O Metalúrgico #672

Em assembleia realizada no dia 12 de maio, no Sindicato, os trabalhadores nas empresas metalúrgicas da região rejeitaram a proposta apresentada pelos sindicatos patronais (Simees, Sindifupi e Sindisider).

Os trabalhadores não ficaram nada satisfeitos com o que foi apresentado depois das diversas reuniões de negociação.

No dia seguinte à assembleia, ou seja, na sexta-feira, o Sindicato comunicou o resultado ao patronal e solicitou nova reunião de negociação.

Na próxima quinta-feira, dia 26, os trabalhadores têm mais uma vez um compromisso muito importante. Vamos conhecer o resultado das últimas negociações com os patrões após a assembleia do dia 12/05.

Sabemos muito bem que um reajuste salarial decente além de melhores condições de trabalho, entre outros direitos não caem do céu. Tudo isso é fruto de muita luta, ou seja, quem quer tem que correr atrás.

O que os patrões falaram sobre o reajustem, sobre aumento real, PLR você vai saber na próxima assembleia que será realizada na próxima quinta-feira, dia 26/05, às 19h, na subsede do Sindicato, em Santos, situada na Av. Ana Costa, 55 Vila Mathias.

Participe da assembleia porque depois não adianta reclamar.

No dia 25 de abril, uma menina ianomâmi morreu após ter sido estuprada por garimpeiros que invadiram uma comunidade indígena em Roraima(RR). A denúncia veio do Conselho Distrital de Saúde Indígena.

A comunidade indígena é alvo de constantes ataques de garimpeiros que querem usar da terra coletiva para expansão de seus negócios destruindo grande parte da Amazônia. Fazem isso passando por cima de vidas de crianças, jovens, indígenas que seguem em luta para mais do que preservar suas comunidades, lutam pela preservação do maior bioma do planeta.

Os indígenas da comunidade Aracaçá estão desaparecidos desde a denúncia sobre o estupro. Tudo na comunidade foi queimado e há relatos que uma criança de 3 anos foi jogada no rio e sua mãe também está desaparecida.

Esse é mais um ataque brutal contra indígenas que estão entre as maiores vítimas do governo genocida de Bolsonaro que defende que suas terras estejam a disposição do agronegócio.

Relatório divulgado pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário) mostra que a cada ano do governo Bolsonaro os ataques às comunidades indígenas aumentaram sendo que só ano de 2020 atingiram mais de 200 terras indígenas, mais de 100 povos originários em 19 estados.

Invasões, agressão, assassinatos, estupros cometidos pelos jagunços com a conivência do agronegócio que enxerga os indígenas como trava para o avanço de seus negócios aumentaram ainda mais a partir do governo Bolsonaro.

É preciso encontrar os indígenas ianomami que estão desaparecidos desde o dia 25 de abril e, além disso é preciso exigir punição contra todos os envolvidos em mais esse crime brutal.

A luta indígena vai muito além de defenderem seu direito legítimo a terra, são guardiões da floresta, dos recursos naturais tão violentados pela ganância do Capital. Mais do que solidariedade, é preciso fortalecer sua luta, uma luta em defesa da vida.

Recentemente foram feitas diversas alterações nas Normas Regulamentadoras NR. Uma das alterações, a da NR-17, vale comentar. Essa NR obrigava as empresas a realizar análise ergonômica do trabalho, avaliando risco de lesões osteomusculares e outras. Poderiam ajudar a prevenir as doenças.

Como as análises denunciariam as más condições de trabalho que provocam principalmente grande número de casos de LER/DORT(Lesões por Esforços Repetitivos) e doenças de coluna, na maior parte dos casos, não fazem. Não fazendo, subentende que perderam as ações na Justiça por não fazer.

Todavia, inventaram uma análise preliminar que permite utilizar instrumentos de avaliação (check lists) que vão dizer que os trabalho não são de risco. Agora nem vai ter uma avaliação adequada das condições ergonômicas do trabalho e o autor pode perder a maior parte das ações.

Vai vendo. Achamos que estava ruim? Porém, tudo pode piorar.

Nesses tempos de ataques ainda maiores dos patrões e dos governos à classe trabalhadora, ficou muito mais claro ver a importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para patrão e para governos e que organiza a luta nos locais de trabalho e nas ruas por melhores condições de trabalho, salários e direitos.

Por tudo isso é muito importante seguir ampliando a sindicalização, pois quanto mais sócios ao Sindicato mais força tem a nossa luta dentro da fábrica e para seguirmos melhorando a estrutura de atendimento, como de lazer da categoria.

Se você ainda não é sócio, vá até a sede ou subsedes do Sindicato.

Sede: Cubatão: R. Cidade de Pinhal, 91 - Pq. Ferenando Jorge. Tel.: 3361-1431

Subsede Santos: Av. Anna Costa, 55 - Vl. Mathias. Tel.: 3226-3575

Subsede Guarujá: R. Cap. Alberto Mendes Jr, 515 - Vicente de Carvalho. Tel.: 3386-3237