O Metalúrgico #688

16 de setembro de 2022

Índice:

-Usiminas a cada dia aumenta a exploração contra os trabalhadores;
-Em todas as regiões do país, houve manifestação contra o governo genocida de Bolsonaro;
-Fruto da pressão do Sindicato, no porto evitamos um grave acidente;
-Na manutenção central acúmulo de atividades piora ainda mais as condições de trabalho;
-O vestiário da Usimec está cada vez pior;
-A planta de Cubatão da Usiminas está mais para um sucatão quando o assunto é condição de trabalho;
-Ser sindicalizado é um direito seu e um passo muito importante para a luta em defesa dos seus direitos;
-Zé Protesto;



Usiminas a cada dia aumenta a exploração contra os trabalhadores

É isso que significa a avaliação de desempenho e a meritocracia


Nas últimas semanas as chefias estão chamando os trabalhadores para informar as notas da tal “avaliação de desempenho”. Essa é mais uma forma da direção da empresa explorar ainda mais os trabalhadores. O que Usiminas quer com isso é impor uma competição entre os trabalhadores e pressionar ainda mais aqueles que têm salário menor ou abaixo da função.


Junto a isso os trabalhadores que têm mais tempo na empresa também continuam com os salários arrochados pois não têm reajuste nenhum.


Por isso, lutar contra mais essa forma de ataque da empresa é uma luta contra o arrocho salarial e a pressão da direção da empresa. A luta deve ser por aumento salarial pra valer para todos, plano de carreira e divulgação das faixas salariais de acordo com os cargos, que até hoje a Usiminas esconde.


Precisamos combater essa prática, pois todos trabalhamos juntos, todos têm o direito de receber o devido aumento salarial para além das perdas medidas pelo INPC, perdas que são muito maiores do que esse índice registra.


A produção é feita pelo conjunto dos trabalhadores, ninguém trabalha sozinho e a luta para garantir o devido aumento salarial tem que ser coletiva


Diga não para pressão das chefias na tal avaliação de desempenho e denuncie para o Sindicato qualquer tipo de ameaça e pressão. Participe da mobilização pois é só lutando que garantimos nossas reivindicações



Em todas as regiões do país, houve manifestação contra o governo genocida de Bolsonaro

As manifestações do Grito do Excluídos no 07 de setembro foram marcadas pela defesa dos direitos, contra a carestia, a miséria e a violência potencializadas por esse governo.


No dia 07 de setembro aconteceram manifestações em todas as regiões do país junto ao Grito dos Excluídos organizado pelas pastorais e movimentos sociais e também por Sindicatos e Centrais sindicais.


A principal pauta da mobilização é a luta em defesa da vida e dos direitos, contra os ataques do Capital que com o apoio do genocida governo de Bolsonaro tem ampliado o arrocho salarial, o desemprego, a carestia e assim espalhado miséria e a fome.


Enquanto Bolsonaro se utilizava da data do 07 de setembro para fazer descaradamente sua campanha e novamente atentar contra as liberdades democráticas, nós seguimos firmes na luta pelo fim desse governo da morte, pois essa é luta em defesa da vida.



Fruto da pressão do Sindicato, no porto evitamos um grave acidente

O Sindicato há semanas alertava sobre a necessidade de fazer uma grande manutenção num equipamento do Porto. A direção da usina através das chefias queria liberar o equipamento sem os devidos reparos e manutenção necessários, mas nós seguimos mostrando que não fazer a manutenção teria como consequência a possibilidade de ua grave acidente acontecer.


Provamos que a avaliação foi técnica e que seria um absurdo liberar o funcionamento de um equipamento nessas condições que poderia provocar uma catástrofe. Fruto da nossa pressão foi suspensa a liberação desse equipamento e também de outro nas mesmas condições.


Seguimos atentos e exigindo que a devida manutenção seja feita e o investimento na segurança e proteção à saúde dos trabalhadores.



Na manutenção central acúmulo de atividades piora ainda mais as condições de trabalho

Na manutenção central o serviço tem aumentado. A direção da empresa trouxe de volta trabalhos que estavam sendo feitos fora, mas até agora nada de contratar mais trabalhadores.


A consequência disso é prolongamento da jornada, acúmulo das atividades e na sequência mais adoecimento.


Para enfrentar isso é preciso exigir a contratação de mais trabalhadores, seguir combatendo a terceirização e exigir melhores condições de trabalho para o conjunto dos trabalhadores, para os efetivos na usina e para quem está nas empresas terceirizadas.



O vestiário da Usimec está cada vez pior

Os trabalhadores na Usimec continuam obrigados a usar um vestiário sem as mínimas condições de higiene e espaço.


Além disso, os chefetes pressionam os trabalhadores por mais rapidez no vestiário, olha o absurdo: o vestiário não tem as mínimas condições de uso e os chefes lambe-botas da Usimec ainda botam mais pressão contra os trabalhadores.



A planta de Cubatão da Usiminas está mais para um sucatão quando o assunto é condição de trabalho

São estruturas caindo, telhas e tubulações que daqui a pouco vão cair por conta do descaso da direção da usina com a vida dos trabalhadores. Exemplo disso está na torre da chaminé do conversor 07 na Aciaria 02 que precisa urgentemente de uma manutenção. Depois de 7 anos que as atividades da Aciaria foram suspensas nada foi feito para manter a estrutura da chaminé em pé.



Ser sindicalizado é um direito seu e um passo muito importante para a luta em defesa dos seus direitos

Nesses tempos de ataques ainda maiores dos patrões e dos governos à classe trabalhadora, ficou muito mais claro ver a importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para patrão e para governos e que organiza a luta nos locais de trabalho e nas ruas por melhores condições de trabalho, salários e direitos.


Se você ainda não é sócio, procure um diretor do Sindicato na área da usina e solicite uma ficha de adesão para sócios e entregue na portaria da usina durante as assembleias e panfletagens ou vá até o Sindicato.



Zé Protesto

“Zé, as filas no restaurante do LTF continuam gigantes, com isso mal dá tempo da gente se alimentar.”

- O Sindicato já fez várias denúncias e até agora nada da direção da usina se mexer, eu já disse e vou repetir: é só com a nossa mobilização que vamos mudar essa situação.

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