O Metalúrgico #670

06 de maio de 2022

Índice:

-Enquanto acionistas comemoram mais de R$ 1 bi de lucros, os trabalhadores recebem contracheque praticamente zerado;
-Chapa 1 da Intersindical é eleita novamente nas eleições do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista;
-Usimec segue fugindo da verdadeira representação sindical que é do Sindicato dos Metalúrgicos;
-Mais desrespeito contra as trabalhadoras na Sapore;
-Caso de assédio continua impune na Sapore;
-Já no restaurante do LTQ 2, as trabalhadoras estão novamente sem a máquina de lavar bandejas;
-Zé Protesto;



Enquanto acionistas comemoram mais de R$ 1 bi de lucros, os trabalhadores recebem contracheque praticamente zerado

Para acabar com tanto desrespeito e humilhação, é hora de fortalecer a mobilização


A direção da Usiminas anunciou no dia 20 de abril os lucros dos primeiros três meses de 2022. O lucro líquido foi de R$ 1,3 bilhão e as vendas totais de aço no período foram de 1,13 milhão de toneladas.


Logo depois desse anúncio em que os acionistas comemoram mais lucros, os trabalhadores receberam seu contracheque quase zerado por conta do desconto do Imposto de Renda no tal “pagamento eventual” que foi mais um golpe da Usiminas para dar calote no pagamento da PLR.


No mesmo dia que o contracheque do trabalhador veio praticamente zerado, a direção da usina anunciou que pagará R$734 milhões em dividendos para seus acionistas, ou seja, os lucros da Usiminas não param de crescer às custas de muita exploração e arrocho salarial contra os trabalhadores.


É na luta que vamos garantir a reposição das perdas e devido aumento salarial 


No dia 25 de abril aconteceu a primeira reunião sobre a nossa pauta de reivindicações da Campanha Salarial de 2022, mas nada da direção da empresa apresentar alguma proposta.


Durante a reunião a direção do Sindicato exigiu o encaminhamento sobre assuntos urgentes como a necessidade de mudança de operadora do plano médico, pois a Fundação São Francisco Xavier não garante o devido atendimento aos trabalhadores.


Outra reunião aconteceu essa semana, mas novamente a direção da usina só enrola e chora de barriga cheia e contra essa enrolação o caminho é ampliarmos a nossa mobilização.


A produção continua bombando, na planta de Cubatão só no mês de maio serão descarregados três navios de placas, cada um com 30 mil toneladas de aço vindas da Pecem, durante os meses de junho e julho tem programação da chegada de mais navios e a produção no LTQ 2 em abril foi de 115 mil toneladas.


É HORA DE TRANSFORMAR A INDIGNAÇÃO EM LUTA - Nesse mês em que os acionistas vão se fartar com os mais de 700 milhões em dividendos vindo do lucro produzido pelos trabalhadores, na casa de cada trabalhador vai faltar alguma coisa, pois o arrocho salarial é cada vez maior.


Para o trabalhador o que aumenta é só a carestia: o gás de cozinha que já custa mais de R$150,00 em várias cidades teve aumento novamente, a comida está cada vez mais cara, aluguel, luz, combustível, ou seja, tudo está mais caro.

Para garantir a devida reposição das perdas e aumento salarial pra valer só ficar esperando pelas reuniões sobre a pauta de reivindicação não adianta, é preciso fortalecer a mobilização.

Então fique atento e participe das atividades chamadas pelo Sindicato.


É lutando que vamos garantir as nossas reivindicações



Chapa 1 da Intersindical é eleita novamente nas eleições do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista

A CHAPA 1 da Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora foi novamente eleita para o próximo mandato da direção do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista.

Com grande participação dos trabalhadores na Usiminas, demais empresas metalúrgicas e também dos aposentados, a CHAPA 1 obteve 99% dos votos nas eleições que ocorreram entre os dias 26 e 29 de abril.


Novamente os patrões não conseguiram montar sua chapa para tentar tomar o Sindicato e a grande participação da categoria demonstra a firme decisão de manter o Sindicato como instrumento de defesa de luta dos trabalhadores.


A luta segue e se amplia contra os ataques da Usiminas, suas empreiteiras e demais empresas metalúrgicas que têm imposto mais arrocho salarial e desrespeito aos direitos, a luta também é junto aos aposentados que estão sendo atacados pela direção da usina através do plano de saúde.


Seguimos firmes na luta do conjunto da classe trabalhadora por melhores condições de vida, contra os ataques dos patrões e de seus governos.



Usimec segue fugindo da verdadeira representação sindical que é do Sindicato dos Metalúrgicos

A Usiminas Mecânica segue passando por cima dos direitos dos trabalhadores, pois continua fugindo da representação dos trabalhadores que exercem funções do ramo metalúrgico.


A direção da empresa mente que está no ramo da construção civil e dessa forma passa por cima dos direitos dos trabalhadores que ainda sofrem com o desconto mensal de 1% de seus salários que vai para o sindicato dos trabalhadores na construção civil, um sindicato que abaixa a cabeça para os patrões.


O desrespeito aos direitos é diariamente, um deles é o calote aos adicionais de insalubridade que vários trabalhadores deveriam receber, mas até agora nada do pagamento.



Mais desrespeito contra as trabalhadoras na Sapore

A Sapore com a conivência da Usiminas está expondo as trabalhadoras a mais riscos, pois no restaurante central elas têm que cortar os legumes com faca porque a máquina está quebrada há dias. Também estão sem o carrinho para transportar os materiais da cozinha.


Nesse mesmo restaurante, dias atrás, houve um princípio de incêndio na cozinha do LTQ2 e tentaram esconder. Esse acidente foi provocado devido as péssimas condições de trabalho que a Sapore está impondo às trabalhadoras.



Caso de assédio continua impune na Sapore

Já faz semanas que o Sindicato denunciou um caso grave de assédio feito por gerente na Sapore contra uma trabalhadora. A direção da usina sabe disso, como também os responsáveis pela Sapore, mas até agora nada foi feito. O assediador continua numa boa como se nada tivesse acontecido. Assédio é crime e exigimos a devida punição.



Já no restaurante do LTQ 2, as trabalhadoras estão novamente sem a máquina de lavar bandejas

Uma máquina de lavar bandejas foi comprada, mas ainda não instalaram.


Enquanto isso as trabalhadoras têm que se virar em três para lavar os pratos na mão, limpar, abastecer e atender.


E tem mais: a empresa quer mudar o horário de trabalho de 5x01 - 6x02 para 6x01 alegando que foi reduzido o trabalho nos refeitórios após as mudanças do self-servisse. Mais um desrespeito contra as trabalhadoras.


Até quando as trabalhadoras vão aguardar a instalação do equipamento?



Zé Protesto

“Zé, no refeitório do LTF sempre faltando mistura. A gente ralando de tanto trabalhar e na hora de se alimentar é mais desrespeito.''


- Isso é a Usiminas, os acionistas estão nos banquetes comemorando o lucro que foi produzido pelos trabalhadores que sofrem com o bandejão cada vez mais vazio. E contra mais esse desrespeito é preciso colocar a indignação em movimento.


“Zé , a situação dos trabalhadores na Ormec no Porto é cada vez pior. A empresa impôs um monte de regras, não garante condições seguras de trabalho, é um desrespeito atrás do outro. Até no café da manhã é mais humilhação, pão duro, cafeteira imundas”


“Zé, só depois de 4 meses de muita enrolação, a chefia do Porto devolveu a lancha, durante todo esse tempo os trabalhadores tiveram que usar um barquinho que nos coloca em mais risco.”


– Esse é mais um exemplo de que só com muita pressão garantimos melhores condições de trabalho, não foram poucas as vezes que nós falamos desse problema da saída da lancha.



+ boletins