O Metalúrgico #661

03 de fevereiro de 2022

Índice:

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CAMPANHA SALARIAL 2022Assembleia dos trabalhadores nas metalúrgicas acontece dia 17/02;
-ASSEMBLEIA GERAL;
-Registro na Carteira Profissional resguarda direitos;
-Menos direitos, menos salários, mais demissões: é isso que a Reforma Trabalhista provocou;
-A revogação da reforma trabalhista se faz urgente desde sua imposição;
-A importância da sindicalização;



CAMPANHA SALARIAL 2022Assembleia dos trabalhadores nas metalúrgicas acontece dia 17/02

O ano começa com a perspectiva de agravamento da crise provocada pela pandemia e mais dificuldades na área econômica e social devido a um governo que beneficia a elite e ataca direitos dos trabalhadores.


O “chororô” dos patrões a gente sabe que vai ter. Sabemos das dificuldades, mas não podemos pagar essa conta sozinhos. Isso significa que vamos precisar de mais empenho, união e disposição para a lutar por um reajuste digno entre outros benefícios.


Vamos informar os trabalhadores por meio de boletins, cartazes, reuniões, ou seja, tudo pra ninguém reclamar que não sabia porque, trabalhador informado não é ludibriado pelo patrão.


Atitudes como essas serão importantes durante a campanha para ampliar e manter as conquistas. Não vamos aceitar mudanças sem discussão ou impostas pelos patrões. Em todas as negociações o trabalhador participa.



ASSEMBLEIA GERAL

No próximo dia 17 (quinta-feira), acontece a primeira assembleia da Campanha Salarial 2022 dos trabalhadores nas metalúrgicas que têm data-base em 1º de abril. Vamos discutir, elaborar e deliberar a pauta de reivindicações que será encaminhada para o sindicato patronal.


A assembleia que acontece no Sindicato, em Santos (Av. Ana Costa, 55), tem a primeira chamada às 18h30 e segunda chamada às 19h. Todos os procedimentos de prevenção ao Covid 19 (uso de álcool em gel, máscaras e distanciamento social) serão tomados pelo Sindicato.



Registro na Carteira Profissional resguarda direitos

Registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), além de ser um direito de todo trabalhador, é muito importante. Na carteira estão anotados detalhes importantes, como as funções desempenhadas, os contratos, os salários entre outros itens referente a vida laboral.


Além disso, para acessar todos os benefícios garantidos ao trabalhador, como 13º salário, férias, seguro desemprego, aposentadoria e licença maternidade e outros, a carteira tem que estar devidamente assinada a atualizada.


Não permita que o patrão lucre mais mantendo o trabalhador sem registro.



Menos direitos, menos salários, mais demissões: é isso que a Reforma Trabalhista provocou

Sua revogação é uma urgência desde que foi aprovada pelo governo e pela maioria do Congresso Nacional


Nas últimas semanas os meios de comunicação falaram muito sobre a revogação de alguns pontos da reforma

trabalhista implementada na Espanha no ano de 2012, reforma essa que serviu de parâmetro para a reforma

trabalhista imposta no Brasil em 2017 e que teve como consequência mais demissões, menos salários e menos direitos.


Contratações com jornadas intermitentes, salários reduzidos e sem direitos básicos, banco de horas, fim da ultratividade que ataca direitos garantidos nas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho garantiram aos patrões ampliar as demissões e a rotatividade, exterminar direitos e arrochar ainda mais os salários.


O texto da reforma apresentado pelo governo Temer/MDB e aprovado pela maioria do Congresso Nacional em 2017 foi definido na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e logo nos primeiros meses escancarou o que todos os Sindicatos e Organizações Sindicais de luta já haviam denunciado: o objetivo da reforma era aprofundar a precarização das condições de trabalho e elevar o nível do desemprego e do terror contra a classe trabalhadora.


Mais de 4 anos após a imposição da reforma o que se vive é o aumento avassalador das demissões e do arrocho salarial e o aprofundamento da miséria, enquanto as grandes empresas nos mais diversos setores reorganizaram seus negócios e tiveram lucros ampliados em função da reforma.


O governo Bolsonaro desde que assumiu tenta de todas as formas aprofundar ainda mais os ataques impostos pela reforma trabalhista. Foi assim no primeiro ano de governo com a proposta da Carteira de Trabalho verde e amarela, foi assim com as Medidas Provisórias desde o início da pandemia que liberaram os patrões a reduzir salários, suspender contratos de trabalho, retirar direitos, é assim com a proposta elaborada pelo tal grupo técnico formado pelo governo, o GAET que propõe mais ataques aos direitos e à organização dos trabalhadores.



A revogação da reforma trabalhista se faz urgente desde sua imposição

Não basta apenas declarações de Lula ou do PT dizendo que é preciso “acompanhar as alterações da reforma

trabalhista na Espanha que visem recuperar direitos”, pois bastou os empresários se incomodarem e seu pretendente a vice Alckmin se preocupar com tais declarações para os porta-vozes dos conciliadores de classes afirmarem que a proposta não será de revogação, mas sim de alterações pontuais na reforma.


Portanto às Organizações comprometidas com a classe trabalhadora cabe fortalecer a luta nos locais de trabalho e nas ruas, sem ilusão que basta esperar outubro chegar com as eleições que os ataques contra os trabalhadores acabarão.


A Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora segue firme e empenhada no

fortalecimento das lutas nos locais de trabalho e nas ruas, pois é assim que construímos as condições que vão além de derrotar a reforma trabalhista, avançam no enfrentamento contra o Capital e seu Estado.



A importância da sindicalização

Ser sócio do Sindicato é um direito e uma forma de fortalecer a luta em defesa dos direitos e melhores condições de trabalho. Nesses tempos de ataques ainda maiores dos patrões e dos governos à classe trabalhadora, ficou muito mais claro ver a importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para patrão e organiza a luta nas fábricas e nas ruas por melhores condições de trabalho, salários e direitos.


Se você ainda não é sindicalizado, não deixe para depois, vá até o Sindicato e filie-se. Fortaleça o seu Sindicato.

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