O Metalúrgico #638

17 de julho de 2021

Índice:

-Fruto da luta organizada pelo Sindicato, garantimos a manutenção dos direitos e o Vale-Alimentação. Mas é preciso mais;
-É na luta que garantimos direitos, é na luta que vamos impedir que eles acabem;
-24 de julho: mais um dia de luta em que milhares foram às ruas em defesa da vida;
-Zé Protesto;



Fruto da luta organizada pelo Sindicato, garantimos a manutenção dos direitos e o Vale-Alimentação. Mas é preciso mais

Vamos ampliar a luta para enfrentar o arrocho salarial e garantir a ampliação dos direitos

Na assembleia realizada na semana passada, a maioria dos trabalhadores aprovou a proposta em relação a data-base da Campanha Salarial de 2021.


A Usiminas novamente fugiu de pagar o que deve de aumento salarial, pois o reajuste será de 7,59% o que significa apenas as perdas medidas pelo INPC o que está longe de cobrir as perdas salariais acumuladas há muito tempo.


O Vale- Alimentação não é concessão da empresa, é fruto da luta dos trabalhadores juntos com o seu Sindicato: faz muito tempo que o Sindicato exige a cada Campanha Salarial a inclusão do Vale-Alimentação no Acordo Coletivo de Trabalho e fruto da nossa pressão o V.A. agora se tornou uma realidade, mas vamos continuar lutando para aumentar o seu valor, pois R$ 240,00 está longe de garantir o que temos que colocar no prato dentro de casa.


Exigimos a efetivação de todos os trabalhadores que estão em contrato temporário: desde que a Usiminas começou a impor contratos temporários, o Sindicato denunciou essa contratação irregular e exigiu a efetivação de todos os trabalhadores.


Nas discussões da Campanha Salarial exigimos a efetivação de todos os trabalhadores que estão com contrato temporário e vamos pra cima da avaliação que a Usiminas tenta impor para fugir da contratação de todos que estão em contrato temporário. A Usiminas publicou nos seus informativos que todos que estão em contrato temporário serão efetivados e tem o dever de cumprir isso até o final de julho.


Homologações com o devido acompanhamento do Sindicato: a Usiminas impôs em 2019 que as homologações não fossem mais realizadas no Sindicato, fez isso para tentar impor mais calote aos direitos dos trabalhadores também na hora da demissão, mas o Sindicato continuou pressionando para que o acerto de contas na hora da demissão fosse feito com o acompanhamento do Sindicato.


Agora pelo Acordo Coletivo aprovado, a Usiminas é obrigada a colocar no aviso prévio a opção para o trabalhador requisitar o acompanhamento do Sindicato. Então além de exigir esse direito, não aceite que a homologação seja feita de forma virtual, por vídeoconferência, pois a homologação deve ser feita com a presença de fato do Sindicato.



É na luta que garantimos direitos, é na luta que vamos impedir que eles acabem

Todos os direitos que temos foram garantidos através de muita luta dos trabalhadores junto com seu Sindicato, nada veio de presente de patrão ou de governo. Nessa Campanha Salarial o Vale Alimentação se tornou uma realidade pela firmeza dos trabalhadores em rejeitar por duas vezes as propostas rebaixadas da Usiminas.


E para combater o arrocho salarial e garantir a ampliação dos nossos direitos além de rejeitar as propostas rebaixadas do patrão é preciso fortalecer a luta em cada área, pois é assim que vamos garantir as nossas reivindicações.



24 de julho: mais um dia de luta em que milhares foram às ruas em defesa da vida

Lutar pelo FORA BOLSONARO é lutar em defesa da vida e dos direitos

No dia 24 de julho, novamente ocupamos as ruas de todas as regiões do Brasil para exigir o fim do governo Bolsonaro, pois é preciso parar esse governo para parar a matança.


As manifestações foram organizadas com os devidos cuidados para impedir o aumento da contaminação da

COVID 19, e mais do que isso: ocupamos às ruas para defender a vida e os direitos que estão sendo arrancados por esse governo genocida que tentou negar a gravidade da pandemia, fez campanha contra a vacinação e através do Ministério da Saúde tentou fazer uma negociata para compra de vacinas que não tinham autorização para uso.


O governo genocida se utilizou da tragédia para também ampliar ainda mais a exploração contra a classe

trabalhadora: todas as ações do governo Bolsonaro durante a pandemia são para proteger os interesses dos patrões, pois impôs medidas para reduzir salários, passar por cima de direitos e continuar com as demissões.


Exploração e corrupção: o governo genocida de Bolsonaro impôs mais ataques a classe trabalhadora com suas medidas de redução de salários e direitos, com o corte absurdo do auxílio emergencial, pois R$ 150,00 não coloca comida na casa de ninguém que sofre com o desemprego.


Enquanto os trabalhadores buscam vacina e comida, o governo buscou propina para se beneficiar dessa tragédia que já arrancou a vida de mais de meio milhão de pessoas.


Basta ver as denúncias que não param de chegar na CPI no Senado Federal que mostram as negociatas do governo que comprovam que desde o início da pandemia a intenção do governo era se aproveitar da tragédia para seu benefício próprio.


Contra todos esses ataques, milhares de trabalhadores e estudantes seguem ocupando as ruas desse país. Em menos de dois meses, são centenas de milhares que vão às ruas exigir o fim desse governo da morte.

 

A luta é contra esse governo genocida, seus militares que têm saudade da ditatura militar e contra aqueles que fingem que agora que estão contra esse governo, como o PSDB e outros partidos à serviço da burguesia que apoiam todas as reformas contra os trabalhadores, como a reforma trabalhista, a terceirização, a reforma da Previdência e Administrativa e as privatizações, medidas essas atacam ao conjunto dos trabalhadores.


Seguimos firmes nas mobilizações das ruas e na construção da necessária greve geral, instrumento legítimo

da classe trabalhadora capaz de alavancar a luta em defesa dos direitos e da vida.



Zé Protesto

“Zé, a Usiminas Mecânica forneceu apenas 2 jogos de roupas aos trabalhadores e, diferente do que fazia a Enesa e faz a Amoi, não forneceu o serviço de lavanderia aos trabalhadores ou seja, são obrigados a levar roupas contaminadas com óleo, graxa e outros produtos químicos os quais tem contato nas áreas para lavar em suas residências.”


- Pra variar, já começou errada, ou seja, seguindo a risca a cartilha da Usiminas.


“Zé, não aguento mais comer essa comida ruim, não tem como melhorar isso? Pode até aumentar o desconto, não tem problema, mas é desanimador trabalhar o dia inteiro e chegar na hora do almoço eles servirem essa comida horrível.”


- Não tem que aumentar o desconto, tem é que servir uma refeição decente

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