Preste atenção: Usiminas quer achatar ainda mais os salários, retirar direitos, dar calote nas horas extras e piorar as folgas

22/08/19

Preste atenção: Usiminas quer achatar ainda mais os salários, retirar direitos, dar calote nas horas extras e piorar as folgas

O Sindicato já disse NÃO para todas essas propostas e agora é hora de fortalecer a luta dentro da usina


É importante enxergar que todas as propostas apresentadas pela Usiminas e que já foram rejeitadas pelo Sindicato, tem o objetivo de retirar direitos e reduzir salários.


Nesse Jornal você verá que a intenção da Usiminas com essas propostas indecentes é retirar direitos e arrochar ainda mais os salários dos trabalhadores.


Calote nas horas extras e mais trabalho: é isso que a Usiminas quer com a ampliação do banco de horas


O banco de horas que está no Acordo Coletivo de Trabalho, foi aceito pelos pelegos quando estavam na direção do Sindicato, ele foi criado para os patrões piorarem a jornada de trabalho e dar calote nas horas extras.


E a proposta da Usiminas é piorar o que já é muito ruim, veja:


Como é hoje:


- Se você fizer 50 horas extras no mês, você receberá 25 horas com adicional de 50% e as outras 25 horas vão para o banco de horas com adicional de 50%, são 37,5 horas para serem compensadas em até 4 meses. Se as horas não forem compensadas nesse período, a Usiminas tem que pagar as horas extras.


O que quer a Usiminas:


- A proposta da Usiminas é pagar apenas 30% das horas extras, com adicional de 50%, ou seja, você só vai receber 15 horas das 50 horas extras. E as 35 horas que iriam para o banco não teriam mais adicional, seria 1h X 1h e o tempo para compensar aumenta para 10 meses.


Um trabalhador que recebe salário de aproximadamente R$ 2.000,00, perderia por mês mais de R$ 100,00 de horas extras. E não é você quem vai escolher os dias de folga que estão no banco de horas, quem vai definir é a chefia de acordo com os interesses da Usiminas.


Hoje, dificilmente alguém consegue receber o valor das horas extras que estão no banco, porque a chefia manda o trabalhador compensar quando está perto de vencer os quatro meses. A situação é tão absurda, que quando o trabalhador tem alguns minutos perto de vencer no banco de horas, a chefia manda ele entrar mais tarde ou sair mais cedo, só para não pagar as horas extras.


O tal Termo de Quitação Anual que está na Reforma Trabalhista significa dar calote nos direitos


Outra proposta indecente da Usiminas é incluir no Acordo Coletivo de Trabalho, o termo de quitação anual, que foi criado com o objetivo de ajudar os patrões a dar calote nos direitos dos trabalhadores. Veja para que serve:


- Se o Sindicato aceitasse o termo de quitação anual, ele estaria assinando embaixo de todas as irregularidades feitas pela Usiminas, como por exemplo, falta de pagamento de adicionais de insalubridade e periculosidade, preenchimento incorreto de PPP’S, irregularidades na jornada entre outros.


- O termo de quitação significa mais pressão contra o trabalhador para aceitar uma declaração da empresa afirmando não haver nenhuma irregularidade nas questões trabalhistas e se o Sindicato aceitar, o trabalhador não poderá depois entrar com nenhum processo judicial exigindo direitos desrespeitados.


Acabar com a homologação no Sindicato para pagar errado o acerto de contas


Hoje, a Usiminas é obrigada a fazer a homologação, ou seja, o acerto de contas do trabalhador que for demitido no Sindicato. Quem tem mais de um ano na empresa e for demitido, não faz o acerto na empresa, faz no Sindicato justamente para garantir que não tenha nenhum direito desrespeitado. A Usiminas quer acabar com essa cláusula do Acordo Coletivo para dar calote também na rescisão trabalhista


Parcelar as férias de acordo com os interesses da empresa


A Usiminas quer incluir no Acordo Coletivo o parcelamento das férias em três períodos, e se engana quem acha que a proposta é uma boa, pois não é o trabalhador quem vai decidir o período de férias, a escolha é da Usiminas de acordo com seus interesses de produção.


Vamos juntos fortalecer a luta em defesa dos direitos


Os exemplos acima, mostram alguns dos itens que tanto a Usiminas quer alterar no Acordo Coletivo de Trabalho para aumentar ainda mais seus lucros e piorar a situação dos trabalhadores que já é muito difícil.


E se engana quem pensa que aceitar esses ataques, garante os outros direitos como o retorno de férias, o adicional noturno de 50%, o que a Usiminas quer é abrir a porteira para acabar com todos os direitos.


Em Ipatinga, desde 2017, ano em que a reforma trabalhista foi imposta, a Usiminas também tentou acabar com vários direitos do Acordo Coletivo, mas não conseguiu, pois tanto lá, como aqui seguimos firmes dizendo NÃO para mais esse ataque da empresa.


Agora é hora de colocar nossa indignação contra as propostas da Usiminas em movimento. Não vamos abaixar a cabeça e deixar que a direção da empresa passe por cima dos direitos. Os empregos e os direitos só estarão garantidos na força da luta do conjunto dos trabalhadores.

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