O plano “Mais Brasil” de Bolsonaro significa: mais lucro para os patrões, mais miséria para os trabalhadores

14/11/19

O plano “Mais Brasil” de Bolsonaro significa: mais lucro para os patrões, mais miséria para os trabalhadores

As PEC’s apresentadas pelo governo Bolsonaro, através de seu ministro da economia Paulo Guedes, o fiel escudeiro dos banqueiros, quer impor ao Brasil as mesmas políticas impostas pela ditadura de Pinochet no Chile, que provocou mais miséria e privatização de serviços essenciais à população trabalhadora, como Saúde, Educação, Previdência.


O pacote batizado pelo governo de Plano “Mais Brasil”, na realidade tem por objetivo desviar recursos da saúde e da educação, congelar os reajustes do salário mínimo, liberar geral as privatizações, diminuir os salários e a jornada de trabalho dos servidores que atendem diretamente a população trabalhadora.


O discurso do governo e a propaganda desesperada da grande imprensa apoiando o projeto tenta esconder que o real objetivo desse pacote perverso é acabar com o serviço público e aumentar a desigualdade social. Por isso é preciso enxergar para além da propaganda hipócrita desse governo que a cada ato vomita seu ódio contra os trabalhadores:


– A PEC impõe o congelamento do reajuste dos salários mínimos, ou seja, se hoje o salário mínimo não cobre o básico para sobrevivência, só o repasse do índice do INPC vai impedir que milhões de trabalhadores, que hoje só recebem o salário mínimo, tenham condições de colocar comida em casa e pagar outras despesas básicas para sobrevivência.


– A PEC também quer desvincular e diminuir os gastos com saúde e educação, pois a proposta do governo é acabar com o percentual mínimo para cada uma dessas áreas. A ideia do governo é somá-los e incluir gastos com pensões e aposentadorias de trabalhadores desses setores nos gastos. Se hoje, com a DRU – Desvinculação das Receitas da União feita por governos anteriores, e com a PEC do teto dos gastos impostas pelo governo Temer(MDB), a situação na saúde e na educação piorou, a proposta do governo Bolsonaro é ampliar a manobra e a manipulação do que deveria ser investido na saúde e na educação, o que vai significar a diminuição de investimento em hospitais, atendimento básico à saúde, creches, escolas, ou seja é o caos generalizado.


-A tal PEC emergencial propõe que, quando os gastos do Orçamento ultrapassarem 95% da receita, tanto o governo federal como os estados e municípios poderão reduzir os salários dos servidores em 25% e a jornada também será reduzida; o governo também propõe o congelamento do avanço nas carreiras do serviço público, o que significa mais arrocho salarial.


Se engana quem acha que isso é combater privilégios na estrutura do Estado, pois o arrocho, a redução de salário e de jornada de trabalho é para quem atende diretamente a população trabalhadora, nos hospitais, unidades básicas de saúde, nas escolas, creches, Previdência, saneamento, etc., pois a proposta do governo protege a cúpula do Judiciário, do Ministério Público, das Forças Armadas, ou seja, para esses não haverá nenhuma redução salarial. A proposta do governo também é acabar com estabilidade do funcionalismo público, perseguir todo trabalhador que no serviço público tenha posição divergente do governo – é isso que significa a fala de Paulo Guedes, ao dizer que servidores não podem ter filiação partidária.

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