A luta continua em defesa dos direitos e por melhores condições de trabalho

20/07/17

A Campanha Salarial se encerrou na semana passada, mas a nossa mobilização continua contra os ataques da Usiminas.

Na assembleia realizada pelo Sindicato na semana passada, foi aprovada a proposta apresentada pela Usiminas de reajuste salarial e a renovação das cláusulas sociais no Acordo Coletivo de Trabalho por dois anos.

Sabemos que a aprovação da proposta de reajuste salarial não significa que os trabalhadores estão satisfeitos, pois são dois anos seguidos que a Usiminas abocanhou parte dos salários, aumentou o arrocho, o que provocou perdas de mais de 20%.

Veja a proposta aprovada:

- 4% de reajuste retroativo a maio, mês da data-base.

- 0,5% em setembro sem retroativo a data-base.

- R$ 1.500,00 de abono que não é incorporado aos salários.


A nossa luta continua

A Usiminas demitiu milhares no ano passado, deu calote nos salários e na PLR e assim ampliou ainda mais seus lucros. Nunca é demais lembrar que no primeiro trimestre desse ano o lucro líquido foi de mais R$ 100 milhões, reativou o Alto Forno e Ipatinga e duas mineradoras também em Minas Gerais. E aqui em Cubatão fechou acordo com a CSA para a remessa de mais de 840 mil toneladas de placas. Ou seja, os acionistas festejam e os trabalhadores sofrem com o arrocho nos salários e com as péssimas condições de trabalho.

A Campanha Salarial é um momento da nossa luta que continua em todas as áreas exigindo o respeito aos direitos e melhores condições de trabalho.

E para recuperar as perdas salariais que vão aumentar ainda mais até a próxima data-base, é preciso participar das mobilizações organizadas pelo Sindicato. Então fique atento aos Jornais do Sindicato e participe das atividades, pois só unidos e na luta que vamos garantir avançar em nossas reivindicações.


Não é reforma, não é combate ao desemprego. É o massacre dos direitos da classe trabalhadora

O governo Temer/PMDB e a maioria dos deputados e senadores estão a serviço dos patrões para aumentar a exploração e a miséria contra a classe trabalhadora.

A maioria do Senado federal votou na semana passada o texto enviado pelo governo Temer/PMDB que tem por objetivo exterminar os direitos da classe trabalhadora, permitindo aos patrões aumentar a jornada de trabalho, reduzir salários e acabar com direitos garantidos através de muita luta.

A corja que está afundada na lama da corrupção tanto no governo, como no Congresso Nacional está a serviço dos patrões que por muito tempo tentam acabar com direitos dos trabalhadores.


Se é bom para o patrão, é claro que é ruim para o trabalhador

Os representantes dos patrões das indústrias de sapatos de Franca festejaram a votação pelo Senado do que eles chamam de reforma trabalhista, quando na verdade é o massacre aos direitos dos trabalhadores:

- O governo Temer/PMDB, a maioria dos deputados e senadores e os maiores meios de comunicação dos patrões, como a Rede Globo fazem uma propaganda mentirosa ao dizer que a “livre negociação’ garantirá direitos aos que hoje estão na informalidade e criará mais empregos. A verdade é outra.

-O que os patrões querem é acabar com qualquer restrição que os impeça de aumentar a jornada de trabalho e diminuir os salários e direitos dos trabalhadores. Esses acordos já são feitos em várias regiões em que os sindicatos que estão nas mãos dos pelegos aceitam reduzir salários e direitos.


Patrões e governo querem todos os direitos dos trabalhadores

- Impor que trabalhadoras grávidas trabalhem em lugares insalubres.

- Impor a jornada intermitente o que significa jornadas diárias de até 12 horas, estar à disposição da empresa a qualquer dia e não ter salário fixo.

- Acabar com as homologações dentro dos Sindicatos, o que significa liberar os patrões para dar calote também nas rescisões trabalhistas.

- Liberar o parcelamento das férias, para na sequencia avançar também contra outros direitos como o 13º salário e outros.

- Piorar as condições de trabalho, o que vai aumentar os acidentes, doenças e mortes.

- Acabar com as ações judiciais em que os trabalhadores exigem direitos desrespeitados pelos patrões.


A luta não acabou

Para além das ações judiciais que vão se esparramar em todas as regiões do país contra a implementação do massacre que foi votado pelo Senado federal, o fundamental é a ampliação da nossa luta.

A história dos trabalhadores é a história de nossas lutas, os direitos que querem nos arrancar não foram concessões, foram garantidos através do enfrentamento contra o Capital e seus governos. É na mobilização, colocando a revolta em movimento, construindo a greve geral que vamos conseguir derrotar mais esse ataque dos patrões e do governo.

NENHUM DIREITO À MENOS SE GARANTE NA LUTA DO CONJUNTO DA CLASSE TRABALHADORA

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