A proposta da direção da usina, além de não pagar o que deve aos trabalhadores, é piorar o que já está ruim
Em todas as reuniões sobre a Campanha Salarial, os representantes da Usiminas se recusaram a pagar o que devem aos trabalhadores nos salários. Já são três anos seguidos que não pagam aumento salarial, só as perdas acumuladas ao longo do ano medidas pelo INPC.
E agora querem arrochar ainda mais
A proposta da Usiminas apresentada na reunião de 30 de junho de reajuste é de míseros 6%, ou seja, agora escancaram de vez que sua proposta é achatar ainda mais os salários, pois 6% não chega nem as perdas acumuladas da inflação que está em 8,34%. A proposta da empresa corresponde a 72% de perdas medidas pelo IBGE.
Da mesma forma que não vamos aceitar nenhum acordo de redução salarial, também não aceitaremos outras formas de achatar nossos salários, como essa proposta absurda da empresa de reajustar os salários abaixo da inflação.
Não adianta pegar o abono que mal entra e vai embora e ficar com o salário pior do que já está
Tudo que temos que pagar mensalmente aumentou demais: alimentação, transporte, aluguel, luz, água, então não é um abono de R$ 1.200,00 que vai resolver nossos problemas, pois ele entra num único mês e vai embora. Além disso, o abono não conta nas férias, 13° salário, FGTS e INSS.
A proposta da Usiminas de reajuste de apenas 6% só aumenta os lucros da empresa e o nosso prejuízo, pois o buraco das perdas afunda cada vez mais.
Nas empresas metalúrgicas a mobilização da Campanha Salarial fez com que os patrões apresentassem propostas que variam de 9,5% a 10,5%. Então é hora de também aqui aumentarmos a pressão.
Não vamos aceitar mais arrocho no salário. Vamos juntos colocar a revolta em movimento
Está mais do que na hora de retomar a firme mobilização que atrasou a produção em protesto contra as péssimas condições de trabalho e exigindo a reposição das perdas e aumento salarial.
A melhor maneira de enfrentar a pressão das chefias que estão dentro da área a mando da direção da usina tentando impor mais perdas aos trabalhadores é, juntos com o Sindicato, irmos à luta.