No dia 07 de setembro ocupamos as ruas em defesa dos direitos, contra a carestia e pelo fim do governo Bolsonaro
O dia 7 de setembro foi marcado por firmeza de seguir ocupando a ruas para fortalecer a luta contra o governo genocida de Bolsonaro, responsável direto pela tragédia que já arrancou a vida de mais de meio milhão de pessoas na pandemia, um governo que ataca a vida seja pelo vírus, seja pela fome.
Num momento em que no Brasil mais de 60 milhões estão na miséria, em que os trabalhadores sofrem com o arrocho salarial, a carestia e o desemprego, Bolsonaro e sua corja covarde atacam as liberdades democráticas que a classe trabalhadora e a juventude lutaram muito para garantir.
Aquele que prefere fuzil à feijão viu o tiro sair pela culatra
Bolsonaro e seus apoiadores os saudosos da ditadura militar, racistas, homofóbicos e machistas queriam ver o sangue nas ruas dos que lutam pela vida, mas não conseguiram.
Para quem queria pelo menos 1 milhão nas ruas no dia 07 de setembro defendendo seu governo, ficou longe, muito longe de seu objetivo.
Bolsonaro com seu discurso golpista, tenta desesperadamente negar a realidade que mostra a rejeição ao seu governo aumentar de forma vigorosa a cada dia, tenta esconder o mar de corrupção que ele e sua família estão mergulhados há anos, além das falcatruas de seu governo no Ministério da Saúde durante a pandemia.
No dia 07, enquanto Bolsonaro e sua corja berravam por dissolução do STF, intervenção militar e atacavam à esquerda, a classe trabalhadora foi as ruas exigir comida, direitos, emprego, lutar contra as privatizações e exigir o fim desse governo da morte.
As bandeiras vermelhas tomaram as praças em todas as capitais e em mais de 200 cidades pelo país afora, mesmo com o discurso de ódio de Bolsonaro, mesmo com o recuo de algumas organizações entre alguns partidos de oposição e algumas poucas centrais sindicais em convocar a manifestação, o dia foi de luta pelo Fora Bolsonaro, o dia foi de luta contra os ataques do Capital e desse governo genocida.
Aqui na Baixada Santista também realizamos uma grande manifestação que se soma à luta pelo fim desse governo e contra os ataques dos patrões aos direitos da classe trabalhadora
Juntos com a Intersindical seguiremos nos somando ao fortalecimento da luta nas ruas e principalmente nos locais de trabalho, pois é na construção da greve geral que podemos pôr fim a esse governo da morte e avançar na luta contra os ataques do Capital que se mantém na exata medida que aumenta a miséria de nossa classe.
Dobras e antecipações aumentam a cada dia
A direção da Usiminas, na sanha por mais lucros, impõe um ritmo de trabalho cada vez mais alucinante. As dobras e antecipações estão ultrapassando as duas horas extras permitidas por dia, isso é mais um desrespeito aos direitos e um ataque à saúde dos trabalhadores.
E para impedir isso é preciso além de continuar denunciando os problemas que enfrentamos em cada área, ampliarmos a nossa mobilização.
E o plano de Saúde? Cada vez mais caro, cada vez pior
As mensalidades do plano de saúde seguem aumentando muito mais do que os nossos salários e o atendimento só piora. Muitos médicos estão se descredenciando porque o plano de saúde da Usiminas sequer paga os valores que estão na tabela.
O tempo para marcar uma consulta demora demais, os consultórios estão lotados e quando chega o dia do atendimento, são horas esperando para ser atendido.
Malha ferroviária sem manutenção, coloca os trabalhadores em risco
Mais um exemplo do descaso da Usiminas com a saúde dos trabalhadores é a falta de manutenção da malha ferroviária. Há muito tempo os dormentes não são trocados o que coloca em risco a vida dos maquinistas, manobreiros e todos os trabalhadores que estão na área.
E no zero hora, nem iluminação para andar entre uma área e outra tem
As condições de trabalho são péssimas para o conjunto dos trabalhadores e para quem trabalha a noite, até problema de iluminação tem. Se precisar de um carro para se locomover de uma área para outra não tem, então o que resta é andar a pé por ruas e avenidas com iluminação precária e em alguns lugares sem nenhuma, calçadas esburacadas, matagal que só cresce, ou seja, mais riscos de acidentes.
Acúmulo de função e falta de manutenção nas PR’s
Os trabalhadores na área de inspeção e manutenção estão sendo obrigados a cobrir várias áreas como laminação a frio, pátio de placas, pátio de embarque. Essa é realidade depois que a direção da usina impôs demissão em massa; os trabalhadores que ficaram têm que se virar para dar conta de tanto trabalho.
O acúmulo de função junto com a falta de manutenção dos equipamentos que também acontece nas pontes-rolantes são uma bomba relógio que expõe os trabalhadores a graves riscos de acidentes provocados pelo trabalho.
Por imposição da direção da empresa, os trabalhadores estão trabalhando 10 minutos à mais durante a jornada diária e não tem nenhuma compensação dos dias-pontes, exemplo disso é que tiveram que trabalhar no dia 06 de setembro.
E os problemas dos óculos de segurança continua: só fornecem óculos com lentes de grau para quem exerce funções na elétrica, mas todos os outros trabalhadores, como mecânicos, soldadores também precisam dos óculos de segurança.
Retroativo - A Usiminas Mecânica não pagou o retroativo pois a data base é 1° de agosto e não reajustou o adiantamento quinzenal. Será que vai dar calote como tem feito com as horas extras e com o adicional de insalubridade?
“Zé, as garrafas que a Sapore fornece para o café estão imundas, não tem nenhuma higienização correta. E a direção da empresa ainda tem a cara de pau de dizer que a culpa é dos trabalhadores.”
- Tanto os trabalhadores na Sapore, como na usina sofrem com as péssimas condições de trabalho, e olhem
a situação: nem garrafa limpa para o café tem. Isso só vai mudar com a luta do conjunto dos trabalhadores.
“Zé, de novo a Sapore: há poucos dias a empresa colocou só uma trabalhadora para servir tudo: arroz,
feijão, guarnição, tudo e a trabalhadora sozinha tendo que se virar para dar conta de todo o trabalho.”
- E assim que falamos que iríamos denunciar isso no próximo Boletim do Sindicato, a Sapore colocou mais tra balhadores para servir a refeição. Mas só isso não basta, é preciso garantir melhores condições de trabalho.”