Mais um desrespeito contra os trabalhadores se mostrou na semana passada, quando por meio dos diretores de várias plantas da usina, a Usiminas teve a cara de pau de comemorar e divulgar na intranet o que chamam de “zero acidentes” no ano de 2017.
Para a direção da usina, acidente zero significa não ocorrer acidente fatal e dessa forma a Usiminas tenta esconder que as péssimas condições de trabalho que provocaram a morte de mais de 50 trabalhadores nas últimas duas décadas continuam piorando a cada dia.
Acidentes, lesões, cortes, queimaduras, fraturas, problemas na coluna e nos braços, tudo provocado pelas condições de trabalho. Aonde está então o acidente zero?
No mesmo ano em que comemoram o tal acidente zero, vários companheiros nossos, sejam trabalhadores efetivos na Usiminascou nas empresas contratadas sofreram acidentes e tantos outros estão adoecendo vítimas do ritmo da produção e da falta de condições seguras para o trabalho.
Por tudo isso, podemos afirmar que NÃO É SÓ AÇO QUE USINAM, USINAM VIDAS
A responsabilidade é da Usiminas
Para tentar fugir da responsabilidade, a direção da Usiminas comemora uma mentira e ao mesmo tempo tenta colocar nas costas dos trabalhadores a responsabilidade sobre a segurança nas áreas.
Quem deve garantir equipamentos de proteção coletiva e individual é a Usiminas, quem deve organizar o processo de produção protegendo a vida e a saúde dos trabalhadores é a empresa, mas não é isso acontece.
Todas as áreas de produção são como um pavio de pólvora: não há equipamento de proteção coletiva e os EPI’s estão usados demais e estragados e pra pegar novo tem que implorar e esperar meses pra chefia fornecer, escadarias quase desabando, tubulações vazando, falta de recurso para manutenção das máquinas e demais equipamentos, ou seja, tudo que pode levar a acidentes, doenças e mortes.
É na luta contra os ataques dos patrões que vamos proteger a nossa saúde e nossa vida
Contra os ataques aos direitos e o desrespeito a nossa saúde e às nossas vidas, o caminho segue sendo o percorrido por gerações de nossa classe que vieram antes de nós: nos unirmos e na luta defendermos nossos direitos.
Não adianta esperar que os patrões façam alguma coisa, é só nos colocando em movimento, lutando que vamos ter o que necessitamos.