USIMINAS E SUAS EMPREITEIRAS SE APROVEITAM DA PANDEMIA E PASSAM POR CIMA DOS EMPREGOS E DOS DIREITOS

27/07/20

USIMINAS E SUAS EMPREITEIRAS SE APROVEITAM DA PANDEMIA E PASSAM POR CIMA DOS EMPREGOS E DOS DIREITOS

Desde que a Usiminas conseguiu cassar a liminar que a impedia de demitir em sua planta de Cubatão, já são mais de 400 trabalhadores demitidos. A direção da usina ainda não conseguiu seu objetivo de colocar no olho da rua mais de 900 trabalhadores, porque além da ação judicial encaminhada pelo Sindicato seguir com audiência marcada para o próximo dia 07 de agosto, a mobilização em solidariedade à luta contra as demissões se amplia.


A exemplo da Usiminas, suas empreiteiras também estão demitindo em massa e já se aproveitando da Portaria lançada pelo governo da morte de Bolsonaro que libera a recontratação de trabalhadores demitidos num prazo inferior a 90 dias e vai além: a Portaria libera os patrões para tentar acordos em que os salários podem ser reduzidos. Se engana quem acha que essa medida do governo vai garantir emprego, o que vai acontecer é que as empresas vão demitir ainda mais e tentarão reduzir os salários ao salário mínimo.


Empresas como a AMOI e a ENESA já se aproveitam dessa Portaria que ataca os trabalhadores. A AMOI, por exemplo, demitiu os trabalhadores, parcelou as verbas rescisórias em um acordo celebrado no Ministério Público do Trabalho, pois a empresa queria usar o motivo de força-maior para pagar multa de 20% no FGTS e agora está recontratando os trabalhadores com salários reduzidos e com diminuição, inclusive, no adicional de insalubridade que era de 40% e passou para 20%. Fez tudo isso baseado em que laudo? Faremos denúncia ao Ministério Público do Trabalho.


A Usiminas, por sua vez, está solicitando aos trabalhadores demitidos que enviem currículo para as suas contratadas admiti-los com salários menores. A Usiminas vai precisar dessa força de trabalho tendo em vista a produção de 100 mil toneladas por mês programada até dezembro no LTQ2. E a lei da Terceirização? Tomaremos ações políticas e jurídicas em relação a esse assunto.


Também denunciamos ao Ministério Público a violência da Usiminas de coagir de todas as formas os trabalhadores e impor as demissões: envio de táxis nas casas, e-mails mentirosos chamando o trabalhador para voltar a trabalhar, quando na realidade seria demitido, correspondência ameaçando de demissão por justa causa se o trabalhador não fosse até a usina assinar a carta de demissão, aviso de demissão pelos Correios.


Nessa semana em que no máximo 20% do efetivo está sendo chamado para trabalhar, a Usiminas não conseguiu esconder que já tem programação de produção para o próximo mês superior ao que tinha anunciado, ou seja, fez um circo de horror para impor as demissões em massa.


A NOSSA LUTA CONTINUA: O Sindicato tem feito plantão na portaria da Usiminas para conversar com os trabalhadores que estão sendo chamados para fazer a homologação dentro da usina, é muito importante que os companheiros quando forem chamados, entrem em contato imediatamente com o Sindicato.


Como já dissemos, mais importante do que as denúncias no Ministério Público do Trabalho, das ações judiciais, é a nossa união e luta que é capaz de reverter as demissões.

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