O Metalúrgico #682

26 de julho de 2022

Índice:

-Logo após impor mais arrocho salarial, imprensa divulga dados que mostram mais lucros para a Usiminas;
-Lutar para por fim à esse governo da morte;
-Assédio e ameaça são crimes: os chefetes a serviço da Usiminas não irão nos calar;
-Metalúrgicos, 89 anos de muita luta;
-LUTO;
-Zé Protesto;



Logo após impor mais arrocho salarial, imprensa divulga dados que mostram mais lucros para a Usiminas

Logo após a direção da Usiminas impor mais arrocho salarial pagando como reajuste salarial apenas as perdas medidas pelo INPC e pagando uma merreca de aumento no Vale Alimentação, os dados divulgados pela imprensa mostram que ações da usina na Bolsa de Valores podem subir até 80%.


Esse é mais um exemplo do que sempre denunciamos: a Usiminas aumenta seus lucros arrochando os salários, impondo um ritmo alucinante de produção e piorando as condições de trabalho.


A nossa luta é todo dia: para além das Campanhas Salariais, a nossa luta para combater o arrocho, a carestia que só aumenta é todos os dias. E aqui na usina uma das mobilizações que temos que fortalecer é a luta pelo fim do banco de horas, pois a direção da usina usa do banco de horas para aumentar a jornada e não pagar as devidas horas extras.


É na luta que garantimos direitos, é na luta que vamos impedir que eles acabem, por isso fique sempre atento aos Jornais do Sindicato, participe das assembleias e de todas as mobilizações organizadas pelo Sindicato



Lutar para por fim à esse governo da morte

No dia 10 de julho o militante do PT Marcelo Arruda é assassinado por um agente penitenciário apoiador de Bolsonaro, Jorge Garanho. O assassino desde o momento em que invadiu a festa de aniversário de Marcelo até a hora em que o matou gritava palavras contra a esquerda e em defesa de Bolsonaro.


Na semana seguinte, Bolsonaro no desespero de quem sabe que vai perder a eleição chama embaixadores de alguns países para uma reunião em Brasília para atacar o sistema eleitoral do Brasil, o mesmo sistema de votação eletrônica utilizado por ele, sistema no qual ele e sua corja no Congresso Nacional se elegeram.


Crimes e motivos para o “impeachment” de Bolsonaro não faltam desde o início de seu mandato, mas seus cúmplices no Congresso Nacional começando pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com a conivência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e toda a corja que lá está defendendo os interesses patronais e o retrocesso das políticas públicas em defesa das mulheres, indígenas, negros, LGBT‘S engavetaram todos os processos.


O Judiciário, através do Supremo Tribunal Federal (STF), fala contra os absurdos que Bolsonaro diz, mas até agora nenhuma ação de combate aos diversos crimes cometidos pelo atual presidente e seu governo saudoso e defensor da ditadura militar financiada pela burguesia.


Além de derrotar Bolsonaro também nas urnas já no primeiro turno, é necessário que as Organizações de Luta que não recuaram ao enfrentamento contra esse governo da morte, organizem a devida mobilização contra todas as ações do governo que atentem contra as liberdades democráticas que com muita luta garantimos.


A Intersindical-Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora segue firme no empenho dessas ações que são fundamentais para avançarmos na luta por melhores condições de vida e trabalho. Por fim ao governo Bolsonaro, é uma luta em defesa da vida.



Assédio e ameaça são crimes: os chefetes a serviço da Usiminas não irão nos calar

Todas as denúncias que o Sindicato coloca em seu Jornal são devidamente apuradas, mas alguns chefetes que estão a serviço da Usiminas, para tentar fugir do assédio e da perseguição que fazem aos trabalhadores, começaram a ameaçar diretores do Sindicato.


Essa turma lambe-botas da usina é tão covarde, que manda indiretas chegando a ameaçar de agressão diretores do Sindicato, como o que tem acontecido no Porto, mas isso não irá nos calar. Mais do que continuar com as denúncias, seguimos firmes na luta exigindo respeito aos trabalhadores.



Metalúrgicos, 89 anos de muita luta

O Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista foi fundado no dia 23 de julho de 1933, por um grupo de trabalhadores liderados por Aristides Farinazzo. A categoria metalúrgica constituía-se de pequenas oficinas de consertos de elevadores, de veículos e de algumas pequenas fundições.


Na década de 50 o Sindicato começa a ter lugar de destaque no movimento operário da região. As lutas dos trabalhadores tornam-se mais organizadas. As greves contam com uma maior preparação das categorias envolvidas, muitas vezes com a formação de comissões nas fábricas e realizações de assembleias massivas.


Em 2005 os companheiros que eram minoria na direção do Sindicato se organizam com vários companheiros na base e aposentados e formam a chapa de Oposição, com o objetivo de retomar o Sindicato para os trabalhadores. A luta da categoria intensifica o movimento de retomar o Sindicato e mais uma vez a Oposição vence as eleições aumentando ainda mais a diferença de votos em relação à chapa dos pelegos.


Temos nos dedicado a ampliar a organização de nossa luta dentro dos locais de trabalho nas empresas siderúrgicas e metalúrgicas demonstrando que temos avançado para consolidar nossa ação junto com os trabalhadores no enfrentamento contra os ataques dos patrões.


Nosso Sindicato desde 2006 é parte ativa da construção e ampliação da Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, uma organização que está presente em vários estados do país e reúne sindicatos, oposições e coletivos que tem como compromisso a independência em relação aos patrões e governos.


A história dos metalúrgicos de Santos e região é parte da história do conjunto de nossa classe que segue lutando. Lutamos para garantir e ampliar direitos, por aumento salarial, por emprego e melhores condições de trabalho, mas também lutamos por mais. Lutamos para acumular a força necessária capaz de destruir essa forma de sociedade onde os que detêm os meios de produção cada vez lucram mais na exata medida que exploram ainda nossa força de trabalho, lutamos por uma nova sociedade socialista.



LUTO

Nivaldo José Alves participou das lutas da classe trabalhadora desde a luta pelo fim da ditadura militar nas décadas de 1970 e 80 e teve participação ativa na construção de Chapas de Oposição nos Sindicatos que ainda estavam sob o controle dos pelegos à serviço dos patrões. Ele contribuiu em diversos Sindicatos no processo de organização e formação e também esteve por algum tempo na Alternativa Sindical Socialista e na Intersindical.


Nos últimos anos trabalhou na Baixada Santista no Sindicato dos Metalúrgicos e no Sindicato dos Bancários. Nivaldo tinha 62 anos e enfrentava uma grave doença, faleceu no dia 17 de julho. A ele nossa homenagem por sua contribuição na luta e nossa solidariedade a sua companheira, filha e a todos que fizeram parte de sua vida.



Zé Protesto

“Zé, a mixaria da mistura continua na hora da refeição, dessa vez foi no restaurante central.”


- O desrespeito da Usiminas e suas terceirizadas está em tudo, até na hora da refeição. Eu já falei que isso só vai mudar na hora em que a indignação fazer o bandejão virar. E tem mais: é preciso lutar para garantir contratações, pois os trabalhadores da refeição estão sobrecarregados e as condições de trabalho são cada vez piores, falta até equipamento para cortar legumes, o que aumenta os ricos de mais acidentes de trabalho.

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“Zé, os telhados de várias áreas da usina estão caindo aos pedaços, quando acontecem vendavais e temporais esses telhados voam para tudo quanto é lado colocando os trabalhadores em risco.”

- A direção da Usiminas deixou várias áreas da usina em Cubatão virarem um sucatão e assim coloca a segurança e vida dos trabalhadores em risco.


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