O Metalúrgico #699

24 de janeiro de 2023




Índice:

-Neste ano vamos para mais um importante passo em nossa organização com alterações no Estatuto do Sindicato;
-Na direção colegiada, as decisões e o trabalho são coletivos e dessa forma a organização avança;
-Não há o que esperar: a revogação das Reformas Trabalhista e da Previdência só virá com a mobilização da classe trabalhadora;



Neste ano vamos para mais um importante passo em nossa organização com alterações no Estatuto do Sindicato

Desde 2005 os metalúrgicos da Baixada Santista os que trabalham na Usiminas, nas demais metalúrgicas e os aposentados retomaram um importante movimento que garantiu que o Sindicato voltasse para as mãos dos trabalhadores.


Desde então direitos que foram retirados pelos patrões com o apoio dos pelegos foram retomados, a luta voltou a ser prioridade no Sindicato com independência em relação aos patrões e os governos e juntos com a Intersindical estamos na luta do conjunto da classe trabalhadora.


Chegou o momento de colocar também no Estatuto a nossa prática de ação coletiva na direção do Sindicato


Por muitos anos o Sindicato foi dirigido por uma turma que achava que quem mandava era o presidente e ponto final, ou seja, não chamavam assembleias pra valer para que a categoria decidisse os rumos do Sindicato e quem estava na diretoria ou abaixava a cabeça para o presidente ou era colocado de lado.


Mas, desde que a Chapa da Intersindical junto com os metalúrgicos da Baixada Santista derrotou as chapas pelegas dos patrões mudamos a forma de conduzir o Sindicato e chegou o momento de colocarmos isso também no Estatuto.


Veja as principais alterações no Estatuto que vamos propor em assembleia:


- Deixa de ser um Estatuto presidencialista e a diretoria será colegiada, veja como funciona: a diretoria incluindo o Conselho Fiscal seguirá sendo formada por 32 metalúrgicos/as de acordo com as regras do Estatuto de tempo de sindicalização e registro profissional na categoria, mas a forma de organização interna muda.


Não terá mais o cargo de presidente, vice-presidente, secretário geral, tesoureiro, mas sim será uma Direção Colegiada que entre os seus membros definirá uma coordenação que tem como responsabilidade representar legalmente o Sindicato nas ações políticas, administrativas, financeiras e judiciais. E o conjunto da diretoria tem cada um e de forma coletiva o compromisso em todas as ações de organização e luta junto à categoria e de organização interna no Sindicato para melhor atender o trabalhador.


A importância dessa alteração é que cada diretor e diretora eleitos pela categoria avançam em sua tarefa não só de representar de fato a categoria, mas de ser parte de todas as ações que são de responsabilidade de quem está na direção do Sindicato.


Na forma de organização do Sindicato em diretoria colegiada as tarefas são divididas e tudo que é decidido para avançar na mobilização da categoria e para melhorar o funcionamento do Sindicato é decidido de forma coletiva, não tem essa que um fala e outro diz amém.


Como já dissemos, na prática já faz um bom tempo que estamos organizando a diretoria de forma colegiada e agora chegou o momento de dar mais um passo colocando essa forma de organização também no Estatuto.


- Outras alterações também serão propostas de mudança de texto em alguns Artigos que estão lá desde a época dos pelegos e não tem relação nenhuma com o que já decidiu a muito tempo os trabalhadores quando elegeram a Chapa da Intersindical.


- Para melhorar também o funcionamento do GREMETAL, a proposta é que a responsabilidade de organizar as atividades seja da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do Sindicato formada por diretores escolhidos pelo conjunto da diretoria que terão a tarefa de executar as propostas decididas nas reuniões da diretoria colegiada.


A assembleia que decidirá sobre as alterações que estamos propondo para o Estatuto acontecem nesse ano de 2023, nela participam com direito a voto os metalúrgicos sindicalizados na Usiminas, nas metalúrgicas e os aposentados.


A data da assembleia será divulgada com antecedência e mais um Jornal do Sindicato com as propostas de alteração dos artigos do Estatuto que tratam sobre todos os assuntos que falamos aqui será distribuído para os metalúrgicos sindicalizados.


PARTICIPE TAMBÉM DESSE IMPORTANTE MOMENTO PARA AMPLIAR A NOSSA ORGANIZAÇÃO E LUTA



Na direção colegiada, as decisões e o trabalho são coletivos e dessa forma a organização avança

Na forma de organização do Sindicato numa diretoria colegiada, as decisões não ficam centralizadas numa pessoa e o mais importante o trabalho avança pois todos os diretores têm tarefas definidas para contribuir na melhoria do funcionamento do Sindicato e principalmente na luta da categoria.


Quando os trabalhadores votam numa CHAPA eles elegem não as pessoas individualmente, mas sim um programa que aquele coletivo representa, portanto, cada diretor e todos têm a obrigação de cumprir com o que a categoria decidiu.


Com a Intersindical os trabalhadores enxergam o avanço da organização do Sindicato em todas as mobilizações na Usiminas, nas metalúrgicas e junto aos aposentados.


Hoje o companheiro Sérgio, o Cascatinha, está na presidência do Sindicato e com o conjunto da categoria tem feito o colegiado funcionar na prática do dia a dia, ele que é um dos nossos companheiros que há muito tempo está na linha de frente de importantes lutas da categoria está empenhado com o conjunto da diretoria em mais avanços de organização do Sindicato.



Não há o que esperar: a revogação das Reformas Trabalhista e da Previdência só virá com a mobilização da classe trabalhadora

Fomos à Brasília na reunião das centrais sindicais com Lula para dizer que não se avança em melhores condições de vida e trabalho e respeito às liberdades democráticas se não houver a devolução dos direitos arrancados.


No dia 18 de janeiro, a Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora foi até Brasília participar da reunião das centrais sindicais com o presidente Lula/PT , nossa decisão de participar dessa atividade foi novamente registrar que é preciso devolver à classe trabalhadora direitos retirados principalmente pelos governos de Temer/MDB e Bolsonaro/PL, através das reformas trabalhista de 2017 e da Previdência em 2019.


Estivemos presentes nessa atividade com companheiros dos Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas e região/, Limeira e região e da Baixada Santista, também do Sindicato dos Têxteis de Blumenau/SC, Radialistas de SP, Trabalhadores nos Correios e Detran.MT, Trabalhadores no Saneamento do DF entres outros que representaram o conjunto da Intersindical para registrarmos que diferente da maioria das centrais sindicais que só querem saber da volta do financiamento sindical, nós estamos empenhados para recuperar os direitos que foram duramente atacados com essas reformas.


Registramos que num país em que houve um genocídio aos indígenas e que não houve punição, que escravizou negros e não houve punição, que impôs uma ditadura financiada pelo Capital que torturou e matou e até hoje os responsáveis pelos crimes não foram punidos produz o que vimos no dia 08 de janeiro em Brasília, uma alienação que faz com que pessoas sejam manobradas por aqueles que querem a volta de um dos períodos mais sombrios que vivemos no Brasil.


Por isso é preciso punição a quem praticou os atos golpistas, mas principalmente é preciso punir quem financiou e planejou entre eles, o ex-presidente, o genocida Bolsonaro. Entre os financiaram e planejaram os atos golpistas estão aqueles que lucraram muito com a reformas que atacam os trabalhadores.


Registramos que não se avança em liberdades democráticas se não avança os direitos para o conjunto da classe trabalhadora: tanto a reforma trabalhista como a da Previdência pioraram a vida dos trabalhadores, salários foram arrochados, direitos foram eliminados, o desemprego aumentou e se aposentar ficou praticamente impossível para centenas de milhares.


Com o fim da ultratividade, que era a garantia dos direitos nas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho mesmo que não houvesse renovação de Acordo na próxima data-base, fez com que os patrões aumentassem ainda mais seus lucros atacando direitos fundamentais.


Por tudo isso é preciso retomar esses direitos tão importantes para o conjunto da classe trabalhadora. essa mobilização está entre a prioridade da Intersindical, diferente das outras centrais sindicais que em sua maioria já antes da reforma trabalhista aceitaram acordos com a redução de salários e direitos.


Não temos nenhuma ilusão de que o governo Lula vai enfrentar os patrões e a maioria dos deputados e senadores que apoiaram essas reformas, é só na base da pressão e de muita luta em cada local de trabalho e nas ruas que garantiremos as nossas reivindicações.


VAMOS FORTALECER A LUTA CONTRA OS ATAQUES DOS PATRÕES E DE QUALQUER GOVERNO POR NENHUM DIREITO À MENOS E PARA AVANÇAR NAS CONQUISTAS

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