A Usiminas, para tentar fugir da decisão judicial, entrou com recurso, mas o Sindicato segue firme para garantir o direito do trabalhador
Logo no início da pandemia em 2020, a Usiminas queria reduzir salários dos trabalhadores e demitir em massa. Em maio de 2020, momento em que os trabalhadores sofriam as primeiras consequências da COVID 19 e da negligência do governo que disse que a doença não era grave e combateu a vacina, a direção da usina se aproveitou da tragédia para demitir.
Foi a ação do Sindicato que impediu a continuidade das demissões e o Judiciário a partir das provas que apresentamos também determinou a reintegração de quem foi demitido.
Na ação judicial realizada pelo Sindicato em maio de 2020, o Judiciário em Cubatão determinou que se parasse com as demissões e que os trabalhadores demitidos fossem reintegrados. A direção da usina entrou com recurso no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo e perdeu.
O TRT manteve a decisão do Judiciário em Cubatão que determinou a reintegração dos trabalhadores e agora a Usiminas busca mais um recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF).
O Sindicato está atento ao processo para garantir que a decisão seja respeitada e estamos chamando os trabalhadores que foram demitidos para encaminharmos ações individuais exigindo o cumprimento da decisão.
Se você conhece alguém que foi demitido naquele período diga para entrar em contato imediatamente com o Sindicato
É a nossa mobilização que fortalece ações judiciais como essa contra as demissões, é nossa luta que garante direitos no Acordo Coletivo de Trabalho como o retorno de férias, o adicional noturno de 50%, o vale-alimentação, entre outros.
Esses são exemplos da importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para os ataques dos patrões e de qualquer governo, são exemplos que mostram que é na força da luta da classe trabalhadora que garantimos a manutenção e ampliação dos direitos.
E ser sindicalizado é um passo importante para fortalecer essa luta. Então quem ainda não é sindicalizado não deixe para depois. Ser sindicalizado é um direito de todo/a trabalhador/a e é mais um passo na defesa dos direitos e por melhores condições de vida e trabalho.
Sabe o que isso significa? Mais uma vez a direção da usina tentar enganar os trabalhadores, obrigando-os a trabalhar ainda mais impondo metas cada vez mais absurdas.
O resultado disso vai ser mais lucros para os patrões e para as reformas além de mais arrocho salarial e adoecimento para os trabalhadores.
Além da direção da empresa manipular os dados referentes às metas da PLR, nos últimos tempos ela não tem divulgado isso. Ou seja, é mais uma estratégia para dar calote no que deveria pagar aos trabalhadores.
A Usiminas, priorizando sempre sua produção e seus lucros, está mandando vários trabalhadores que têm férias vencidas saírem de férias de uma hora para outra.
A chefia tem chamado os trabalhadores e falado "você tem que sair de férias agora" e na semana seguinte ou depois de 15 dias o trabalhador já está saindo.
A empresa está desrespeitando o aviso com antecedência mínima de 30 dias.
No dia 30 de outubro acontece o segundo turno das eleições. Se engana quem acha que votar 13 é apoiar Lula e o PT, votar 13 é preciso para derrotar o atual governo que ataca os direitos dos trabalhadores e os exemplos são muitos veja:
- Bolsonaro fez uma reforma da Previdência que obriga os trabalhadores que estavam perto de se aposentar a trabalhar por mais uma década e muitos vão trabalhar até morrer.
- Bolsonaro já no início da pandemia fez várias medidas que liberaram os patrões para suspender contratos de trabalho, reduzir salários, enfiar goela abaixo o banco de horas e continuar a demitir.
- Ele foi contra a vacina. Atrasou a vacinação em todo país e riu da dor de milhões que sofriam com a morte de mais 680 mil pessoas vítimas da COVID 19 e do descaso do governo.
- O governo alterou as Normas de proteção à saúde do trabalhador. O resultado disso foi o aumento das doenças e acidentes provocados pelo trabalho. Os patrões estão cada vez mais livres das multas e punições por atacar a saúde dos trabalhadores.
- O governo Bolsonaro cortou verbas da Educação. O resultado disso é que nas cidades mais pobres do país muitas crianças que não têm comida em casa, quando chegam na escola só tem bolacha para comer.
- O governo cortou verbas da Saúde que atingiram quem faz tratamento de combate ao câncer e até as verbas da Farmácia Popular foram reduzidas.
- Bolsonaro sempre foi contra o pagamento do auxílio emergencial para quem hoje está desempregado e passando por necessidade. Só voltou a pagar o auxílio que vai acabar em dezembro porque quer se aproveitar do sofrimento de milhões para tentar ganhar votos.
São mais de 40 milhões de desempregados, a carestia aumenta: arroz, feijão, leite, óleo, tudo está mais caro. No prato do trabalhador e de sua família falta comida enquanto os patrões aumentam seus lucros.
É o fim dos direitos trabalhistas
- Bolsonaro quer uma nova forma de contratação, a tal Carteira verde amarela em que os patrões vão poder pagar menos que o salário-mínimo.
- Vai reduzir a multa do FGTS paga ao trabalhador de 40 para 20% e reduzirá também o recolhimento do FGTS de 8 para 2%.
- Vai liberar de vez o trabalho aos domingos. Acaba de vez o dia de descanso do trabalhador.
- Os patrões não precisarão mais pagar a contribuição à Previdência. O trabalhador vai ter que se virar para contribuir com a Previdência, ou seja se conseguir emprego é trabalhar sem a garantia de se aposentar.
- Bolsonaro votou a favor da reforma trabalhista em 2017 e quer ampliar ainda mais os ataques contra os trabalhadores. Será o fim dos direitos que estão na CLT e nas Convenções Coletivas de Trabalho.
DIGA NÃO PARA AS MENTIRAS, DIGA NÃO PARA O FIM DO SEUS DIREITOS
Esse governo que diz respeitar a família e a religião na verdade usa da fé das pessoas para tentar enganar e passar por cima dos direitos da classe trabalhadora e de suas famílias.
Preste muita atenção para não se arrepender: o que está em jogo são os seus direitos e de sua família.
É preciso derrotar Bolsonaro e ampliar a luta por direitos, salários e melhores condições de vida e trabalho.
14 de outubro de 2022