O Metalúrgico #650

15 de outubro de 2021

Índice:

-Metas cada vez mais absurdas, produção bombando e cadê o pagamento da PLR?;
-As dobras e antecipações não param na usina;
-No dia 02 de outubro ocupamos as ruas exigindo o fim do governo Bolsonaro, um governo que ataca a vida e os direitos;
-Vamos garantir na CIPA quem de fato tem compromisso de lutar em defesa da saúde e por melhores condições de trabalho;
-Zé Protesto;



Metas cada vez mais absurdas, produção bombando e cadê o pagamento da PLR?

A grande maioria das metas impostas pela Usiminas para a PLR já foram superadas, mas a direção da usina foge de antecipar o pagamento. Esse é mais um exemplo que a PLR é usada para aumentar ainda mais a exploração


De todas as metas impostas pela direção da Usiminas para pagar a PLR, a única que ainda não foi totalmente alcançada é a de “retrabalhos”, todas as outras (qualidade, custo, produção e atendimento) foram superadas.


Ou seja, os lucros da Usiminas não param de crescer e isso acontece por conta de muita exploração contra os trabalhadores que seguem sendo obrigados a fazer dobras e antecipações, sofrem com acúmulo de função, descumprimento de horário de refeição, trabalho em dias de folga.


A Participação nos Lucros e Resultados (PLR), é mais uma forma que os patrões se utilizam para aumentar seus lucros impondo metas aos trabalhadores e os lucros produzidos através de muito trabalho vão parar nos bolsos dos acionistas.


Mais um ataque contra os trabalhadores é que a PLR na Usiminas é paga proporcionalmente de acordo com o salário de cada um, ou seja, quem ganha com isso são os que estão em cargos de comando da empresa, presidentes, vices, diretores, gerentes e assistentes que tem os salários mais altos, aqueles que não estão no pesado da produção.


Além disso, até agora a Usiminas foge de dizer se vai antecipar ou não uma parte da PLR, todos sabem que os lucros da empresa aumentaram e muito ao longo dos últimos anos.


Por tudo isso temos que lutar para que o pagamento da PLR seja linear, tendo um valor fixo sem vinculação às metas. E o mais importante: temos que lutar por aumento salarial pra valer, pois a PLR, como o abono, mal entram na nossa conta e já acabam.



As dobras e antecipações não param na usina

A Usiminas está impondo dobras e antecipações praticamente todas as semanas. São dobras e antecipações

que aumentam a jornada e a consequência disso é mais tempo dentro da usina o que significa mais cansaço, adoecimento, menos tempo para os filhos, a família, para os estudos e lazer.


Além disso, grande parte desse tempo trabalhado nas dobras e antecipações vão para o banco de horas, é trabalhar mais, se cansar mais e receber uma miséria de hora-extra.


E tem mais: a Usiminas está dando calote na “chamada antecipada”


É isso que está acontecendo dentro da usina quando o trabalhador é convocado pra entrar antecipado sem aviso prévio na jornada do dia anterior.


A direção da usina deve pagar mais uma hora-extra de chamada antecipada, mas está dando calote. Tem caso de supervisor ligando para o trabalhador às 20 horas pedindo para que ele entre para trabalhar antecipado na madrugada, mas não paga o que devem na chamada antecipada/emergência.


O Sindicato vai encaminhar as devidas ações exigindo o pagamento das chamadas antecipadas, mas o mais

importante é fortalecermos a nossa luta em defesa dos direitos e por melhores condições de trabalho dentro da usina.


Usiminas Mecânica segue passando por cima dos direitos e contra isso é preciso lutar


A Usiminas Mecânica segue passando por cima dos direitos dos trabalhadores ao fugir da Convenção Coletiva de Trabalho dos Metalúrgicos. A direção da empresa insiste em desfigurar sua principal atividade que é no ramo metalúrgico e se colocou na construção civil para tentar passar por cima dos direitos.


A consequência disso é um desconto nos salários dos trabalhadores de um valor que é de aproximadamente R$50,00 para o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil que, infelizmente, tem uma direção que não está ao lado dos trabalhadores. E mais: a empresa não está pagando o devido adicional de insalubridade.


Para garantir os direitos e melhores condições de trabalho é preciso fortalecer a luta em cada área da usina.


Continue a denunciar os problemas do seu local de trabalho e participe das ações organizadas pelo Sindicato



No dia 02 de outubro ocupamos as ruas exigindo o fim do governo Bolsonaro, um governo que ataca a vida e os direitos

No início de outubro em todas as capitais, em centenas de cidades do Brasil e no exterior aconteceram grandes manifestações pelo fim do governo Bolsonaro.


Trabalhadores, jovens, idosos e crianças se encontraram nas ruas seguindo os protocolos para conter a contaminação pelo coronavírus exigindo o fim desse governo da morte.


Já são mais de 600 mil vidas arrancadas, milhões no desemprego e na fome, o arrocho salarial e a carestia aumentam, seres humanos foram usados como cobaias em estudos sobre tratamentos para Covid 19 que não combatem a doença e provocaram a morte, a vacinação ainda não chegou para todos.


Isso tudo é consequência das ações do governo Bolsonaro e do Capital que também se aproveita da pandemia para aprofundar os ataques a classe trabalhadora.


Nós da Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora como desde o início estamos firmes na construção de todas as manifestações pelo Fora Bolsonaro, mostrando que não basta esperar pelas eleições em 2022, é preciso derrotar esse governo agora, avançar na organização da greve geral, pois é parando a fonte de lucro do Capital que é possível dar o devido salto na luta para pôr fim à esse governo.


Também denunciamos o oportunismo daqueles que só agora exigem o impeachment de Bolsonaro, mas estão juntos com o governo em todas as pautas patronais, como as Medidas que suspendem contratos de trabalho, reduzem salários, ampliam as demissões, apoiam também a reforma administrativa e as privatizações. Partidos da burguesia, como o PSDB e outros que agora ensaiam o afastamento do governo são os mesmos que em vários locais como no estado de São Paulo, aplicam a mesma receita de ataque aos

serviços públicos que atingem diretamente a classe trabalhadora.


Não compactuamos com o oportunismo daqueles que só pensando em seus interesses eleitorais se utilizam da campanha pelo Fora Bolsonaro olhando para as eleições de 2022. São centenas de milhares de nossa classe que estão morrendo aqui e agora, lutar para valer pela derrubada desse governo criminoso é dever de todos aqueles que de fato tem compromisso com os direitos e vida da classe trabalhadora.


O Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista junto com a Intersindical segue firme na luta nas ruas e nos locais de trabalho contribuindo no avanço da luta pelo fim desse governo e no enfrentamento ao Capital contra a classe trabalhara.



Vamos garantir na CIPA quem de fato tem compromisso de lutar em defesa da saúde e por melhores condições de trabalho

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um importante instrumento dos trabalhadores para lutar por melhores condições de trabalho e saúde. Os trabalhadores eleitos para a CIPA têm estabilidade justamente para lutar por melhores condições de trabalho.


A Usiminas tenta usar a CIPA para mascarar as péssimas condições de trabalho que impõe e para enfrentar isso é necessário tomar de volta essa comissão para as mãos dos trabalhadores, exigindo medidas que realmente protejam nossa saúde e nossa vida, melhores condições de trabalho e segurança.


Vamos juntos com o Sindicato eleger na CIPA quem de fato é comprometido em defender a saúde dos trabalhadores e fortalecer a luta por melhores condições de trabalho.



Zé Protesto

“Zé, além das dobras e antecipações serem quase todos os dias, agora nem refeição tem nessas chamadas.

É só um lanchinho que está cada vez pior, o suco piorou, o chocolate não tem mais.”


- A Usiminas, passa por cima dos direitos e tira até a alimentação do trabalhador, isso só vai mudar quando a indignação se transformar em luta.


“Zé, o CSO da Usiminas está funcionando como se não existisse mais pandemia, a aglomeração é diária durantes a realização dos exames periódicos.”


- O Sindicato enviou documento para empresa exigindo as devidas providências para acabar com essa situação, mas só esperar para ver o que a direção da usina vai fazer não basta, vamos para a porta do CSO exigindo o fim da aglomeração e devido atendimento.


“Zé, a Vix está obrigando os trabalhadores a trabalhar com equipamentos que colocam os trabalhadores em risco de acidentes.” 


- São vários veículos com pneus carecas, mais um exemplo do descaso da empresa com a saúde a vida dos

trabalhadores.”


+ boletins