O Metalúrgico #683

04 de agosto de 2022

Índice:

-USIMINAS COMEMORA MAIS AUMENTO DE SEUS LUCROS ÀS CUSTAS DE MAIS EXPLORAÇÃO CONTRA OS TRABALHADORES;
-É isso que produz o capitalismo: enquanto para suas mercadorias não há fronteiras, para os seres humanos que buscam melhores condições de vida e trabalho, as fronteiras e as armas matam;
-AMOI está dando calote nos adicionais e as condições de trabalho cada dia estão piores;
-ORMEC aumenta a exploração contra os trabalhadores demitindo e contratando depois com salários mais arrochados;
-No Porto as condições de trabalho estão cada vez piores;
-Terceirização e péssimas condições de trabalho provocam mais um acidente na usina;
-SER SÓCIO DO SINDICATO É UM DIREITO SEU;



USIMINAS COMEMORA MAIS AUMENTO DE SEUS LUCROS ÀS CUSTAS DE MAIS EXPLORAÇÃO CONTRA OS TRABALHADORES

A cada semana após a direção da Usiminas ter imposto mais arrocho salarial pagando de reajuste apenas as perdas medidas pelo INPC, as notícias continuam mostrando o aumento dos lucros e dos investimentos.


O lucro líquido da empresa no segundo trimestre de 2022 foi de R$ 1,93 bilhão, maior do que as expectativas da direção da empresa. Muito além do aumento do preço do aço e das vendas, dos benefícios fiscais, é na exigência de mais produtividade de cada trabalhador e no arrocho salarial que está a fonte dos lucros que não param de crescer.


A carestia segue detonando os salários: os alimentos não param de ter aumento, a ida ao mercado continua sendo um martírio para os trabalhadores, pois a cada dia é menos o que conseguimos comprar de alimento.


Arroz, feijão, óleo, leite, ovo tudo continua subindo muito e o que falar da carne? Já faz tempo que saiu do dia a dia do trabalhador.


Enquanto os patrões comemoram em sua mesa farta os lucros produzidos pelos trabalhadores, na mesa dos trabalhadores a cada mês falta algo para garantir o devido sustento.


A luta é todo dia: para combater o arrocho salarial e o desrespeito aos direitos, pois os patrões e seus capachos governos seguem buscando formas de atacar ainda mais os trabalhadores e contra isso não tem outro caminho que não seja a luta do conjunto da classe trabalhadora.



É isso que produz o capitalismo: enquanto para suas mercadorias não há fronteiras, para os seres humanos que buscam melhores condições de vida e trabalho, as fronteiras e as armas matam

No final do mês de junho no estado do Texas, nos EUA, 50 pessoas foram encontradas mortas dentro de um caminhão. O que provocou suas mortes é muito mais do que a onda de calor que atinge a cidade de San Antonio que faz fronteira com o México, o que as matou foi a política migratória dos EUA.


Enquanto para as mercadorias do Capital produzidas pelos trabalhadores em todo lugar do mundo as fronteiras dos países estão abertas, mas para as mulheres e homens trabalhadores e seus filhos que fogem da fome, das guerras e do narcotráfico as fronteiras se fecham.


O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ampliou a repressão contra imigrantes e no atual governo de Joe Biden a repressão continua, com milhares de prisões e deportações que atingem crianças e seus pais, a maioria vinda da América Central. São vítimas dessa política de morte em que as fronteiras somente são abertas para os imigrantes quando o Capital precisa de mais força de trabalho para ser explorada em piores condições do que as já tão precárias condições de trabalho impostas ao conjunto dos trabalhadores.


Só se indignar com a imagem de um caminhão carregado de corpos mortos não basta, só lamentar por ver crianças presas em jaulas separadas de seus pais também não. É preciso enxergar que isso são as consequências produzidas por um sistema que a cada bilionário novo, mais de um milhão de pessoas são jogadas na miséria. É preciso enxergar e lutar contra esse sistema de morte.



AMOI está dando calote nos adicionais e as condições de trabalho cada dia estão piores

Os trabalhadores na Amoi na área de elétrica não estão recebendo o adicional de periculosidade sobre as horas extras. Isso é calote dado pela direção da empresa e se não pagarem vão responder mais um processo judicial.


Outro problema é o vestiário, o Sindicato já fez várias denúncias, mas até agora nada da Amoi e da Usiminas se mexerem para acabar com a superlotação provocada pelas empresas.



ORMEC aumenta a exploração contra os trabalhadores demitindo e contratando depois com salários mais arrochados

A Ormec como as demais terceirizadas da Usiminas, segue à risca a receita da usina para atacar os direitos dos trabalhadores.


Já faz tempo que a empresa junto com a Usiminas manipula os picos de produção e assim demite os trabalhadores para na sequência contratar novamente.


Além de fazer isso para arrochar ainda mais os salários, os trabalhadores sofrem com a chantagem da empresa para serem contratados novamente.


A Ormec tem passado por cima de vários direitos trabalhistas e contra isso, além de cada trabalhador saber que é seu direito processar a empresa para pagar o que deve, é na mobilização que vamos impedir mais demissões, arrocho salarial e o desrespeito aos direitos.



No Porto as condições de trabalho estão cada vez piores

No Grande reparo do Porto no CN 1, os trabalhadores na Usiminas Mecânica estão expostos a ruído intenso de máquinas e à vários produtos químicos na pintura, hidrojateamento e no tratamento, mas não estão recebendo o devido adicional de insalubridade.


A direção da Usiminas sabe disso e ajuda a USIMEC que segue fugindo da verdadeira representação dos trabalhadores que é o Sindicato dos Metalúrgicos para passar por cima dos direitos que estão no Acordo Coletivo de Trabalho.


E também na área do Porto, o descaso com os trabalhadores na VIX continua: o vestiário que os trabalhadores na VIX tem para usar na área do Porto continua sendo o cubículo que provoca mais aglomeração e não há condições de higiene básicas.


Na VIX, a “liderança” diminuiu ainda mais o tempo que já era curto para o café da manhã e o DDS. Os trabalhadores são obrigados a sair correndo do vestiário para tomar o café numa sala minúscula da chefia sem as mínimas condições e ao mesmo tempo acontece o DDS onde se comenta mais sobre a produção e o mínimo sobre segurança. Tudo isso é feito para compensar o atraso dos navios em cima das costas dos trabalhadores que não tem nada a ver com isso. Esse é mais um exemplo do descaso da Usiminas e suas terceirizadas com a saúde e a segurança dos trabalhadores.



Terceirização e péssimas condições de trabalho provocam mais um acidente na usina

As péssimas condições trabalho impostas pela Sapore e pela Usiminas levaram a mais um acidente. Dessa vez a vítima foi uma companheira que trabalha no restaurante do LTQ 2.


Ela estava movimentando um carrinho de materiais de cozinha quando se desequilibrou e torceu o tornozelo na madrugada do dia 19 de julho.


Há muito tempo o Sindicato vem denunciando o quadro reduzido de trabalhadoras nos restaurantes e a sobrecarga de tarefas que levam ao cansaço e desgaste. Mesmo assim a Sapore não faz as devidas contratações e nem oferece condições seguras de trabalho, nem a Usiminas faz a devida cobrança.



SER SÓCIO DO SINDICATO É UM DIREITO SEU

Nesses tempos de ataques ainda maiores dos patrões e dos governos à classe trabalhadora ficou muito mais claro ver a importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para patrão e para governos e que organiza a luta nos locais de trabalho e nas ruas por melhores condições de trabalho, salários e direitos.


Se você ainda não é sócio, procure um diretor do Sindicato na área da usina e solicite uma ficha de adesão para sócios e entregue na portaria da usina durante as assembleias e panfletagens ou vá até o Sindicato. Sindicalize-se.

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