O Metalúrgico #394

26 de novembro de 2015

Índice:

-Usiminas segue insistindo no calote aos salários;
-Para a Usiminas direitos não valem nada. O que vale é sua sanha desesperada por lucro;
-Pelegos a serviço da Usiminas atacam a luta dos trabalhadores;
-Nada de esmorecer! Juntos e na luta é que conseguimos enfrentar o ataque aos nossos empregos, salários e direitos;
-Contra a enrolação de patrão, o caminho é a mobilização;
-Na gerência do Porto cupim e pressão para os lados;
-Na Aciaria, o risco de mais acidentes graves só aumenta;
-Sábado, 28, tem Ciclo de Leituras & Debates;
-Fim de semana com muitos sucessos;



Usiminas segue insistindo no calote aos salários

O Sindicato já entrou com processo em Brasília(DF), exigindo o cumprimento da sentença do Tribunal de São Paulo que determina o reajuste salarial de 8,34%

A Usiminas segue tentando de tudo para não pagar o que deve aos trabalhadores. Na semana passada foi julgado em Brasília(DF), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o pedido de liminar da Usiminas que tinha por objetivo caçar a sentença do Tribunal de São Paulo que determinava o reajuste salarial de 8,34%, o pagamento do abono com mesmo reajuste de 8,34%, renovação das cláusulas socais e estabilidade de 90 dias.

Novamente escondendo que há três anos não paga reajuste salarial acima da inflação e os lucros obtidos durantes os últimos anos, a Usiminas conseguiu a liminar em Brasília(DF), para pagar apenas 7,34% de reajuste salarial, ou seja, abaixo da inflação. Mas o processo em Brasília ainda não terminou e o Sindicato, assim que foi notificado sobre a liminar, já entrou no processo exigindo a manutenção do índice determinado pelo Tribunal de São Paulo.

O restante da sentença do Tribunal de São Paulo se mantém, ou seja, a estabilidade no emprego, a renovação das cláusulas sociais e a nossa luta segue para impedir o calote da Usiminas nos salários.



Para a Usiminas direitos não valem nada. O que vale é sua sanha desesperada por lucro

A direção da usina enrolou ao máximo para dar resposta a pauta de reivindicação no início do ano. Depois teve a cara de pau de propor pagar 4%, depois 5 % até chegar nos míseros 6,3% que foi rejeitado pela ampla maioria dos trabalhadores na assembleia realizada em agosto por determinação do Tribunal.

E como tínhamos avisado, a Usiminas ia tentar de tudo também para não respeitar a decisão do Tribunal que determinou o pagamento das perdas salariais. Esse é mais um exemplo de que a Usiminas não respeita direitos básicos dos trabalhadores, pois se trata de reposição de perdas, a direção da empresa se recusa a pagar o que já tirou dos trabalhadores há muito tempo.

Mais importante do que a devida defesa para que seja cumprido o pagamento dos 8,34%, que o Sindicato já encaminhou para Brasília(DF), é não ficar só esperando pelo julgamento do processo. Aqui e em qualquer lugar, o patrão só se mexe para pagar o que deve quando vê seu lucro ameaçado, lucro produzido por nós trabalhadores.



Pelegos a serviço da Usiminas atacam a luta dos trabalhadores

Novamente os que foram derrotados nas eleições do Sindicato há mais de uma década, mostram que estão ao lado da Usiminas. Os pelegos ligados à CUT e agora também a Força Sindical, distribuíram um jornaleco essa semana na portaria atacando a mobilização do dia 11. Chegaram ao absurdo de atacar a greve, instrumento legítimo de luta dos trabalhadores. E mais: tentam culpar o Sindicato e a Intersindical pelo ataque que a Usiminas quer impor contra os trabalhadores.

Na hora do vamos ver, os pelegos fogem da luta: eles não estavam aqui na manhã do dia 11, recebendo as bombas de gás da Polícia Militar, furaram o movimento e foram tranquilamente depois pra Cubatão para tentar aparecer na foto da Manifestação que organizamos.

E mentem descaradamente dizendo que estão na luta defendendo o emprego. A Força Sindical, central que o Sindicato dos Trabalhadores na construção civil é filiado, esteve nas reuniões que antecederam o dia da mobilização, mas na véspera tentou roer a corda e depois foram para o jornal dizer que estão fora do movimento.

Essa é mesma turma que já furou outras greves aqui na usina. Eles querem estar no Sindicato não para defender os trabalhadores, mas para aceitar a redução de salários e as demissões, é isso que fazem quando estão no Sindicato.



Nada de esmorecer! Juntos e na luta é que conseguimos enfrentar o ataque aos nossos empregos, salários e direitos

Na terça-feira, 24, houve mais uma reunião no Ministério Público do Trabalho onde a empresa reafirmou a intenção de desativar o setor primário. As justificativas para isso continuam as mesmas, ou seja, mesmo ela não querendo dizer, nós conhecemos a necessidade de altos investimentos. Abaixar a cabeça, lamentar e cada um ficar no seu canto não adianta nada, o lugar de todos é na luta. É se colocando em movimento que defendemos os empregos, os salários e direitos.

Na próxima semana, dia 03, tem reunião no Sindicato em dois horários, uma vez que na mesma data também temos reunião na usina onde o assunto estará sendo discutido. Participe, pois esse é o momento de organizarmos os próximos passos da nossa mobilização.

Reunião importante
Dia 03/12/2015 (quinta-feira) em dois horários (9h30 e 16h30)
Local: Sindicato, em Santos (Av. Ana Costa, 55)


Data: 03/12/15



Contra a enrolação de patrão, o caminho é a mobilização

Vamos realizar assembleia com os trabalhadores na Amoi no próximo dia 27 e com os trabalhadores na Harsco no dia 1º de dezembro e ampliar a mobilização da Campanha Salarial

A data-base dos trabalhadores na Amoi e Harsco é 1º de Novembro. A pauta foi protocolada em setembro e até agora nada de proposta concreta para as nossas reivindicações.

Na Amoi aconteceram três reuniões, mas até o momento nada de proposta sobre a reivindicação do aumento salarial. Até agora só a renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva.

E a Harsco até agora não marcou nenhuma reunião e contra essa enrolação das empresas o nosso caminho é mobilização.

Vamos realizar assembleia com os trabalhadores na Amoi no próximo dia 27, às 18h na sede do Sindicato, em Cubatão (Rua Cidade de Pinhal, 91), e com os trabalhadores na Harsco no próximo dia 1º de dezembro às 17h30 também na sede de Cubatão.

E se não houver proposta que garanta as nossas reivindicações, nas assembleias vamos votar o Estado de Greve pois é assim, com mobilização, que se enfrenta a enrolação dos patrões que querem dar calote nos nossos salários.


Data: 01/12/15



Na gerência do Porto cupim e pressão para os lados

A Usiminas mais uma vez mostra que sua preocupação não é com os trabalhadores, mas sim com seus equipamentos. Na gerência do Porto se gasta e muito na compra de vigas e madeiras para o empilhamento das bobinas, chapas e placas que vão para os navios.

Tentam justificar o gasto dizendo que dão tratamento especial para as vigas e madeiras, mas quem rala para fazer o serviço são os trabalhadores na área operacional, pois as vigas estão infestadas de cupins e aí os trabalhadores tem que jatear, retirar os cupins e ainda pintar, para depois levarem as mesmas para o navio.

E o chefete do Porto pra pressionar mais ainda e fazer o serviço sujo da Usiminas ameaça de demissão, dizendo que tem milhares para o lugar de quem sair, ou seja, mais um exemplo de que ninguém está com o emprego garantido, inclusive no Porto.

E para enfrentar a pressão e as demissões, a luta é de todos os trabalhadores na Usiminas.



Na Aciaria, o risco de mais acidentes graves só aumenta

Os trabalhadores na Aciaria que trabalham nas máquinas de lingotamento estão sendo obrigados a executar as tarefas em condições de extremo risco. Temos que trabalhar ao lado das panelas de aço sendo vazadas e lingotadas nas máquinas sem nenhuma visão, pois o sistema de exaustão que deveria retirar os gases provenientes das altas temperaturas do aço líquido, não está funcionando há muito tempo. A direção da usina sabe do grave risco que os trabalhadores estão sendo submetidos e nada faz, mais uma prova que sua preocupação não é com a vida dos trabalhadores, mas sim com seus lucros.

Continue a denunciar os problemas que enfrenta em seu local de trabalho. E o mais importante: participe das atividades chamadas pelo Sindicato.



Sábado, 28, tem Ciclo de Leituras & Debates

Neste sábado, dia 28, acontece no auditório do Sindicato mais um “Ciclo de Leituras & Debates”, que é aberto ao público.

Os interessados devem se dirigir à entidade em Santos (Av. Ana Costa, 55), para fazer a inscrição. Mais informações pelo telefone 3226-3577.


Data: 28/11/15



Fim de semana com muitos sucessos

O Departamento de Cultura do Sindicato apresenta no dia 05/12 (sábado), às 16h, o musical de grande sucesso, “Baile das Princesas”.

No domingo, dia 06, também às 16h, é a vez de outro musical “Uma História Congelante”.

A direção de ambas as apresentações que acontecem no auditório do Sindicato, em Santos (Av. Ana Costa, 55), é de Vitor Viana.

Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (para associados, estudantes e aposentados), e podem ser adquiridos na recepção do Sindicato ou nos dias das apresentações.

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