O Metalúrgico #681

08 de julho de 2022

Índice:

-Resultado da assembleia sobre a proposta da Usiminas de reajuste salarial mostra a revolta dos trabalhadores contra o arrocho imposto pela direção da usina;
-Carestia, inflação, ataque aos direitos, mais miséria e fome: essa é a realidade no Brasil desgovernado por Bolsonaro;
-Zé Protesto;



Resultado da assembleia sobre a proposta da Usiminas de reajuste salarial mostra a revolta dos trabalhadores contra o arrocho imposto pela direção da usina

A luta segue pelo fim do banco de horas e por melhore condições de trabalho


Na assembleia realizada essa semana para discutir a proposta apresentada pela direção da Usiminas em relação à Campanha Salarial, ficou mais do que claro que a revolta contra o arrocho salarial aumenta a cada dia.


A direção da usina fez de tudo para enfiar sua proposta goela abaixo, colocou a supervisão e outros chefetes lambe-botas para pressionar e ameaçar os trabalhadores e mentiu descaradamente.


Mas, mesmo com toda essa forma de intimidação, os trabalhadores se colocaram em movimento e a diferença de apenas 2 votos pela aprovação do acordo escancara que o arrocho salarial e a pressão por mais produção estão fazendo com que cada trabalhador comece a colocar a indignação em movimento.


Votaram pela aprovação da proposta apresentada pela Usiminas 441 trabalhadores e votaram pela rejeição 439 trabalhadores, ou seja, quem está trabalhando sob péssimas condições de trabalho e sente na vida o quanto o salário está arrochado, está se colocando em movimento.


A aprovação da proposta de jeito nenhum suspende a nossa mobilização, a Campanha Salarial é um momento importante da nossa luta, mas não é o único, então a hora agora é de colocarmos a indignação em movimento e fortalecer a próxima mobilização pelo fim do banco de horas e o devido pagamento das horas extras e como sempre lutar por melhores condições de trabalho.


A Usiminas tem até o 6º dia após a assinatura do Acordo para efetuar o reajuste tanto nos salários, como no Vale Alimentação, que é:


- Reajuste salarial de 12.47% (o que significa novamente pagar somente as perdas medidas pelo INPC) retroativo a maio que é o mês da data-base.


- Vale- Alimentação de R$ 350,00 (o que significa um aumento de apenas R$110,00) , que também deve ser retroativo a maio.


Pra nunca esquecer: nada do que temos é benefício dado pela empresa, tudo é direito conquistado na luta organizada junto com o Sindicato


Para quem está há mais tempo na usina é importante lembrar. Para quem faz pouco tempo que trabalha aqui é importante saber que todos os direitos que temos no Acordo Coletivo de Trabalho são fruto da nossa capacidade de organização e luta.


Exemplo recente disso é o próprio Vale-Alimentação que só entrou no Acordo Coletivo a partir de 2021 por causa da luta organizada pelo Sindicato.


Vamos seguir juntos e firmes com o Sindicato pois é na luta quer garantimos direitos, é só na luta que vamos impedir que eles acabem. E se você ainda não é sindicalizado, não deixe para depois, se associe, pois quanto mais sindicalizados dentro da área, mais forte é a nossa mobilização.



Carestia, inflação, ataque aos direitos, mais miséria e fome: essa é a realidade no Brasil desgovernado por Bolsonaro

Os preços dos alimentos aumentam a cada dia, tudo que faz parte das contas do dia a dia da classe trabalhadora não para de aumentar. O desemprego segue em alta, as novas contratações são com salários menores e menos direitos, a informalidade cresce, a fome e miséria aumentam.


Durante essa pandemia que ainda não acabou no Brasil e no mundo todo, o Capital se aproveita da tragédia para reorganizar seus negócios. Enquanto muitas empresas aumentaram seus lucros, como é o caso da Usiminas, para os trabalhadores a realidade é de mais arrocho salarial e carestia.


Bolsonaro desde que assumiu a presidência tem feito de tudo para acabar com os direitos dos trabalhadores e ser um fiel capacho dos interesses dos patrões


No primeiro ano de seu governo impôs uma reforma da Previdência que obriga os trabalhadores a trabalhar até morrer, aumentou o tempo de idade e contribuição, alterou também as regras da aposentadoria especial que faz com que os trabalhadores expostos a riscos para sua saúde tenham que trabalhar muito mais para tentar um dia se aposentar.


Antes de estar no governo, Bolsonaro já dizia que um dos seus principais objetivos era aprofundar a reforma trabalhista, o que significa mais ataques aos direitos dos trabalhadores. Sua proposta de uma nova forma de contratação através da tal Carteira verde amarela, libera os patrões a pagar menos que o salário-mínimo, não pagar a Previdência, diminuir o que o patrão é obrigado a pagar no FGTS e acaba com a multa de 40% do FGTS.


Ou seja, Bolsonaro quer destruir todos os direitos que a classe trabalhadora lutou muito para garantir, seu governo é um governo que não tem respeito pela vida e os exemplos são muitos: assim que tomou posse impôs a reforma da Previdência que obriga os trabalhadores a trabalhar até morrer, quer piorar anda mais a reforma trabalhista, seu governo ataca a Amazônia, os indígenas, destrói as florestas e protege o agronegócio, quer ampliar as privatizações e acabar com os serviços públicos e durante a pandemia que ainda segue fez de tudo para lançar os trabalhadores na mira da morte seja pelo vírus, seja pela fome.


Por tudo isso por fim a esse governo da morte é uma lute em defesa da vida da classe trabalhadora e de seus filhos.



Zé Protesto

“Zé, a empresa Geotech que atua dentro da Usiminas segue explorando os trabalhadores com salários rebaixados, não dá ajuda de custo para deslocamento para serviço externo, usa outras empresas para dar suporte de segurança do trabalho e tem a capacidade de dar um vale refeição de R$20,00 quando os mesmos tem que atender serviços externos. Tudo isso com a conivência da Usiminas.”

- Outra empresa que segue a risca a cartilha da Usiminas, atacando direitos e humilhando os trabalhadores.

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“Zé, no porto a ORMEC continua com o padrão Usiminas, ou seja, desrespeitando ainda mais os trabalhadores que precisam de óculos de proteção. Eles não tem acesso porque a empresa simplesmente disse que não vai liberar, devido a renovação de contrato e não tem verba. Mais de 20 trabalhadores sem poder usar o EPI.”

- Perguntar não ofende: em caso de acidente, quem vai assumir a responsabilidade, a ORMEC ou quem contratou a empresa?

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