O Metalúrgico #677

Enquanto a direção da Usiminas foge de pagar o que deve aos trabalhadores, seus acionistas seguem comemorando os lucros que não param de crescer, fruto de muita exploração.

O programa de produção do LTQ2 neste mês é de 150 mil toneladas, no Porto o descarregamento de placas foi de 30 mil toneladas e até o fim do mês terá mais um.

Outros carregamentos trarão bobinas, além disso, aumentou o volume de placas vindas da Ternium através das ferrovias com chegada de plataformas dia sim dia não. Esses são alguns dos muitos exemplos que mostram que os trabalhadores continuam produzindo cada vez mais e que a produção continuará em alta.

O tal cenário desafiador que a direção da Usiminas fala, é como conseguir aumentar ainda mais a exploração contra os trabalhadores e contra isso é preciso lutar

O arrocho salarial e as péssimas condições de trabalho aumentam a cada dia, exemplo disso são os navios que chegam no Porto, não há segurança, condições ergonômicas e de higiene necessárias para os trabalhadores que têm que operar nas cabines dos guinchos de bordo nessa situação precária.

As fotos mostram essas péssimas condições de trabalho: porta sem maçaneta, ventilador lascado, cadeiras cheias de fita adesiva, chamaria do piso toda corroída.

É LUTANDO QUE VAMOS GARANTIR NOSSAS REIVINDICAÇÕES

Na semana passada a direção da usina cancelou a reunião para discutir a nossa pauta e hoje tem mais uma reunião, mas só esperar não adianta, é preciso avançar na mobilização.

Com a mesma firmeza que dissemos NÃO para proposta rebaixada da Usiminas é hora de mostrar que se a enrolação da direção da empresa continuar é hora de começarmos a parar a produção. Pois é no silêncio das máquinas que o patrão é obrigado a escutar as nossas reivindicações.

Na semana passada, a direção da usina através dos seus chefetes tentou transferir o companheiro Rodrigues que estará no próximo mandato da diretoria do Sindicato. A Usiminas queria tirar Rodrigues de suas funções no Porto para tentar esconder as péssimas condições de trabalho que impõe contra os trabalhadores.

Mas, o Sindicato foi pra cima e garantiu a permanência de Rodrigues no Porto que seguirá junto com seus companheiros de trabalho fazendo as denúncias sobre as péssimas condições de trabalho e exigindo respeito aos direitos, a saúde e vida dos trabalhadores.

No dia 08 de junho, a maioria dos ministros do STJ (Supremo Tribunal de Justiça), liberou os planos de saúde de realizar procedimentos que não constam na lista da ANS (Agência Nacional de Saúde). Isso significa mais um ataque brutal à saúde e vida dos trabalhadores e seus familiares.

São vários medicamentos, tratamentos e cirurgias, inclusive tratamentos para câncer que não estão na lista da ANS, pois a lista não foi devidamente atualizada, a decisão do Judiciário protege os planos de saúde privados que estão cada vez mais ricos, às custas de não garantir o devido acesso a tratamento aos trabalhadores que pagam mensalidades cada vez mais caras.

Com essa decisão do Judiciário, o acesso a procedimentos fora da lista será mais difícil, aumentaram as exigências para que o plano de saúde garanta tanto medicamentos como, procedimentos e cirurgias.

Aqui, o atendimento do plano da Usiminas com a Fundação São Francisco Xavier que já estava ruim, vai piorar e contra isso vamos fortalecer a luta do conjunto dos trabalhadores na usina e dos aposentados.

No dia 01/06, a maioria da Câmara dos Deputados aprovou o PL 4188/21 do governo Bolsonaro que libera os bancos a confiscar a casa dos trabalhadores.

O Projeto, de autoria do governo de Jair Bolsonaro (PL), através do Ministério da Economia comandado por Paulo Guedes permite, entre outros pontos, que bancos e demais instituições financeiras possam penhorar o único imóvel de uma família para quitar dívidas.

Esse projeto de lei é mais uma violência que atenta contra a vida da classe trabalhadora, num momento em que a grande maioria da população trabalhadora sofre com a carestia, com o arrocho salarial, em que mais de 40 milhões não têm como garantir seu sustento e de seus filhos.

O governo Bolsonaro mostra novamente com esse projeto sua busca desesperada em atender os interesses daqueles que se enriquecem na exata medida que joga milhões na miséria.

Os patrões com a ajuda do governo exterminam empregos, direitos, salários e também o teto do trabalhador. Esse é mais um exemplo que mostra que pôr fim a esse governo é uma necessidade para não perder mais direitos.

O Sindicato convoca todos os associados em dia com a mensalidade, à participarem da ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA de Prestação de Contas e Previsão Orçamentária. O intuito é apresentar o balanço do exercício de 2021/2022 de receitas auferidas pela entidade e despesas, além de investimentos em prol da categoria.

A assembleia que tem caráter deliberativo, acontece no dia 21/06 (terça-feira), com primeira chamada às 18h. e segunda chamada às 18h30, na subsede do Sindicato, em Santos (Av. Ana Costa, 55).

Participe do seu Sindicato.

“Zé, na Ormec os trabalhadores estão tendo que comprar a própria bota para poder trabalhar, porque a empresa diz que está em falta.”

- Olha o absurdo: a bota é um item básico do EPI que a Ormec não está garantindo, isso é mais um exemplo do desrespeito aos direitos e à saúde dos trabalhadores que só acabará com a nossa mobilização.

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“Zé, no restaurante do LTQ2 na semana passada foi servido ovo estragado na refeição.”

-É um absurdo atrás do outro e eu já disse que está na hora de começar a virar o bandejão contra tanta esculhambação.

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“Zé, depois das cobranças do Sindicato e de integrantes da CIPA algumas mudanças foram feitas no vestiário do Porto: aumentaram a largura da porta principal e abriram outra, trocaram alguns chuveiros e arrumaram parte do forro, mas ainda tem muito problema.”

- Continua com sérios problemas: falta de espaço, armários colocados no meio de corredores perto de painel energizados. E a discriminação continua, pois enquanto os trabalhadores que estão no trabalho pesado tem que se espremer num vestiário precário, a direção da usina nadou fazer um vestiário exclusivo para supervisores e técnicos.