Governo aprofunda mais ainda ataques aos trabalhadores

22/11/19

Desde 2017 a classe trabalhadora vem sofrendo as consequências dos maiores ataques aos direitos trabalhistas que foram duramente conquistados com muita luta ao longo de várias décadas.


Há dois anos, durante o Governo Temer (MDB), se iniciou a investida contra os trabalhadores com a proposta de Terceirização, inclusive nas atividades fins, que precarizou mais ainda a força de trabalho.


Logo depois, também em 2017, veio a Reforma Trabalhista onde, em nome da criação de vagas de emprego, também retirou diversos direitos e ampliou a exploração como, por exemplo, o trabalho intermitente quando você trabalha de acordo com a demanda da empresa, ou seja, tem trabalho você é chamado, não tem, fica em, casa com um porém: sem ganhar nada.


Quem está na ativa perdeu muitos direitos e jovens que vão iniciar no mercado já começam perdendo com a tal da Carteira Verde Amarela


Antes mesmo de ser eleito presidente, o então candidato Jair Bolsonaro já anunciava dentro das suas prioridades que eram os patrões. “Ou menos direitos e mais empregos, ou mais empregos e menos direitos”, frase repetida durante toda sua campanha.


Depois de eleito, Bolsonaro (sem partido), aprofundou mais ainda os ataques aos trabalhadores investindo bilhões no “convencimento” dos integrantes da Câmara dos Deputados, assim como no Senado Federal, para aprovação da Reforma da Previdência que se resumiu no seguinte: você vai ter que trabalhar mais para receber menos na aposentadoria, isso caso você consiga se aposentar.


A seguir, mais uma vez, vem o governo anunciar um programa da carteira Verde Amarelo para contratação de jovens de 18 a 29 anos, porém excluindo os trabalhadores com mais de 55 anos, apontada como uma outra fase da Reforma Trabalhista iniciada no governo Temer (MDB).


A proposta reduz o valor do benefício do auxílio-doença, permite que todos trabalhadores possam ser convocados para trabalhar sábados, domingos e feriados. E tem mais: na área industrial será rebaixado o adicional de periculosidade de 30% para 5%, além da extinção do acidente de trajeto ser considerado acidente de trabalho e portanto a perda da estabilidade do acidentado em trajeto. Numa fiscalização, o Ministério do Trabalho não poderá aplicar multas em caso de irregularidades.

 

Governo cobra até de quem recebe seguro-desemprego


O ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes, com certeza ficará nos anais do meio econômico da história ao propor a taxação dos desempregados (sim é verdade), daqueles que recebem seguro-desemprego, para financiar um programa de “estímulo” à criação de vagas.


Hoje, o desempregado com direito ao seguro-desemprego só tem essa renda que dura cinco meses e deverá pagar 7,5% do valor que recebe, ou seja, entre R$ 998,00 a R$ 1.735,00 terá desconto de R$ 75,00 a R$130,00 de contribuição previdenciária.


Tirar dinheiro dos pobres é coisa do tempo da escravidão. O que Bolsonaro e Guedes fazem é a velha “tunga”, ou seja, eles enganam, iludem os trabalhadores com promessas mirabolantes de empregos. Mas, o tempo fala: desde 2017 os trabalhadores são enganados com a promessa de criação de empregos e o que se vê é só perda de direitos para beneficiar os patrões.


Ou vamos à luta ou vamos perder cada vez mais!

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