Usiminas quer arrancar direitos e arrochar ainda mais os salários

24/06/19

Contra tudo isso já sabemos que o único caminho é a nossa união e luta


Ninguém entra antecipado ou faz dobras porque quer, mas sim porque, além da pressão das chefias, os salários estão cada vez mais arrochados e não pagam as nossas contas, o salário não garante o que precisamos para o nosso sustento.


Há anos, a direção da Usiminas só paga as perdas acumuladas pelo INPC, em 2015 abocanhou parte do reajuste salarial e em 2016 chegou a pagar menos do que o índice do INPC. A média salarial de quem produz o lucro da Usiminas, não passa de R$ 2mil, mas, enquanto isso, o presidente da empresa recebe anualmente mais de R$ 2 MILHÕES só de salário.


Veja o abismo entre o salário de quem produz e de quem está serviço da Usiminas para aumentar a exploração: ou seja, anualmente, a Usiminas paga em salário, por trabalhador algo em torno de R$ 24 mil, mas para o presidente da empresa, paga anualmente mais de R$2 milhões.


E a direção da Usiminas quer aprofundar ainda mais a exploração: a proposta da Usiminas em ampliar o banco de horas é para aumentar ainda mais esse abismo.


A proposta da empresa é ser hora por hora, o que significa que não tem mais pagamento de hora extra, as horas vão para o banco e vão ser tiradas em folgas no dia em que a direção da usina decidir e não você. Se engana quem pensa que a ampliação do banco de horas vai garantir mais folgas, inclusive nos finais de semana, as folgas vão ser decididas pela direção da empresa e não pelo trabalhador.


A Usiminas foge de pagar o que deve aos trabalhadores, quer ampliar o banco de horas, reduzir o adicional noturno e vai novamente reajustar o plano de saúde. O índice dos reajustes dos planos de saúde já foi anunciado em 17%, ou seja, o arrocho salarial vai aumentar ainda mais, pois o plano de saúde há tempos tem corroído ainda mais os nossos salários.


E tem mais: faz tempo também que a Usiminas vem acumulando os descontos da coparticipação do plano de saúde para um único mês deixando os trabalhadores com saldo negativo na conta. A Usiminas faz isso junto com a rede conveniada do plano de saúde cobrando procedimentos de vários meses, numa tacada só, então aquele salário que já não cobre as contas do dia a dia, desaparece de vez.


Na reunião que aconteceu no dia 18 de junho a empresa apresentou proposta de diminuição do retorno de férias de 20 para 10 dias.


O Sindicato já disse NÃO para todas as propostas da Usiminas que retiram direitos dos trabalhadores. Não vamos aceitar a redução do adicional noturno, não vamos aceitar a ampliação do banco de horas e calote nas horas extras, não vamos aceitar nenhuma retirada de direitos do Acordo Coletivo de Trabalho.


Agora é hora de ampliarmos a mobilização para garantir a manutenção dos direitos e o devido aumento salarial. Então participe da luta organizada pelo Sindicato.

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