec e na Enesa.”


- Essa é mais uma forma que a Usiminas usa para desrespeitar os trabalhadores e contra isso o caminho é luta do conjunto dos trabalhadores.

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