O Metalúrgico #366

03 de julho de 2015

Índice:

-Usiminas tenta arrochar ainda mais os salários;
-Não adianta vir com comissão fajuta e abaixo-assinado feito pela chefia;
-Tanto aqui como em Ipatinga, já dissemos: Não vamos aceitar redução de salários e direitos;
-Comparações;



Usiminas tenta arrochar ainda mais os salários

A proposta da direção da usina, além de não pagar o que deve aos trabalhadores, é piorar o que já está ruim

Em todas as reuniões sobre a Campanha Salarial, os representantes da Usiminas se recusaram a pagar o que devem aos trabalhadores nos salários. Já são três anos seguidos que não pagam aumento salarial, só as perdas acumuladas ao longo do ano medidas pelo INPC.

E agora querem arrochar ainda mais
A proposta da Usiminas apresentada na reunião de 30 de junho de reajuste é de míseros 6%, ou seja, agora escancaram de vez que sua proposta é achatar ainda mais os salários, pois 6% não chega nem as perdas acumuladas da inflação que está em 8,34%. A proposta da empresa corresponde a 72% de perdas medidas pelo IBGE.

Da mesma forma que não vamos aceitar nenhum acordo de redução salarial, também não aceitaremos outras formas de achatar nossos salários, como essa proposta absurda da empresa de reajustar os salários abaixo da inflação.

Não adianta pegar o abono que mal entra e vai embora e ficar com o salário pior do que já está
Tudo que temos que pagar mensalmente aumentou demais: alimentação, transporte, aluguel, luz, água, então não é um abono de R$ 1.200,00 que vai resolver nossos problemas, pois ele entra num único mês e vai embora. Além disso, o abono não conta nas férias, 13° salário, FGTS e INSS.

A proposta da Usiminas de reajuste de apenas 6% só aumenta os lucros da empresa e o nosso prejuízo, pois o buraco das perdas afunda cada vez mais.

Nas empresas metalúrgicas a mobilização da Campanha Salarial fez com que os patrões apresentassem propostas que variam de 9,5% a 10,5%. Então é hora de também aqui aumentarmos a pressão.

Não vamos aceitar mais arrocho no salário. Vamos juntos colocar a revolta em movimento
Está mais do que na hora de retomar a firme mobilização que atrasou a produção em protesto contra as péssimas condições de trabalho e exigindo a reposição das perdas e aumento salarial.

A melhor maneira de enfrentar a pressão das chefias que estão dentro da área a mando da direção da usina tentando impor mais perdas aos trabalhadores é, juntos com o Sindicato, irmos à luta.



Não adianta vir com comissão fajuta e abaixo-assinado feito pela chefia

A direção da usina fez aqui a mesma coisa que fez em Ipatinga. Organizou um abaixo-assinado através da chefia e montou uma comissão fajuta para tentar diminuir os salários dos trabalhadores do turno ADM. Mas já dissemos NÃO TEM ACORDO DE REDUÇÃO SALARIAL e que o representante legítimo dos trabalhadores é o Sindicato e não a comissão de chefes da Usiminas.

Também não adianta a Usiminas vir com seus informativos, dizendo que estão aprovando a proposta de redução salarial em vários lugares. Além disso não ser verdade, o que quer a Usiminas é reduzir ainda mais os salários em Cubatão e Ipatinga, pois seu real objetivo é diminuir o salário de todos, principalmente dos trabalhadores dos turnos.



Tanto aqui como em Ipatinga, já dissemos: Não vamos aceitar redução de salários e direitos

Já dissemos que não aceitamos a redução salarial pois, além dela não garantir os empregos, o objetivo é achatar ainda mais os salários.

Onde acordos como esse já foram realizados, as demissões continuaram. Basta ver o exemplo da Mercedes em São Bernardo/SP, 500 trabalhadores que estavam com os contratos de trabalho suspensos (lay-off), foram demitidos no mês passado e a empresa diz que tem um “excedente” de 2 mil trabalhadores. Lá a empresa conseguiu o ano passado, um acordo de redução do piso salarial e até 2017 não vai pagar aumento salarial acima da inflação. Quando fizeram a proposta diziam que essa era forma de evitar as demissões.

A Usiminas quer fazer o mesmo: reduzir salários e demitir, começar pela semana inglesa e chegar aos turnos. Não vamos aceitar isso, não vamos assinar nenhum acordo de redução de salários e direitos. E juntos com as Organizações e Sindicatos de luta vamos ampliar a mobilização contra o ataque da Usiminas.



Comparações

Numa análise simples podemos verificar as perdas acumuladas no salário dos trabalhadores da Usiminas, comparação inclusive com trabalhadores da nossa região. Veja a tabela abaixo:


 

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