O Metalúrgico #687

02 de setembro de 2022

Índice:

-Usiminas já começou novamente com o papo furado de que as coisas vão mal com seus lucros;
-No porto até agora nada de garantir condições seguras de trabalho para operação com a lancha;
-É preciso responder com mobilização contra o assédio e a perseguição;
-Contra o calote é preciso denunciar e lutar;
-Processo das Horas (Turno fixo);
-Ser sindicalizado é um direito seu e um passo muito importante para a luta em defesa dos seus direitos;
-DOAÇÃO DE SANGUE;
-Zé Protesto;



Usiminas já começou novamente com o papo furado de que as coisas vão mal com seus lucros

A verdade é que o que continua muito ruim é a situação da classe trabalhadora sofrendo com o arrocho salarial e a carestia


No final do mês de julho, a Usiminas anunciou seus resultados do segundo trimestre de 2022 mostrando um aumento de 23,7% no EBTIDA (que significa o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) em relação ao primeiro trimestre do ano.


O valor alcançado foi de R$1,9 bilhão no segundo semestre e de R$1,5 bilhão no primeiro, ou seja, os lucros seguem crescendo e o que quer a Usiminas é aumentar ainda mais a exploração contra os trabalhadores.


No início dessa semana o presidente da Usiminas esteve na usina de Cubatão reunindo as chefias com a mesma conversa fiada de sempre: reclamando do custo da matéria-prima e que em função disso a produção vai diminuir nos próximos meses e é possível férias coletivas, ou seja, é a direção da usina novamente tentando impor medo aos trabalhadores, e contra isso o caminho é a nossa mobilização.


É na luta que garantimos direitos, é na luta que vamos impedir que eles acabem


Os lucros comemorados pelos acionistas da Usiminas não brotam do chão, são fruto do árduo trabalho do conjunto dos trabalhadores sejam os efetivos na usina, sejam os que estão nas empresas terceirizadas.


Enquanto os patrões concentram cada vez mais esses lucros e ficam cada vez mais ricos, os trabalhadores seguem sofrendo com o arrocho salarial, com a carestia, pois os preços dos alimentos não param de crescer e ainda sofrem com a pressão das chefias que ameaçam com demissões.


E logo após a direção da usina impor como reajuste salarial só as perdas medidas pelo INPC, agora levamos mais um soco com o aumento do plano de saúde em mais de 20%. Se o reajuste salarial de pouco mais de 12% não dá conta de colocar comida no prato como se deve, imagina agora com mais essa facada do plano de saúde?


Contra a pressão das chefias e a chantagem da Usiminas o caminho é o fortalecimento da nossa luta, pois nada que temos é presente de patrão ou de governos, os direitos que temos são fruto da nossa luta, a luta da classe trabalhadora


É assim lutando que vamos garantir os empregos, os direitos, o devido aumento salarial e melhores condições de trabalho



No porto até agora nada de garantir condições seguras de trabalho para operação com a lancha

Já não é a primeira vez que o Sindicato denuncia a situação da lancha que opera no Porto.


Os trabalhadores são obrigados a exercer suas atividades expostos à chuva e sol intenso e para piorar, a direção da usina quer obrigar os trabalhadores a trabalhar nessa lancha que está com vários problemas para navegação.


Mais desrespeito contra os trabalhadores na USIMEC


Também no Porto os trabalhadores na USIMEC que trabalham no tratamento de superfícies, pintura e hidrojateamento continuam expostos a ruído intenso, as condições de trabalho seguem cada vez piores e a empresa continua a dar calote no devido pagamento do adicional de insalubridade.



É preciso responder com mobilização contra o assédio e a perseguição

Já fizemos essa denúncia e se a coisa não mudar, é preciso ir pra cima contra mais essa forma de assédio da Usiminas em colocar câmeras para tudo o que é lado, como está acontecendo na Laminação a frio.



Contra o calote é preciso denunciar e lutar

Recentemente na área do Porto as horas extras não foram pagas devidamente para alguns trabalhadores. Assim que o Sindicato soube disso exigiu o devido pagamento o que foi feito. Esse é mais um exemplo da importância de denunciar os problemas que enfrentamos no local de trabalho e juntos com o Sindicato ampliar a nossa luta em defesa dos direitos.



Processo das Horas (Turno fixo)

O Sindicato informa que o processo do turno fixo continua em andamento e não houve alteração. A Usiminas solicitou e a Justiça estabeleceu o prazo de 30 dias úteis para análise que têm início a partir da publicação que ainda não foi disponibilizada.



Ser sindicalizado é um direito seu e um passo muito importante para a luta em defesa dos seus direitos

Nesses tempos de ataques ainda maiores dos patrões e dos governos à classe trabalhadora, ficou muito mais claro ver a importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para patrão e para governos e que organiza a luta nos locais de trabalho e nas ruas por melhores condições de trabalho, salários e direitos.


Se você ainda não é sócio, procure um diretor do Sindicato na área da usina e solicite uma ficha de adesão para sócios e entregue na portaria da usina durante as assembleias e panfletagens ou vá até o Sindicato.



DOAÇÃO DE SANGUE

O senhor AGUINALDO PEREIRA necessita da doação de sangue de qualquer tipo. Quem puder ajudar, deve se dirigir ao Banco de Sangue de Santos, situado na rua Dr. Armando Salles de Oliveira, 138 - Boqueirão, em Santos.


O atendimento é de 2ª a 6ª feira das 7h às 17h. e aos Sábados das 7h às 15h.



Zé Protesto

“Zé, olha o absurdo: parece que agora a mistura da refeição no refeitório do LTF é pombo, é mole?”

- Enquanto os acionistas estão comendo do bom e do melhor, os trabalhadores que produzem os lucros são desrespeitados também na hora de se alimentar. Eu já falei, já passou da hora de virar o bandejão.


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“Zé, os trabalhadores na G4S são obrigados a usar um vestiário e um banheiro em péssimas condições e sem higiene.”

- É mais um desrespeito contra os trabalhadores nas empresas terceirizadas. E isso só vai mudar no fortalecimento da luta do conjunto dos trabalhadores os que são efetivos na usina e os que trabalham nas terceirizadas.

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“Zé, a Geotech Brasil pagou reajuste salarial de 13%, e só 8% no Vale Alimentação.”

– O reajuste de 13% já e pouco e mais ataque no prato do trabalhador com essa miséria de reajuste no V.A.. Isso só vai mudar na força da nossa mobilização.

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