É isso que produz o capitalismo: enquanto para suas mercadorias não há fronteiras, para os seres humanos que buscam melhores condições de vida e trabalho, as fronteiras e as armas matam

04/08/22

No final do mês de junho no estado do Texas, nos EUA, 50 pessoas foram encontradas mortas dentro de um caminhão. O que provocou suas mortes é muito mais do que a onda de calor que atinge a cidade de San Antonio que faz fronteira com o México, o que as matou foi a política migratória dos EUA.


Enquanto para as mercadorias do Capital produzidas pelos trabalhadores em todo lugar do mundo as fronteiras dos países estão abertas, mas para as mulheres e homens trabalhadores e seus filhos que fogem da fome, das guerras e do narcotráfico as fronteiras se fecham.


O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ampliou a repressão contra imigrantes e no atual governo de Joe Biden a repressão continua, com milhares de prisões e deportações que atingem crianças e seus pais, a maioria vinda da América Central. São vítimas dessa política de morte em que as fronteiras somente são abertas para os imigrantes quando o Capital precisa de mais força de trabalho para ser explorada em piores condições do que as já tão precárias condições de trabalho impostas ao conjunto dos trabalhadores.


Só se indignar com a imagem de um caminhão carregado de corpos mortos não basta, só lamentar por ver crianças presas em jaulas separadas de seus pais também não. É preciso enxergar que isso são as consequências produzidas por um sistema que a cada bilionário novo, mais de um milhão de pessoas são jogadas na miséria. É preciso enxergar e lutar contra esse sistema de morte.

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