O Metalúrgico #685

12 de agosto de 2022

Índice:

-GOVERNO BOLSONARO LANÇA MAIS UM PACOTE CONTRA OS TRABALHADORES APROVADO PELA MAIORIA DOS DEPUTADOS;
-Em defesa da vida e dos direitos: derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas;
-Usiminas manipula a produção para tocar terror contra os trabalhadores;
-GPS está obrigando os trabalhadores a fazer treinamento fora da jornada de trabalho;
-G4S não respeita a jornada de trabalho e arrocha ainda mais os salários dos trabalhadores;
-Geotech está passando por cima de direitos dos trabalhadores;
-SER SÓCIO DO SINDICATO É UM DIREITO SEU;
-Zé Protesto;



GOVERNO BOLSONARO LANÇA MAIS UM PACOTE CONTRA OS TRABALHADORES APROVADO PELA MAIORIA DOS DEPUTADOS

Na semana passada, o governo Bolsonaro lançou mais um pacote de maldades contra a classe trabalhadora que foi aprovado pela maioria dos deputados.


A Medidas Provisórias 1108 e 1109 mantêm e ampliam os ataques aos direitos que vêm desde o início da pandemia, ou seja, novamente o governo Bolsonaro lança um pacote em que os patrões se aproveitam da tragédia para piorar ainda mais a Reforma Trabalhista de 2017.


A proposta aprovada pela maioria dos deputados que estão à serviço dos patrões, permite que as empresas suspendam contratos de trabalho, reduzam a jornada de trabalho com redução salarial, usem banco de horas, antecipem feriados, férias individuais e coletivas.


As empresas ficam livres de fazer o depósito do FGTS durante o período de calamidade pública e a Medida também libera os patrões a impor o teletrabalho, o que significa deixar os trabalhadores reféns da empresa a qualquer hora do dia e da noite, desprotegidos em relação a sua saúde e tendo que arcar com os custos dos equipamentos necessários ao trabalho.


As Medidas Provisórias mantêm outro ataque contra a organização dos trabalhadores, pois não obriga a realização de negociação e Acordo Coletivo com os Sindicatos, liberando os patrões a impor acordo individual, que não é acordo é pressão contra o trabalhador para aceitar a redução de salário, banco de horas e mais ataques aos direitos.


Vários trechos da Medidas Provisória definem que as empresas poderão ao seu critério se utilizar da suspensão de contratos de trabalho, redução salarial, banco de horas, ou seja, o que já é um ataque aos trabalhadores durante a pandemia, pode ser estendido para além dela. Pois a proposta do governo não define claramente o que se enquadra em estado de calamidade pública e de urgência.


O governo fez isso de propósito porque tenta a todo custo piorar ainda mais a reforma trabalhista de 2017.



Em defesa da vida e dos direitos: derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas

Todos os dias de seu governo, Bolsonaro mostrou que seu objetivo é destruir direitos trabalhistas e sociais, acabar com as Organizações de luta da classe trabalhadora, destruir os serviços públicos tudo para agradar os interesses patronais.


Esse governo que desdenhou da vida de centenas de milhares de seres humanos mortos nessa pandemia, que tirou a comida do prato de milhões que sofrem com o desemprego e a miséria, que tenta passar por cima de direitos garantidos através de muita luta precisa ser derrotado e quem tem a força para fazer isso é a classe trabalhadora.


Por isso, além de derrotar esse governo e seus parlamentares nas urnas, é preciso fortalecer a luta em cada local de trabalho e nas ruas pois é lutando que vamos proteger nossas vidas e direitos.



Usiminas manipula a produção para tocar terror contra os trabalhadores

Vamos fortalecer a luta em defesa dos direitos e empregos


A direção da usina reuniu as chefias a semana passada para instruir esses chefetes a começar a espalhar nas áreas a desculpa esfarrapada de sempre: de que as coisas não vão bem para a empresa, que a produção vai diminuir, que em algumas áreas por um período não haverá zero hora e anunciou a possiblidade de férias coletivas entre dezembro desse ano e janeiro de 2023.


Essa é mais uma ação da direção da empresa com o objetivo de colocar medo entre os trabalhadores sobre as demissões, mas a verdade é que os dados divulgados pela própria Usiminas mostram que seus lucros seguem crescendo.


AS PLACAS DE AÇO CONTINUAM CHEGANDO: nesse mês de agosto serão descarregados dois navios plaqueiros cada um com cerca de 30 mil toneladas e dia 15 de agosto começam chegar placas pela malha ferroviária. No mês de setembro também estão previstos mais dois navios com placas.


A ação judicial encaminhada pelo Sindicato que impede a Usiminas de demissões em massa se mantém, mas nossa principal resposta às tentativas de intimidação da direção da empresa deve ser o fortalecimento da nossa mobilização.


Pois é lutando que garantimos salários, direitos, empregos e melhores condições de trabalho



GPS está obrigando os trabalhadores a fazer treinamento fora da jornada de trabalho

A GPS, empresa que comprou a Ormec, digitalizou a parte de treinamentos e veja o absurdo: está obrigando os trabalhadores a fazer o treinamento usando sua própria internet e fora do horário da jornada de trabalho.



G4S não respeita a jornada de trabalho e arrocha ainda mais os salários dos trabalhadores

A direção da empresa amplia a jornada de trabalho ao passar por cima da escala 12x36, pois os trabalhadores têm que sair sempre após o horário da jornada. E o Vale Alimentação? É uma merreca de R$120,00.



Geotech está passando por cima de direitos dos trabalhadores

Os trabalhadores na Geotech estão sem reajuste salarial, a empresa paga salários abaixo do piso salarial e também não paga Vale Alimentação.



SER SÓCIO DO SINDICATO É UM DIREITO SEU

Nesses tempos de ataques ainda maiores dos patrões e dos governos à classe trabalhadora ficou muito mais claro ver a importância de ter um Sindicato que não abaixa a cabeça para patrão e para governos e que organiza a luta nos locais de trabalho e nas ruas por melhores condições de trabalho, salários e direitos.


Se você ainda não é sócio, procure um diretor do Sindicato na área da usina e solicite uma ficha de adesão para sócios e entregue na portaria da usina durante as assembleias e panfletagens ou vá até o Sindicato. Sindicalize-se.



Zé Protesto

“Zé, a falta de respeito da direção da Usiminas com os carreteiros que vem carregar carepa na pista B continua. A pá carregadeira da VIX que atende essa atividade não tem balança e por esse motivo sempre falta ou excede o material na caçamba da carreta e assim o motorista chega a ir e voltar 4 vezes na pesagem da portaria. Toda vez que o motorista tem fazer essa manobra, ele fica exposto aos riscos de prensamento e colisão.”

- A Usiminas e todas suas terceirizadas, como a Vix passam por cima de direitos, impõem condições de trabalho que colocam os trabalhadores em risco de mais acidente e adoecimento e nem os horários e condições para alimentação são respeitados. Contra tanto desrespeito não tem outro caminho que não seja a luta do conjunto dos trabalhadores efetivos na usina e nas empresas terceirizadas.

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