O Metalúrgico #651

26 de outubro de 2021

Índice:

-Usiminas, através da Fundação São Francisco Xavier, quer piorar ainda mais o plano de saúde;
-Morre aos 82 anos Uriel Villas Boas, ex-presidente do Sindicato;
-Pontes-rolantes sem manutenção colocam trabalhadores expostos à graves riscos de acidentes;
-Usiminas segue obrigando os trabalhadores a operar em dias de folga e ainda tenta dar calote na hora da saída;
-Em plena pandemia, Amoi não garante a devida troca de máscaras;
-Zé Protesto;



Usiminas, através da Fundação São Francisco Xavier, quer piorar ainda mais o plano de saúde

O ataque novamente começou contra os aposentados e lutar contra isso é uma luta do conjunto dos trabalhadores que também estão na usina


Na semana passada, o salão de assembleias do Sindicato ficou lotado, os aposentados metalúrgicos novamente se colocam em movimento para enfrentar mais ataques da Usiminas no plano de saúde.


A direção da usina buscou vários recursos judiciais para mudar para pior o plano de saúde, começou pelos aposentados e seu objetivo é atacar o conjunto dos trabalhadores.


Logo após conseguir no Judiciário a liberação para mudança do plano de saúde, a direção da Fundação São Francisco Xavier tem pressionado os trabalhadores aposentados a migrar para outras modalidades de plano que são muito piores.


A escolha é a seguinte: ou se paga muito mais para ter acesso a procedimentos mais complexos e continuar tendo acesso a tratamento em hospitais fora da Baixada Santista, ou a migração é para um plano que não garante o devido acesso a procedimentos e tratamentos que os aposentados necessitam.


A investida da Usiminas em tentar obrigar os aposentados a aderirem às outras modalidades de plano é mais uma violência contra os trabalhadores, seu objetivo é logo mais impor essa mudança de plano de saúde também para quem está trabalhando na usina.


Os aposentados junto com a direção do Sindicato decidiram fortalecer a luta contra mais esse ataque e na assembleia realizada no dia 14 decidimos, além de encaminhar denúncia ao Ministério Público do Trabalho e entrar com novos recursos judiciais, ampliar a mobilização.


No mesmo dia realizamos passeata que ocupou a avenida Ana Costa e no próximo dia 28 temos mais uma assembleia. É muito importante que ninguém aceita e pressão da Fundação que quer obrigar os trabalhadores a assinar a qualquer custo a adesão a outros planos.


Vamos juntos fortalecer a nossa luta contra mais esse ataque da Usiminas



Morre aos 82 anos Uriel Villas Boas, ex-presidente do Sindicato

Uriel Villas Boas, aposentado metalúrgico e ex-presidente do Sindicato morre vítima de infarto.


Uriel foi metalúrgico na Usiminas, fez parte da direção do Sindicato dos Metalúrgicos até meados dos anos 2000.


Continuava a participar de atividades no movimento sindical, inclusive nos momentos do encontro mensal dos aposentados nas assembleias do Sindicato. Também tinha participação em vários movimentos sociais.


No dia 16 de outubro foi vítima de um infarto fulminante falecendo aos 82 anos. A Uriel nosso respeito e nossa solidariedade aos seus entes queridos. Uriel, presente!



Pontes-rolantes sem manutenção colocam trabalhadores expostos à graves riscos de acidentes

A falta de investimentos em equipamentos que necessitam de manutenção constante continua e a consequência disso é mais risco de acidentes graves, exemplo disso é a situação das pontes-rolantes.


A falta de manutenção vai desde rodas até tenazes que vem apresentando problemas. Quando acontecer um grave acidente por conta da falta de manutenção a direção da usina vai tentar esconder registrando a tragédia, como um “simples incidente”.



Usiminas segue obrigando os trabalhadores a operar em dias de folga e ainda tenta dar calote na hora da saída

É isso que vem acontecendo em várias áreas. Os trabalhadores são chamados para trabalhar das 7 às 14 horas, mas depois de passarem o cartão às 14 horas por exigência da direção da usina, não conseguem ir embora porque a direção da usina não está chamando os táxis e dessa forma são obrigados a ficar esperando os ônibus até a saída do turno às 15:30.


E a direção da Usiminas tem montado grupos de WhatsApp em todas as áreas da manutenção e operação para ligar para os trabalhadores fora do horário de trabalho, inclusive nas folgas e nas férias.


O Sindicato irá novamente exigir respeito a jornada de trabalho. Também vamos encaminhar denúncia ao Ministério Público do Trabalho mostrando a intenção da direção da Usiminas de tentar obrigar os trabalhadores a ficar à disposição da empresa 24 horas por dia a qualquer dia.


Mas para além das denúncias, o fundamental é a nossa mobilização dentro da área é assim que garantiremos respeito à jornada de trabalho e aos direitos.



Em plena pandemia, Amoi não garante a devida troca de máscaras

A Amoi está obrigando os trabalhadores a trabalhar com a mesma máscara por dois dias seguidos.


Em plena pandemia os trabalhadores só conseguem uma nova máscara ao final da jornada depois de dois dias trabalhando com a mesma.


Essa é a Amoi que durante toda a pandemia segue não respeitando nenhum protocolo sanitário para conter a contaminação pelo novo coronavírus.


O Sindicato está novamente encaminhado documento para a empresa exigindo o fornecimento das devidas máscaras. Mas só isso não basta e os trabalhadores sabem muito bem que é na força da nossa luta que vamos garantir respeito aos nossos direitos e às nossas vidas.



Zé Protesto

“Zé, no CSO a demora para o atendimento só aumenta e nem tem água para a gente beber.”


-Veja só, quem precisa beber água tem que ir na enfermaria, é muito absurdo. Você vai para o CSO porque precisa ser atendido por estar passando mal e fica um tempão esperando e se tiver sede, está lascado, porque nem água por perto tem.


“Zé, olha situação que a Sapore enviou água de coco para os trabalhadores do setor de embalagem final de semana.”


- A Usiminas e suas terceirizadas não tem nenhum respeito pelos trabalhadores. Enquanto os acionistas estão se fartando com boa comida e bebida, os trabalhadores sofrem também na hora da alimentação. Já falei: isso só vai mudar no fortalecimento da nossa mobilização.


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