Lucro líquido acumulado de R$ 644 milhões. R$ 360 milhões de lucro, só no terceiro trimestre

01/11/17

De onde vem tudo isso? Do trabalho de quem está exposto à riscos cada vez maiores à saúde e recebendo um salário cada vez mais arrochado.

No boletim anterior do Sindicato mostramos os números da própria Usiminas que revelam que os lucros não param de crescer e isso, fruto do profundo arrocho salarial contra os trabalhadores e da pressão cada vez maior em todas as áreas por mais produção.

E no final da semana passada a direção da usina divulgou os resultados do terceiro trimestre: um lucro líquido de R$ 360 milhões e o acumulado do ano já está em R$ 644 milhões.


Não se engane, pois enquanto os acionistas comemoram os lucros, a situação dos trabalhadores é cada vez pior

A própria direção da usina afirma que a expansão dos lucros está relacionada as ações que têm implementado nos últimos dois anos, ou seja, demitiu em massa, impôs mais arrocho salarial, abocanhando parte das perdas salarias dos trabalhadores em todas as plantas e aumentou a pressão em cima de cada trabalhador.

Basta ver a realidade de quem garante a produção: dobras e entradas antecipadas, quem ficou na área é obrigado a trabalhar por três e em péssimas condições de trabalho e a pressão das chefias com o tal programa de “Gestão de Consequência” aumentou ainda mais.

Se o resultado para os acionistas, é a comemoração dos lucros que crescem a cada dia, para os trabalhadores não há o que comemorar. E não adianta esperar que os acionistas dividam a fatia do bolo dos lucros.

Esse lucro é fruto do trabalho dos trabalhadores que são obrigados a executar suas funções em condições cada vez piores. Novamente a produção de laminado à quente desse mês ultrapassou a meta imposta pela gerência, ou seja, é lucro que não para de crescer gerado pelos trabalhadores que sofrem com as péssimas condições de trabalho.

Para mudar essa situação é preciso se colocar em movimento. Pois se depender da direção da Usiminas, o que vai aumentar para os trabalhadores não é o salário, mas sim a pressão por mais produção e sob condições desumanas de trabalho.


São os trabalhadores que garantem o lucro da empresa e nossa voz só é ouvida, no passo firme da luta por mais salários, por respeito aos direitos e por melhores condições de trabalho. Direitos, salários e empregos garantimos através de nossa luta, não na ilusão de que sem movimento, o patrão vai respeitar o que é seu.

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