O Metalúrgico #660

03 de fevereiro de 2022

Índice:

-Usiminas segue impondo péssimas condições de trabalho e assim expõe os trabalhadores à graves riscos de acidente e adoecimento;
-Usiminas desrespeita o direito de recusa a executar tarefas que coloquem em risco a saúde e a vida, o que existe é mais perseguição contra o trabalhador;
-É na luta que vamos impedir o calote na PLR;
-A pressão do Sindicato denunciando a situação dos vestiários fez a direção da Usiminas e suas terceirizadas se mexerem;
-Sindicalização;
-Zé Protesto;



Usiminas segue impondo péssimas condições de trabalho e assim expõe os trabalhadores à graves riscos de acidente e adoecimento

A direção da usina diariamente mostra seu descaso com a saúde e a vida dos trabalhadores. Sua única preocupação é em lucrar mais e mais às custas do aumento da exploração.


Mais um exemplo disso é que há anos não tem nenhum investimento para reformar as malhas ferroviárias e o resultado disso é mais risco de acidentes.


No último dia 20, a composição 10 que estava carregada com aproximadamente 20 placas descarrilhou próxima do pátio da máquina 4, na antiga área da Aciaria.


Uma equipe grande de trabalhadores teve que agir para conseguir retirar as placas carregadas, mover a composição e arrumar aquele trecho de ferrovia, ou seja, mais trabalhadores foram expostos ao risco porque a direção da Usiminas não quer investir na devida reforma da malha ferroviária.


Dias depois, outra composição descarrilhou no mesmo local. A direção da usina sabe da situação dessa malha ferroviária em que acontecem vários descarrilhamentos e o Sindicato vem denunciando esse problema faz muito tempo.


Quando acontecer um acidente grave por conta dessa situação, o que fará a direção da usina? Simplesmente registrará como um incidente.


Para enfrentar o desrespeito à saúde e a vida dos trabalhadores é preciso em cada área denunciar as péssimas condições de trabalho e junto com o Sindicato ampliar a mobilização, pois é só lutando que vamos garantir melhores condições de trabalho.



Usiminas desrespeita o direito de recusa a executar tarefas que coloquem em risco a saúde e a vida, o que existe é mais perseguição contra o trabalhador

Recentemente na área do Porto um operador de empilhadeira da VIX se recusou a operar a máquina porque a mesma estava com pneus carecas. E o que fez a a chefia da USIMINAS? Começou a perseguir o trabalhador que usou seu direito de recusar a fazer uma operação que colocaria sua vida em risco.


A mando da direção da usina, a VIX trocou de horário o líder na Vix que corretamente afirmou que o operador estava correto em se recusar a dirigir a empilhadeira que estava com pneus carecas.


O trabalhador exerceu seu direito. É isso que todos devem fazer quando as chefias tentarem obrigar os trabalhadores a executar tarefas que colocam a saúde e a vida em risco. E para enfrentar a perseguição dos patrões, o caminho é fortalecer a mobilização junto com o Sindicato.



É na luta que vamos impedir o calote na PLR

A Usiminas aumenta seus lucros cada vez mais aumentando a exploração contra os trabalhadores e usa da PLR para exigir mais e mais produção em condições de trabalho cada vez piores.


Em dezembro foi pago o valor de 1 salário como primeira parcela da PLR e para impedir o calote da segunda parcela é preciso estarmos atentos e mobilizados, pois senão a direção da empresa virá com a conversa fiada que as metas impostas por ela não foram atingidas.


E para além da mobilização para garantir o pagamento integral da PLR o mais importante é ampliarmos a luta pelo devido aumento salarial, pois o arrocho a cada dia faz que os salários cubram cada vez menos as contas que temos a pagar.



A pressão do Sindicato denunciando a situação dos vestiários fez a direção da Usiminas e suas terceirizadas se mexerem

Logo depois que o Sindicato divulgou o Boletim chamando para a mobilização dentro da área exigindo a melhoria nos vestiários, a direção da usina e algumas empresas terceirizadas como a Ormec, vieram com uma conversa que irão realizar as devidas reformas nos vestiários, mas só falar não adianta.


Os vestiários que já eram muito ruins antes da pandemia, pioraram nesses quase dois anos de pandemia, pois se tornaram foco de aumento de contaminação pela COVID 19, porque os trabalhadores são obrigados a se amontoarem num espaço pequeno, sem ventilação e sem as devidas condições de higiene.


Estamos atentos e se não acontecer as devidas reformas urgentes, o caminho é a mobilização na área para interditar todos os vestiários que não têm nenhuma condição de uso.



Sindicalização

Ser sócio do Sindicato é um direito e uma forma de fortalecer a luta em defesa dos direitos e melhores condições de trabalho. Nesses tempos de ataques ainda maiores dos patrões e dos governos à classe trabalhadora, ficou muito mais claro ver a importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para patrão e organiza a luta nas fábricas e nas ruas por melhores condições de trabalho, salários e direitos. Se você ainda não é sindicalizado, não deixe para depois preencha a ficha neste link.




Zé Protesto

“Zé, na G4S o assédio moral tá correndo solto. A chefia dá ordens absurdas e se o trabalhador questionar leva suspensão. Além disso, a maioria dos postos de segurança não tem nenhum banheiro, ou seja, não é garantida a mínima condição de trabalho e higiene.”

- A G4S assim como as outras terceirizadas segue a receita da Usiminas que para lucrar ainda mais passa por cima dos direitos dos trabalhadores. Contra isso é preciso fortalecer a união de todos os trabalhadores que estão dentro da usina.

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“Zé, na USIMEC com tanta onda de gripe e Covid 19 a chefia fica soltando piadinha contra os trabalhadores que adoecem e levam o atestado médico.”

- Isso é mais um absurdo e desrespeito da Usimec contra isso além das denúncias é preciso ir pra cima contra a direção da empresa que atenta contra a saúde e vida dos trabalhadores.

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“Zé, no Porto os trabalhadores na Ormec são obrigados a fazer capina e limpeza na área próxima ao DN, um equipamento enorme que está com risco de queda e o vestiário está interditado justamente por conta da queda desse equipamento.”

- Vejam o absurdo: o vestiário está interditado porque o equipamento pode cair a qualquer momento, mas a Ormec obriga os trabalhadores a capinar embaixo do mesmo equipamento.

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“Zé, a mistura minguada que a Sapore fornece nas refeições é combinada com a Usiminas. Se for linguiça é só duas minúsculas. E o ovo? Parece mais um plástico.”


- A Usiminas e suas terceirizadas na fome por mais lucro, não garantem nem a devida refeição. E como já disse, a alimentação só vai melhorar na hora que a indignação começar a virar o bandejão.

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